quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

BEL-i9: assinado convênio COPEL-FIEP

De: marcosp@copel.com [mailto:marcosp@copel.com]
Enviada em: quarta-feira, 22 de dezembro de 2010 16:10
Assunto: BEL-i9: assinado convênio COPEL-FIEP




Tenho a satisfação de informar que, após autorização do Governador do Estado do Paraná, foi firmado, na data de hoje, Termo de Convênio (entre a Companhia Paranaense de Energia - COPEL e o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná - FIEP) criando o empreendimento BEL-i9.


Pelo seu potencial em gerar negócios voltados à Nova Economia e em contribuir para o desenvolvimento do Paraná, a COPEL e o Sistema FIEP investem na implementação do BEL-i9, sendo que para isso foi tomado financiamento junto à Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), dentro da linha Inova Brasil.


Conheça mais sobre o empreendimento acessando o seguinte endereço:
http://copel.net/bel-i9


Finalmente, receba os meus votos um
FELIZ NATAL, COM UM ANO DE 2011 COM MUITAS REALIZAÇÕES!

Marcos


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Marcos de Lacerda Pessoa
bel-i9@copel.com
(41) 3331-3383

sábado, 9 de outubro de 2010

Exposição da PMC em Audiência Pública na Câmara de Vereadores

Filmes iniciados após início da Audiência Pública para as decisões tomadas para a realização de jogos da Copa do Mundo de 2014 em Curitiba







Custos e benefícios - início da participação da platéia na Audiência Pública

Exigências da FIFA x Necessidades populares e colocações da PMC

A importância da gestão democrática

O formalismo e transparência

Ausência de discussão em ambientes técnicos e Conselhos

Quais são as contrapartidas?
A má condução das decisões tomadas.

A necessidade de maior discussão das decisões tomadas e a a qualidade das informações

Moradias, pavimentação de ruas, Conselho de Urbanismo

Utilização dos impostos e prioridades para o povo de Curitiba

Ponderações sobre lixo, os moradores de rua, a pavimentação de ruas, ISS, etc.

ISS, Potencial Construtivo, Copa do Mundo e prioridades

Estado e PMC ações para Copa do Mundo e exigências da FIFA e considerações sobre o Potencial construtivo

Jaime Sunye - IEP - Gilberto Piva - CREA-PR - Ricardo Mesquita - Sindicato dos Arquitetos

Justificativas da PMC e Algaci Túlio para a arena do Atlético

Ponderações PMC e proposta de novo estádio e colocações de Antonio Borges dos Reis

Final da AP e posicianamento da bancada do PT



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Projeto País - IEP

Curitiba foi palco do primeiro evento que pregava as “diretas já”, início do processo de redemocratização do Brasil. Agora, com o “projeto país” buscamos a sustentabilidade do processo.


CARTA INTRODUTÓRIA

Senhores candidatos e candidatas.

Como sabemos, todos sonhamos com um projeto de vida. Desde o cidadão mais humilde até o empreendedor bem sucedido. Aqueles que já o tem, param ao longo do percurso para refletir sobre a necessidade de corrigir rumos.

Já o sonho coletivo é o projeto de vida de um país. Projeto que reúne forças da vontade individual e da sociedade, em torno de metas comuns.

Temos um projeto claro do país que queremos?
Se a resposta for afirmativa, ainda remanescem as questões de método e de gestão.

Buscar respostas adequadas à realidade presente e construção de um futuro mais justo e sustentável, colocando na mesa do entendimento, as questões sociais, econômicas, e tecnológicas; é a proposta desta carta.

Educação, ambiente, solidariedade; planejamento, logística, infra-estrutura e gestão; inovação, criatividade e produtividade, e outros tantos mais, estiveram presente na pauta dos debates.

O CONFEA - Conselho federal de engenharia, agronomia e arquitetura tem focado estudos e debates sobre questões que envolvem o interesse da nação, o projeto “pensar Brasil”. Dele resultaram três publicações: a primeira deteve-se na questão amazônica; seguiu-se o semiárido brasileiro, a matriz de transportes, o cerrado , e o setor elétrico brasileiro.

Sabemos da importância do trabalho realizado, mas também temos consciência de que a biblioteca não está completa.

Historicamente encontramos registros de projetos parados, não realizados ou incompletos.
Avançamos muito! Graças ao trabalho braçal e a inteligência individual dos nossos ancestrais, agregados nos nossos dias ao conhecimento e aplicação da tecnologia.

As mais antigas entidades representativas dos profissionais de engenharia do país, Instituto de Engenharia de São Paulo, Clube de Engenharia de Pernambuco, Instituto de Engenharia do Paraná, Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul e da Sociedade Mineira de Engenheiros, e mais o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA, o CREA-PR, a Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias – ANEOR, a Federação Brasileira de Associações de Engenheiros - FEBRAE e a Academia Nacional de Engenharia – ANE, reuniram-se para buscar uma Convergência de idéias.


Foram então Consultados os profissionais de todo o Brasil, procurando identificar os gargalos que estão impedindo o desenvolvimento dos nossos projetos.

O desafio foi lançado!

A quem caberá a responsabilidade de elencar normas e atitudes que resultem em projetos, com quantidade, qualidade, e viabilidade assegurados?
Nas cidades e nos campos, aos engenheiros, arquitetos e agrônomos, certamente!

Quais os gargalos, empecilhos que se apresentam para uma seleção lógica dos projetos prioritários, e para a sua execução?
Gestão e governabilidade – responderam os profissionais.

Daí porque o evento projeto país se deteve na análise da GESTÃO E DA GOVERNANÇA.

As entidades organizadoras reuniram técnicos especializados, que levantaram e encaminharam as questões que mais interferem no desenvolvimento de projetos e obras, aos 23 CREA’S e aos associados das respectivas entidades. Destacaram-se a busca dos seguintes objetivos para a execução de obras infra-estruturais:

• maior celeridade na execução de obras.
• mais adequação às necessidades atuais e futuras da população.
• maior economia no uso dos recursos públicos.
• melhor conservação do patrimônio físico e natural para as gerações futuras.

E as questões a serem respondidas para alcançar tais objetivos:

• Quais as propostas de alteração institucional para alcançar tais objetivos?
• Quais os pontos fortes existentes no contexto atual brasileiro que favorecem a implementação das propostas sugeridas na pergunta 1?
• Quais os pontos fracos existentes no contexto atual brasileiro que dificultam a implementação das propostas sugeridas na pergunta 1?
• Quais as sugestões para superar os pontos fracos indicados na pergunta 3?

senhores candidatos e candidatas,

Estamos tratando de obras de engenharia social, de engenharia econômica e de engenharia tecnológica. Temos consciência de que as decisões são eminentemente políticas, mas sem a participação de engenheiros, elas não terão sustentabilidade.

Mãos à obra!











Curitiba, 18 de junho de 2.010


Instituto de Engenharia do Paraná

Instituto de Engenharia – SP

Clube de Engenharia de Pernambuco

Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul

Sociedade Mineira de Engenheiros

Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA-PR

Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias – ANEOR

Federação Brasileira de Associações de Engenheiros – FEBRA

Academia Nacional de Engenharia – ANE










A CARTA



Senhores candidatos, e candidatas.

É A HORA E A VEZ DA ENGENHARIA E DOS ENGENHEIROS!

A pouco tempo atrás os Engenheiros estavam subordinados a retóricas e discursos de políticas públicas que não priorizavam a imediata solução dos problemas.
E os problemas se acumularam ao longo de décadas e aumentaram as demandas da Sociedade, e a defasagem do desenvolvimento do Brasil ao analisarmos e compararmos os indicadores comuns aos de outros países, em especial os chamados “tigres asiáticos”, e mais recentemente os da Índia e da China.

Não há mais tempo para discursos e promessas.

É hora de mudanças substantivas.

O mundo mudou e as diferenças serão a partir de agora crescentes e avassaladoras.

Os retardatários serão inexoravelmente surpreendidos por uma escravidão muito pior que a econômica, dos colonizadores.

A escravidão que se avizinha é a da Sociedade da Informação e do Conhecimento e desta, não há rota de fuga.

É hora e vez dos Engenheiros assumirem posição e atuar em prol das mudanças que se fazem mais do que urgentes. A conjuntura e a geopolítica em reorganização requerem ações inadiáveis.

Neste sentido os Engenheiros sintetizam as magnas questões aos candidatos e as candidatas que pleiteiam a GESTÃO E GOVERNANÇA do Brasil.





• Qual a base e como se processa o Desenvolvimento e Progresso mundial,continental,nacional,regional,estadual,municipal e local.

A questão é, como planejar a integração dos atores, desde onde tudo começa, até o destino.

• O Desenvolvimento e o Progresso, na escala, complexidade, intensidade e abrangência que é requerido pela Sociedade / Humanidade pode ser feito sem Tecnologia e Engenharia?

A resposta é clara e objetiva – Não, não pode de forma alguma haver desenvolvimento e Progresso sem o emprego intensivo da Engenharia e do trabalho dos Engenheiros ! Dimensões continentais e pluralidade racial, amálgama de todas as civilizações não admitem esta exclusão.

• Porque os Engenheiros falam pouco? Antes, durante e depois das obras e serviços que realizam ?

A resposta também é clara e objetiva - Porque quem fala pelo trabalho dos Engenheiros são as suas obras e serviços .São os resultados que interessam ao profissional; estes na verdade são a razão da sua vida como profissional e como cidadão.

• E agora, para onde vamos!

Agora, este é o momento que justifica a fala direta dos Engenheiros e as razões tornaram-se cristalinas.

MUDOU O PARADIGMA DA SOCIEDADE! - Asseguram os engenheiros.

A Sociedade entrou na rota da aceleração para ter as suas necessidades resolvidas, é o cenário do consumo desenfreado.

A quarta onda civilizatória se avizinha pelo domínio do conhecimento e comunicação eletrônica que demandam o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, com ênfase na engenharia da informação e das telecomunicações e, portanto, dos estímulos que instigam o homem na sua caminhada para o Futuro.


Nesta viagem emerge o desejo universal de dispor e de usufruir as benesses do desenvolvimento e do progresso, e todos requerem rápido acesso aos produtos, bens e serviços.

E como são empacotados os conhecimentos, ou melhor dizendo como são materializados na forma de bens, produtos e serviços, e colocados nas prateleiras.

Engenharia, tecnologia, tele-processamento de informações e Engenharia de Transportes e Logística, são os instrumentos que possibilitam o ordenamento adequado dos produtos.

Este é o fulcro da questão !. Infra estrutura e serviços de qualidade disponíveis para todos os cidadãos.

Indagam os Engenheiros, respondam os Candidatos.

Esclareçam-se inicialmente as principais vertentes, claro seguem-se logo as demais ,

A do expressivo aumento e concentração demográfica nas cidades, e conseqüentemente dos problemas que o modelo gera,

A da escalada das demandas, em proporções que o Planeta não tem condições de suprir

A gestão inteligente da integração dos complexos fatores que se fazem presentes para equacionar e resolver as questões sociais e ambientais e as questões econômicas e políticas que tal quadro apresenta, nos níveis acima indicados.

A da defesa intransigente dos valores da nossa Sociedade Plural e Democrática e das incalculáveis riquezas naturais, um patrimônio brasileiro.

Assim declaram-se os Engenheiros brasileiros reunidos em CURITIBA, que por formação e qualificação profissional estão aptos a equacionar e dedicarem-se a resolver os grandes problemas da infra-estrutura do Brasil .

Reconhecem que os problemas expostos assumiram proporções gigantescas e portanto a partir de agora fica nítida a imposta mudança da escala e do Paradigma, pelo que decidem e resolvem falar e agir.







Embora reconhecido o avanço histórico do nosso país, estamos conscientes da necessidade de desenvolvermos a capacidade de superação dos pontos fracos ainda presentes na vida do cidadão comum, e que exigem adequado enfrentamento.

Sugestões de superação dos pontos fracos .

• Sugestões para a melhoria dos aspectos educacionais para a formação de profissionais na área de tecnologia.
• Incentivos a formação de profissionais da área tecnológicas
• Investimentos em formação e capacitação técnica (especialmente engenharia), bem como em capacitação de pessoas e criação de ambiente político adequado para participação e controle das ações publicas, bem como promover iniciativas para a educação voltadas ao exercício da cidadania, inclusive junto a crianças e adolescentes.
• Sugestões para a melhoria do modelo de gestão e da gestão das obras de infra-estrutura.
• Modernizar a gestão pública: com implantação de inovações institucionais; com profissionalização e adequado aparelhamento técnico, devidamente valorizado; bem como, incluindo a eliminação de restrições de financiamento público nos empreendimentos conduzidos por empresas estatais.
• Modernizar os modelos de gestão.
• Promover a Inclusão digital
• Melhor aproveitamento dos recursos tecnológicos (literatura técnica, uso da internet).



• Melhorias na área jurídico e questões legais
• Aprimorar o marco legal
• Instituir códigos de obras infra-estruturais: promover a sistematização e consolidação dos instrumentos legais administrativos e dos marcos regulatórios, relativos às diversas áreas do interesse público, aplicáveis às obras infra-estruturais, com especial destaque, para a melhoria e valorização da Lei de Licitações, bem como de revisão dos procedimentos e da própria legislação ambiental.
• Sugestões para a melhoria das normas e de regulamentação
• Fortalecimento das agências reguladoras: implantar, consolidar atribuições de regulação e fiscalização, aumentar a autonomia institucional, aumentar a participação da sociedade usuária dos serviços e profissionalizar os quadros dirigentes.
• Racionalizar o sistema de controle: delimitar as fronteiras e fases de atuação dos órgãos executivos (Prefeituras, Governos Estaduais e Governo Federal), dos órgãos ambientais e de controle (Tribunais de Contas e Ministério Púbico Federal e Estadual), bem como adotar procedimentos para investimentos em obras previamente aprovadas (catalogo de obras).
• Sugestões para o resgate, e valorização do planejamento
• Restabelecer o planejamento através de maior participação das entidades de classe, tipo IEP, IE , sistema CONDEA/CREA.
• Incentivar a discussão de planejamento integrado e inovador.
• Implantar o planejamento integrado de longo prazo: com visão de Estado (ou seja, desvinculados dos projetos de poder, político-partidários e similares), baseados em diagnósticos técnicos de problemas potenciais; definição de objetivos estratégicos de longo prazo e intersetoriais; acompanhamento via metas de curto e médio prazo; com ampla participação técnica de segmentos organizados da sociedade; com critérios técnicos de priorização de obras e com adoção do conceito de vida útil dos empreendimentos, ou seja, considerando-se de forma integrada o projeto, construção, operação e manutenção das obras infra-estruturais.
• Sugestões para questões políticas
• Reforma política
• Protagonismo das instituições relacionadas a infraestrutura
• Articular mudanças institucionais.
• Fóruns técnicos como este (deve ser repetido a cada três meses).
• Promover o empreendedorismo da engenharia: delimitando as fronteiras entre as ações de engenharia no setor publico e privado; maior valorização dos projetos de engenharia e da engenharia consultiva, inclusive, com políticas de fomento para esse segmento.
• Estimular a sociedade civil organizada a exercer seu papel na cobrança da transparência e no acompanhamento das execuções.
• Ampliar o controle social de cunho técnico: via entidades de Classe, Conselhos de Consumidores, Observatórios Sociais e outras organizações, bem como ampliar a divulgação em portais eletrônicos governamentais os contratos, aditivos, relatórios e prestações de contas das obras de infra-estrutura; bem como dos balanços e demonstrações contábeis das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos.
• Fortalecer as entidades de classe, especialmente para a participação e controle das ações governamentais, com especial destaque para as ações relacionadas a promoção de estudos, pesquisas, bem como, para divulgar e viabilizar as alterações institucionais necessárias.
• Mobilização permanente da sociedade organizada exigindo e acompanhando o aperfeiçoamento organizacional
• Promover ações integradas de universidades, entidades de classe, segmentos organizados e outros da sociedade.
• Promover as iniciativas públicas e privadas relacionadas à avaliação e acompanhamento das ações públicas, especialmente, via Internet.


• Sugestão para a melhoria da carga tributária.
• Reforma tributária
Indagam os Engenheiros, respondam os Candidatos e as candidatas! Repetimos.




Curitiba, 18 de junho de 2.010


Instituto de Engenharia do Paraná

Instituto de Engenharia – SP

Clube de Engenharia de Pernambuco

Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul

Sociedade Mineira de Engenheiros

Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA-PR

Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias – ANEOR

Federação Brasileira de Associações de Engenheiros – FEBRA

Academia Nacional de Engenharia – ANE




P.S.:





P.S.
Post-Scriptum



Conversações apreciativas sobre a GOVERNANÇA E GESTÃO - DESAFIOS DA INFRAESTRUTURA E ENGENHARIA BRASILEIRA foram realizadas em 18 de junho de 2010 nas instalações do IEP.
Participaram do encontro 75 engenheiros e outros profissionais vinculados à área de engenharia Foi utilizada uma metodologia de conversação apreciativa, denominada World Café, de onde foram elaboradas as contribuições a seguir por cinco grupos compostos por cinco participantes cada.

Objetivo
O objetivo do encontro era buscar propostas para tornar a gestão e a governança do sistema institucional brasileiro de obras infraestruturais cada vez mais inovadoras e sustentáveis de modo a promover:
a) maior celeridade em suas execuções
b) mais adequação às necessidades atuais e futuras da população
c) maior economia no uso dos recursos públicos
d) melhor conservação do patrimônio para as gerações futuras

Para alcançar tais objetivos foram elaboradas as quatro perguntas a seguir que possibilitaram a sugestão de propostas e a identificação de pontos fortes e fracos existentes no contexto brasileiro atual.
• Quais as propostas de alteração institucional para alcançar tais objetivos?
• Quais os pontos fortes existentes no contexto atual brasileiro que favorecem a implementação das propostas sugeridas na pergunta 1?
• Quais os pontos fracos existentes no contexto atual brasileiro que dificultam a implementação das propostas sugeridas na pergunta 1?
• Quais as sugestões para superar os pontos fracos indicados na pergunta 3?






PARTE I - Síntese das propostas de alteração institucional
• Sugestões de base: Educação, Tecnologia e investimentos
• Maior Adequação Necessidades: Universidade publica com foco empreendedor e de retorno ao país - idem sistema CONFEA-CREA.
• Introdução de sistemas de informações para inserção de novas tecnologias no processo de planejamento e implantação com declaração dos impactos econômicos e ambientais.
• Formação de fundos fiscais destinados para investimentos em infraestrutura.
• Obrigatoriedade de existência de Planos Plurianuais de Investimentos.
• Preservação Patrimônio: Garantia de investimento complementar em manutenção e conservação destes investimentos por tempo indeterminado.
• Sugestões relacionadas às Regras e Transparência: Legislação, Regulamentação e Parcerias
• Critérios impositivos de orçamento e exigência formal de continuidade das obras de infra-estrutura.
• Reforma Legislativa - Melhorar lei 8666 e gerar mecanismos pré-ativos ao agente publico. Sistemas hoje fragilizados e sujeitos a ações MP.
• Revisão das normas que regem as relações contratuais entre o Estado e a iniciativa privada para execução de obras no serviço público - Lei 8666
• Licença operação para todo investimento publico em infra estruturas.
• Aperfeiçoamento das normas ambientais de licenciamento de obras e investimentos e reestruturação de obras ambientais para dar celeridade ao licenciamento ambiental.
• Fortalecimento das agências reguladoras: implantar, consolidar atribuições de regulação e fiscalização, aumentar a autonomia institucional, aumentar a participação da sociedade usuária dos serviços e profissionalizar os quadros das agências reguladoras.
• Instituir códigos de obras infra-estruturais: promover a sistematização e consolidação dos instrumentos legais administrativos e dos marcos regulatórios, relativos às diversas áreas do interesse público, aplicáveis às obras infra-estruturais, com especial destaque, para a melhoria e valorização da Lei de Licitações, bem como de revisão dos procedimentos e da própria legislação ambiental.
• Otimização, ativação sistema CONFEA-CREA.
• Exigências técnicas compatíveis com complexidade nos investimentos - "menor preço não e melhor preço".
• Preservação Patrimônio: Reforço técnico e institucional dos órgãos ambientais.
• Racionalizar o sistema de controle: delimitar as fronteiras e fases de atuação dos órgãos executivos (Prefeituras, Governos Estaduais e Governo Federal), dos órgãos ambientais e de controle (Tribunais de Contas e Ministério Púbico Federal e Estadual), bem como adotar procedimentos para investimentos em obras previamente aprovadas (catalogo de obras).
• Exigência de EVTEA'S.
• PPA's validados e impositivos.
• Ampliar o controle social de cunho técnico: Via Entidades de Classe, Conselhos de Consumidores, Observatórios Sociais e outras organizações, bem como ampliara a divulgação em portais eletrônicos governamentais os contratos, aditivos, relatórios e prestações de contas das obras de infra-estrutura; bem como dos balanços e demonstrações contábeis das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos.
• Melhor uso instituto das PPP's e concessões.
• Atuação da Engenharia: Protagonismo, Planejamento e Competitividade
• Maior protagonismo setor engenharia; perda espaço setor tecnológico na constituição 1988 - Reforma Política
• Organização dos profissionais de engenharia da América para discutir os modelos de gestão das entidades públicas voltadas ao aperfeiçoamento profissional.
• Promover o empreendedorismo da engenharia: delimitando as fronteiras entre as ações de engenharia no setor publico e privado; maior valorização dos projetos de engenharia e da engenharia consultiva, inclusive, com políticas de fomento para esse segmento.
• Implantar o planejamento integrado de longo prazo: com visão de Estado (ou seja, desvinculados dos projetos de poder, político-partidários e similares), baseados em diagnósticos técnicos de problemas potenciais; definição de objetivos estratégicos de longo prazo e intersetoriais; acompanhamento via metas de curto e médio prazo; com ampla participação técnica de segmentos organizados da sociedade; com critérios técnicos de priorização de obras e com adoção do conceito de vida útil dos empreendimentos, ou seja, considerando-se de forma integrada o projeto, construção, operação e manutenção das obras infra-estruturais.
• Reestruturação do sistema de planejamento e implantação de obras de infra-estrutura com a criação de entidades voltadas para este fim nas três esferas de governo - Federal, Estadual e Municipal.
• Identificação fatores competitividade nacional: nosso passivo de décadas perdidas e ameaças externas.
• Atuação do Poder Público: Tributos, Políticas e Gestão
• Reforma tributaria - Desoneração Setor.
• Políticas de estimulo para infra-estruturas e órgão independente de planejamento estratégico.
• Função social do investimento.
• Inserção das entidades de representação da engenharia, arquitetura e agronomia e das universidades como parte integrante dos conselhos consultivos das entidades de planejamento e implantação de obras de infra-estrutura.
• Critérios técnicos na definição dos agentes públicos vinculados à infra-estrutura..
• Financiamento público de campanhas.
• Modernizar a gestão publica: com implantação de inovações institucionais; com profissionalização e adequado aparelhamento técnico, devidamente valorizado; bem como, incluindo a eliminação de restrições de financiamento publico nos empreendimentos conduzidos por empresas estatais.

PARTE II - Pontos Fortes
Os pontos fortes existentes no contexto atual brasileiro que favorecem a implementação das propostas sugeridas foram os relacionados abaixo:
• Com relação a capacidade de realização empresarial e aos recursos existentes no País.
• Estrutura empresarial para realização de grandes obras infraestruturais.
• Elevado conhecimento tecnológico e científico na área de engenharia.
• Mudança de paradigma (País) com priorização e ascendência nos fatores tecnológicos/engenharia
• Aumento da inclusão digital da sociedade em geral, associado ao barateamento e intensificação do uso das tecnologias de comunicação e informação.
• Potencial de recursos naturais existentes.
• No tocante às questões culturais e ao modo de ser da nossa sociedade
• Boa índole do povo brasileiro e capacidade de aprendizagem
• Inexistência de conflitos raciais, fronteiriços e territoriais
• Ambiente favorável a mobilização e participação social e empresarial nas ações governamentais relacionadas às diversas áreas de interesse público.
• Mobilização da sociedade civil e processo eleitoral em curso.
• No que diz respeito ao Poder Público
• Crescimento do interesse governamental na infra-estrutura, em razão do crescimento econômico, internacionalização da economia brasileira, realização de grandes eventos, etc.
• Governos conscientes e sensíveis a necessidade de planejamento.
• Processo democrático para a consolidação da democracia representativa
• Quanto às regras estabelecidas: regulamentação, parcerias e transparência
• Existência de agências reguladoras
• Ambiente democrático que favorece a inserção da sociedade civil no controle social do governo.
• Crescimento da popularidade da imprensa investigativa e das ações de interesse público conduzidas por entidades de classe, organizações não governamentais e similares.
• Parcerias públicas/privadas

• Considerando o contexto nacional e internacional
• crescimento econômico
• Reordenamento da ordem mundial, cria janela de oportunidades ao Brasil. Dificilmente será repetida
• Situação internacional favorável a posição brasileira.
Para este conjunto, é possível fazer uma leitura sistêmica culminando em um contexto de oportunidades para as obras de infra-estrutura uma vez que a “Dinâmica econômica esta com utilização da infra-estrutura no limite.” Como ilustrado na figura a seguir.

A existência de uma base instalada favorece a ação dos atores envolvidos que por sua vez estabeleceram regras de conduta. Todo esse conjunto nos coloca em um contexto favorável frente ao cenário internacional gerando um grande campo de oportunidades para reforçar tanto a base quanto os atores e as regras formando assim um ciclo de reforço virtuoso.


PARTE III - Pontos Fracos
• Educação
O esforço de retomada de níveis adequados de investimentos em infra-estruturas esbarra em alguns pontos fracos nas atividades educacionais que formam os profissionais atuantes nesta dimensão da sociedade brasileira, conforme relatadas nas diversas mesas de trabalho, a saber:
• Deficiência de professores nas universidades .
• Falta capacitação técnica e de número (quantidade) de profissionais com qualificação adequada às demandas público privadas. Fascínio educacional e cultural desvinculado de nossa nova realidade de país urbano.
• População sem ensino básico e médio em porcentagem representativa.
• Falta de recursos humanos na área tecnológica
• Universidade pública desvinculada das necessidades sócio-econômicas de desenvolvimento do Brasil.
• Sistema de entidades CONFEA/CREA voltadas fortemente para interesses profissionais corporativos, necessitando amplificar seu protagonismo nas questões sócio-políticas nacionais.
• Financiamento
O longo período de relativa estagnação da disponibilidade de recursos com os quais as empresas e o setor público atualmente se deparam, exige um reexame da questão do financiamento de obras de infra-estrutura nos seguintes pontos:
• Falta de modelos de financiamentos a longo prazo.
• Gestão do sistema
Mais além dos recursos em escassez para a execução de obras públicas inúmeros são os pontos de intervenção nos procedimentos que orientam a gestão pública e a privada na execução das obras, conforme apontado a seguir:
• Conflitos de competência, sobreposições de ações e tentativas inadequadas de reprodução de estruturas técnicas nos órgãos de execução e controle;
• Custo social do não fazer as obras.
• Gestão incompatível com as oportunidades do Brasil – desvios de função e sobreposição das funções.
• Improvisação de custo por projetos incompletos.
• Limitações e deficiências nas estruturas técnicas de execução e controle
• Descontinuidade de investimentos e conseqüentemente perda de competitividade do País.
• Atrasos, interrupções e abandono de obras públicas.
• Significativos desperdícios e reduções na vida útil de obras pela falta de investimentos para a adequada operação e manutenção das mesmas.
• Jurídico Legais
A legislação e o sistema jurídico apresentam falhas na sua concepção e na sua execução inibindo a ação dos projetos de engenharia e o investimento no desenvolvimento do País.
• Falha no sistema jurisdicional para solução ágil de conflitos.
• "Falta da aplicação da lei por falta de clareza do instrumento legal
• “Legislação inibiu a engenharia por ignorar a autoridade técnica devidamente regulamentada."
• “Judicialização” dos processos.
• Legislação incompatível com as perspectivas de investimentos e desenvolvimento de nosso país.
• Normas e regulamentação
As normas estabelecidas e as questões regulatórias não contribuem para o efetivo andamento da obras no País.
• Marco regulatório fraco e instável.
• Dificuldade de criação e modificação de normas e decretos que regulem a execução de obras.
• Orçamentos são autorizativos e não impositivos, não gerando continuidade das obras.




• Planejamento
Falta de planejamento estratégico e de planos de estado.
• Necessidade de recursos, de aparatos, da cultura, e de mecanismos de planejamento estratégico no País.
• Plano de governo e não políticas de estado
• Poder público
Falta de compreensão e interferência nas obras de infra-estrutura se agravam com a ação corrupta e a excessiva burocracia do poder público.

• Corrupção e forte presença de interesses particulares nas estruturas do poder público.
• Falha no sistema de controle dos agentes reguladores do serviço público.
• Falta de compreensão de alguns setores do Ministério Publico quanto à importância das obras de infra-estrutura, demonstrada pela sua recorrente interferência não fundamentada.
• Interferência político-partidária em questões e/ou áras técnicas nos Tribunais de Contas, Agências Reguladoras e outros órgãos de controle.
• Modelo político perverso .
• Ministério Público com procedimentos burocráticos e jurídicos na questão técnica dos investimentos
• Excesso de burocracia nas estruturas governamentais.
• Políticas
Políticas pouco vinculadas as necessidades e em disparidade com as exigências técnicas e ambientais.
• A ação do setor público quase nunca se realiza nos períodos políticos de gestão.
• Critérios políticos e jurídicos acima dos requisitos técnicos e de sustentabilidade.
• Pouca explicitação dos critérios técnicos de engenharia levando a debates estritamente políticos.
• Políticas ambientais equivocadas, voltadas ao comando e controle, em lugar de negociação.
• Projetos
Pouca importância dada aos projetos e estudos para investimentos estratégicos.
• Falta de projetos de qualidade e completos.
• Inexistência de acervo de projetos e estudos para planejar os investimentos estratégicos.
• Sociedade
Pouco interesse e participação da sociedade civil.
• Apatia política de expressiva parcela da sociedade.
• Pequena participação da sociedade civil nas ações governamentais, em particular as entidades de engenharia.
• Aumento e acompanhamento da imprensa e das organizações não governamentais.
• Aceleração da inclusão digital para controle e execução de obras.
• Tributos
Excessiva carga tributária.
• Carga tributária incompatível, orçamento autoritativos, descontinuidade e interferência não fundamentada entre poderes (MP)
• Carga tributária excessiva diminui a capacidade de investimentos





PARTE IV - Sugestões de superação dos pontos fracos

As sugestões de superação dos pontos fracos estão listadas a seguir agrupadas de acordo com os grandes temas utilizados para consolidar os pontos fracos.


1.Sugestões para a melhoria dos aspectos educacionais para a formação de profissionais na área de tecnologia.
• Incentivos a formação de profissionais da área tecnológicas.
• Investimentos em formação e capacitação técnica (especialmente engenharia), bem como em capacitação de pessoas e criação de ambiente político adequado para participação e controle das ações publicas, bem como promover iniciativas para a educação voltadas ao exercício da cidadania, inclusive junto a crianças e adolescentes.
2. Sugestões para a melhoria do modelo de gestão e da gestão das obras de infra-estrutura.
• Modernizar a gestão pública: com implantação de inovações institucionais; com profissionalização e adequado aparelhamento técnico, devidamente valorizado; bem como, incluindo a eliminação de restrições de financiamento publico nos empreendimentos conduzidos por empresas estatais.
• Modernizar os modelos de gestão
• Promover a Inclusão digital
• Melhor aproveitamento dos recursos tecnológicos (literatura técnica, uso da internet).
• Melhorias na área jurídico e questões legais
• Aprimorar o marco legal
• Instituir códigos de obras infra-estruturais: promover a sistematização e consolidação dos instrumentos legais administrativos e dos marcos regulatórios, relativos às diversas áreas do interesse público, aplicáveis às obras infra-estruturais, com especial destaque, para a melhoria e valorização da Lei de Licitações, bem como de revisão dos procedimentos e da própria legislação ambiental.
• Sugestões para a melhoria das normas e de regulamentação
• Fortalecimento das agências reguladoras: implantar, consolidar atribuições de regulação e fiscalização, aumentar a autonomia institucional, aumentar a participação da sociedade usuária dos serviços e profissionalizar os quadros das agências reguladoras.
• Racionalizar o sistema de controle: delimitar as fronteiras e fases de atuação dos órgãos executivos (Prefeituras, Governos Estaduais e Governo Federal), dos órgãos ambientais e de controle (Tribunais de Contas e Ministério Púbico Federal e Estadual), bem como adotar procedimentos para investimentos em obras previamente aprovadas (catalogo de obras).
• Fortalecimento das agências reguladoras.
• Sugestões para o resgate, e valorização do planejamento
• Restabelecer o planejamento através de maior participação das entidades de classe, tipo IEP, IE E OUTRAS.
• Incentivar a discussão de planejamento integrado e inovador
• Planejamento de médio e longo prazo e instrumentos que possam acompanhar a execução ao longo dos anos.
• Implantar o planejamento integrado de longo prazo: com visão de Estado (ou seja, desvinculados dos projetos de poder, político-partidários e similares), baseados em diagnósticos técnicos de problemas potenciais; definição de objetivos estratégicos de longo prazo e intersetoriais; acompanhamento via metas de curto e médio prazo; com ampla participação técnica de segmentos organizados da sociedade; com critérios técnicos de priorização de obras e com adoção do conceito de vida útil dos empreendimentos, ou seja, considerando-se de forma integrada o projeto, construção, operação e manutenção das obras infra-estruturaiS.
• Sugestões para questões políticas
• Reforma política
• Protagonismo das instituições relacionadas a infra-estrutura.
• Articular mudanças institucionais
• Fóruns técnicos como este (deve ser repetido a cada três meses).
• Promover o empreendedorismo da engenharia: delimitando as fronteiras entre as ações de engenharia no setor publico e privado; maior valorização dos projetos de engenharia e da engenharia consultiva, inclusive, com políticas de fomento para esse segmento.
• Estimular a sociedade civil organizada a exercer seu papel na cobrança da transparência e no acompanhamento das execuções.
• Ampliar o controle social de cunho técnico: Via Entidades de Classe, Conselhos de Consumidores, Observatórios Sociais e outras organizações, bem como ampliara a divulgação em portais eletrônicos governamentais os contratos, aditivos, relatórios e prestações de contas das obras de infra-estrutura; bem como dos balanços e demonstrações contábeis das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos.
• Fortalecer as entidades de classe, especialmente para a participação e controle das ações governamentais, com especial destaque para as ações relacionadas a promoção de estudos, pesquisas, bem como, para divulgar e viabilizar as alterações institucionais necessárias.
• Mobilização permanente da sociedade organizada exigindo e acompanhando o aperfeiçoamento organizacional.
• Promover ações integradas de universidades, entidades de classe, segmentos organizados e outros da sociedade.
• Promover as iniciativas públicas e privadas relacionadas à avaliação e acompanhamento das ações públicas, especialmente, via Internet.
• Sugestão para a melhoria da carga tributária.
• Reforma tributária

sábado, 14 de agosto de 2010

Questões importantes - Abar envia ofício a presidenciáveis

Nesta semana, a Abar enviou a todos os candidatos à presidência do República ofício solicitando um posicionamento com relação à Regulação no Brasil e quais os projetos de campanha para o setor.

Além disso, a associação se apresentou como entidade que congrega a maioria das agências do País e, neste sentido, é tida como importante elo para o desenvolvimento regulatório.


Segue o ofício na íntegra.


A Associação Brasileira de Agências de Regulação - ABAR, fundada em 1999, contando atualmente com 35 (trinta e cinco) associadas, entidades reguladoras de âmbito federal, estadual e municipal, tem, entre outras, a finalidade de contribuir para o avanço e consolidação das atividades de regulação em todo o Brasil, principalmente no que diz respeito à defesa dos princípios que as norteiam.


Assim, no momento em que Vossa Excelência se apresenta ao povo brasileiro como candidata(o) à presidência do nosso País, gostaríamos de conhecer o seu pensamento e suas propostas sobre o tema da regulação.


Adiantamos que a ABAR reconhece as conquistas dos últimos 10 anos, mas que há ainda um longo caminho a percorrer, no sentido de situar a regulação como um elemento capaz de modernizar a administração pública brasileira e, ao mesmo tempo, torná-la efetiva, focalizada, proporcional, transparente e na justa medida da sua necessidade.


Um arcabouço regulatório nessas condições é fundamental para o funcionamento eficiente dos mercados e, simultaneamente, para a proteção dos usuários, consumidores e o meio ambiente, de modo a dar continuidade ao processo de desenvolvimento do País e alcançar, assim, uma sociedade mais próspera, mais justa e mais segura.


Dessa forma solicitamos a manifestação de Vossa Excelência sobre os seguintes temas e a sua indicação de como elas serão tratadas em seu programa de governo:


Qual a sua posição sobre a fixação de mandatos para os dirigentes das agências reguladoras, bem como a necessária autonomia decisória, administrativa e financeira destes entes públicos?


Que diagnóstico Vossa Excelência tem sobre a adequada instrumentalização das agências em termos de quadros próprios qualificados, capacitados e bem remunerados, para fazer face ao poder de mercado das empresas reguladas? Com que medidas essa instrumentalização poderia ser fortalecida?


Qual o diagnóstico e pensamento sobre critérios para escolha de dirigentes das agências reguladoras?


E sobre a qualidade e a transparência do processo decisório das agências? Vossa Excelência tem algum diagnóstico sobre o assunto, inclusive quanto à maior participação da sociedade no mesmo?


O que pensa Vossa Excelência acerca do controle e supervisão das atividades das agências? Tem alguma proposta neste sentido?


Tem posição firmada sobre a descentralização das agências federais, atuando em parceria com os outros entes federados?


Como agirá sobre o PL no. 3.337/2004, conhecido como Lei das Agências e sobre a PEC no. 81/200, que consolida na Constituição os princípios das atividades reguladoras do estado brasileiro, proposta que se arrastam há anos no Congresso Nacional?


Por fim, agradecemos a atenção de Vossa Excelência e, aguardando com muita expectativa a sua resposta, colocamo-nos a sua disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.


Respeitosamente,


RICARDO PINTO PINHEIRO

Presidente da ABAR

terça-feira, 10 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Plano Estadual de Banda Larga

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V, da Constituição Estadual,

DECRETA:


Art. 1º Fica instituído o Plano Estadual de Banda Larga, com o objetivo de fomentar e difundir o acesso e uso de bens e serviços das tecnologias de informação e comunicação, de modo a:

I - massificar o acesso a serviços de conexão à internet;

II - colaborar para acelerar o desenvolvimento econômico e social;

III - promover as cidades digitais e a inclusão digital dos cidadãos;

IV - reduzir as desigualdades sociais e econômicas;

V - auxiliar na promoção da geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de vida;

VI - facilitar aos cidadãos o uso dos serviços de Governo Eletrônico;

VII - promover o acesso às tecnologias de informação e comunicação;

VII - reduzir as desigualdades de acesso ao conhecimento e às oportunidades.

Art. 2º Para a consecução dos objetivos previstos no art. 1º, a Companhia Paranaense de Energia - Copel, por meio de sua subsidiária Copel Telecomunicações S.A., se compromete a:

I - expandir, em três anos, a sua rede de transmissão de alta capacidade (“backbone”) e sua rede de internet (“backbone IP”) a todas as cidades do Estado;

II - implantar redes de distribuição primárias de alta capacidade (“backhaul”) para prestação de serviços de acesso à internet e de serviços de redes privativas, de distribuição de internet, às empresas e instituições públicas que aderirem a esse Plano;

III - providenciar para que sua rede de internet (“backbone IP”) esteja conectada em alta capacidade com os pontos nacionais de troca de tráfego e com as redes nacionais e internacionais de internet (“backbones IP” nacionais e internacionais), para garantir alta qualidade e alta disponibilidade do serviço de acesso à internet.

Art. 3º Fica diferido o pagamento do imposto devido na prestação de serviço de comunicação, na modalidade SCM - Serviço de Comunicação Multimídia:

I - quando a tomadora do serviço, domiciliada neste Estado, for empresa provedora de acesso à internet por conectividade em banda larga (“Internet Service Provider - ISPs”) optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples Nacional;

II - quando a tomadora do serviço for prefeitura municipal paranaense, prestadora de serviço de telecomunicação de que trata o Ato n. 66.198, de 27 de julho de 2007, da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel.

§ 1º O benefício fica condicionado a que o serviço seja disponibilizado ao custo mensal igual ou inferior a R$ 230,00 (duzentos e trinta reais) o “Megabit”.

§ 2º As prefeituras municipais de que trata o inciso II do “caput” deverão disponibilizar os serviços para atendimento dos munícipes nas escolas municipais, telecentros, programas de inclusão digital e ampliar os serviços de Governo Eletrônico Municipal.

Art. 4º As empresas provedoras de acesso à internet por conectividade em banda larga, de que trata o art. 3º, deverão disponibilizar ao usuário, pessoa física, domiciliado neste Estado:

I - preferencialmente ao de baixa renda, no mínimo quinze por cento de sua capacidade, ao custo máximo de quinze reais por mês;

II - demais usuários, no mínimo quinze por cento de sua capacidade, ao custo máximo de trinta reais por mês.

§ 1º A velocidade nominal mínima de acesso deverá ser de 256 kbps (kilobits por segundo) e 512 kbps (kilobits por segundo), respectivamente, com garantia mínima de dez por cento da velocidade nominal.

§ 2º Consideram-se de baixa renda as famílias beneficiadas com o Programa Bolsa Família do Governo Federal.

§ 3º Nos preços, de que tratam os incisos I e II do “caput”, deverão estar inclusos a manutenção e os demais serviços inerentes à comunicação pela internet.

§ 4º Para o cálculo da capacidade, de que tratam os incisos I e II do “caput”, deverá ser observada a seguinte fórmula: “número de clientes = (Banda Atacado * 10* 15%) / Banda Plano Popular”, onde:

I - Banda Atacado = Serviço de Comunicação SCM adquirido com o diferimento de que trata o art. 3º;

II - Banda Plano Popular = velocidade mínima disponibilizada no § 1°.

§ 5º A memória do cálculo de que trata o § 4° deve ser arquivada pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária, sendo que os cálculos serão realizados a partir do terceiro mês, a contar da primeira aquisição com o diferimento de que trata o art. 3º.

Art. 5º As empresas provedoras de acesso à internet por conectividade em banda larga, que não atenderem às condições previstas no art. 4º, deverão recolher integralmente o ICMS diferido na etapa anterior, em GR-PR, até o último dia do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

Art. 6º Compete à empresa prestadora do serviço a verificação das limitações previstas neste Decreto para fins de fruição do beneficio fiscal.

Art. 7º Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação.

Curitiba, de de 2010, 189º da Independência e 122º da República.





Orlando Pessuti, Heron Arzua,

Governador do Estado. Secretário de Estado da Fazenda.



Ney Caldas, Ronald Thadeu Ravedutti,

Chefe da Casa Civil. Diretor-Presidente da Copel

sábado, 24 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mudando as capitais

sábado, 17 de julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Trem Bala

terça-feira, 13 de julho de 2010

Seminário Nacional “Investimento Público: análise e perspectiva”


Seminário Nacional “Investimento Público: análise e perspectiva” em 9 de julho de 2010, em Curitiba, promoção do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), da Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (Fisenge) e do Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR).

A importância do Estado Investidor - Denize Gentil

PIB e Taxas de Investimentos

IPEA - Conjuntura Macroeconômica e Reflexões

Eixos de Desenvolvimento

A importâncioa dos gastos sociais

Salário Mínimo

Mercado de Trabalho - sucesso e ainda a necessidade de melhorar

Precisamos crescer mais

Riscos de nossa economia

Apresentação do palestrante do IPEA - Dr. Sérgio Gobetti

Gráfico do desempenho da Economia no Brasil

Universo estatal e privado e a importância dos investimentos públicos

Obras e embargos

Investimentos entre municípios, estados e federais

Investimentos por setor

Comparando com outros países - investimentos



Investimentos - comparações

Política fiscal e investimentos

Perspectivas e realizado - PAC

O destino da receita do Petróleo



Sérgio Gobetti - IPEA



segunda-feira, 12 de julho de 2010

Debates e Perguntas









Palavras do Presidente da FIEP - Dr. Rodrigo da Costa Rocha Loures



O DEST e o Dr. Sérgio Franscisco da Silva



Evolução dos investimentos federais

Aplicação de empréstimos

Empréstimos Estatais Federais

Política das Agências de Fomento



TELEBRÁS e o novo papel das estatais

Que sonho os engenheiros brasileiros têm



O Brasil - uma nação exportadora de mão de obra

E a degradação de projetos

Degradação de projetos hidrelétricos

Matriz energética brasileira

O Brasil exporta energia - um erro estratégico

Um péssimo negócio para o Brasil



Acordos internacionais discutíveis

Desnacionalização do Brasil

Os riscos da abundância de petróleo

Prioridade - criação e otimização da matriz de transporte

Matriz de transportes inteligente

Procura-se JK

O povo rural nas cidades



A casa popular e a municipalização

Dr. Antônio Henrique Pinheiro Silveira - Secretário de Acompanhamento Econômico - Ministério da Fazenda



História da Infraestrutura Nacional

As estatais e as empresas privadas

O porte da dívida pública e a política fiscal

A carga tributária

O crescimento dos investimentos e transferências de renda

O desmonte do governo no período áureo do neoliberalismo

Os investimentos federais e o PAC



Qual é a taxa de crescimento ideal

domingo, 11 de julho de 2010

Copa do Mundo – quem pagará a conta e quem já está ganhando

O Brasil entrou euforicamente em dois compromissos pesados, a realização da Copa do Mundo do Mundo em 2014 e em seguida as Olimpíadas. Coisa de gente rica. Somos?

O desastre provocado pelos banqueiros americanos, ou melhor, o tremendo golpe aplicado à Humanidade, exposto com detalhes ainda incompletos, terá efeitos ainda durante muito tempo. Afetou expectativas de rendimento de inúmeros projetos, prejudicou planos de norte a sul, leste a oeste dos EUA (dentro e fora de suas fronteiras). O cassino das Bolsas de Valores vive dizendo que agora melhorou, agora piorou, os indicadores disso e daquilo dizem... etc. Para esses o fundamental é que o povo continue apostando.

E a Copa do Mundo no Brasil?

Temos inúmeros problemas e eles não se resolvem simplesmente fazendo estádios e maquiando as cidades para receber os “atletas”, que vão deixar mais gente obesa por aqui, afinal quantos brasileiros vão tomar chope ou cerveja e comer salgadinhos, bem acomodados em sofás e cadeiras de bares, lendo e ouvindo as declarações importantíssimas de nossos comentaristas “esportivos” até a Copa? Quanto será gasto em patrocínio de programas e torpedos para discutir quem deverá ser convocado ou não? Quantas viagens e reuniões faustosas serão feitas na conta desses jogos?

Enquanto preparam os circos o povo mais humilde continuará a viver em seus barracos, pagando juros absurdos por qualquer descuido, os aposentados terão seus ganhos reduzidos para que a inflação não aumente (no ano passado essa tal de SELIC absorveu 35% da receita fiscal federal), vão contingenciar recursos para os serviços essenciais nas cidades sem COPA, deixar escolas inacabadas, travar vacinações mais caras, inibir uma série de atividades que precisamos por esse Brasil de oito e meio milhões de quilômetros quadrados e quase duzentos milhões de habitantes.

Mas teremos a COPA. Algumas das cidades eleitas para esse festival, que durará no máximo um mês, serão sede de jogos de países que poucos saberão pronunciar o nome. A TV será a grande (como há muito tempo, não importa onde fosse a COPA) janela (ótima) para ver os jogos.

Teremos dinheiro, descobriram petróleo no Pré Sal. Será? Quando começaremos a exportar em grande quantidade esse petróleo? E se a ONU determinar medidas de segurança que estamos longe de dominar (o acidente da BP foi além de catastrófico, onde estão as ONGs? O Greenpeace? O pessoal tão preocupado com o meio ambiente?)?

O povo brasileiro já foi vítima de inúmeras “quebras” desde os tempos de Rui Barbosa. Será que não aprende? Felizmente de um jeito ou de outro as empreiteiras estão demorando a começar obras faustosas. Por enquanto vemos liberação de dinheiro para projetos importantes. Contra o povo, entretanto, já começou a sandice do jogo de palavras empolgando os telespectadores, desafiando-os a gastar dinheiro dizendo o que pensam a respeito desse ou daquele tema “futebolístico”.

É fácil apaixonar, enrolar, cooptar, é só dizer o que todos querem ouvir. É ótimo e dá dinheiro para os mais espertos agradar, fazer fricotes e mostrar a garotada que corre e chuta bem fazendo malabarismos com a bola.

O problema é que essa bola poderá ser o chute de abertura de mais um jogo mortal, em tempos que exigiriam máxima cautela e revisão de planos.

O problema é o poder de convencimento de alguns e a omissão de outros junto à preguiça mental da maioria...

De qualquer forma vale à pena perguntar: quem vai ganhar muito dinheiro com essa fantasia e quem perderá?



Cascaes

5.5.2010

Brasil sem fábricas

Os ambientalistas devem estar felizes, o Brasil perde indústrias rapidamente. Nossos acadêmicos continuam contentes, publicam papers a granel. Os banqueiros sorriem, financiam importações, apóiam negócios. Geramos empregos: pilotos de máquinas agrícolas, alimentadores de frangos, esquartejadores de bois. Temos autênticos mineiros e as ferrovias aparecem para carregar produtos que enchem graneleiros. Montamos automóveis, afinal, alguma coisa precisa ser feita aqui, ainda que pagando royalties monumentais. Tornamo-nos gente do mundo, milhões de brasileiros, alguns fanáticos por religiões importadas ou filhos e netos de imigrantes, mudaram para o exterior, levando para lá o pouco que aprenderam em nossas escolas, a maioria delas sustentadas pelo contribuinte nacional.

O artigo “Um Titanic chamado Brasil”, de Fritz Utzeri, merece a transcrição de alguns dados:

...no primeiro semestre deste ano o Brasil importou quase 200 milhões de dólares de lâmpadas, a maioria vindas da China, quase três vezes mais do que o total importado em 2009 no mesmo período. ... a desindustrialização do país que vai deixando progressivamente de fabricar e desenvolver produtos de alta e média tecnologia, um déficit que custa ao Brasil cerca de 23 bilhões de dólares anuais. ... em 1995 (portanto há 15 anos) a participação do setor industrial na composição do PIB era de 28% e hoje não passa de meros 13,5%. Só para comparar, a China (que há 30 anos tinha um PIB inferior ao Brasil é hoje a segunda economia do mundo e o setor industrial responde por 47% desse produto. Na Coreia do Sul, um quarto do PIB é gerado pela indústria... entre 1995 e 2009 o PIB brasileiro cresceu 47%, enquanto o da China aumentou praticamente 200% e o da Índia 136%. ... O Brasil perdeu espaço principalmente nas indústrias de bens de capital, química e eletroeletrônica, que registraram um déficit de 44 bilhões de dólares em 2009 (número já ultrapassado pelos dados preliminares deste ano que já chegam a 57 bilhões de dólares).

Ou seja, apesar da pilha monumental de recursos para pesquisa e desenvolvimento criados com os encargos sobre energia, transporte, máquinas etc. (Fundos Setoriais - FINEP) nossos pesquisadores e empreendedores desistiram de registrar patentes, de criar empresas no Brasil, cansaram de competir com nações sem os entraves legais e burocráticos existentes nessa terra que adora cartórios.

Talvez alguns economistas liberais tenham razão, cada povo deve fazer o que sabe produzir melhor. A questão é: quanto vale uma tonelada de soja? Qual o preço de uma tonelada de perfume? Quanto custa um quilograma de chips? Quanto recebemos por um kg de frango? O que fazemos para produzir um metro cúbico de madeira? O que é necessário para se ter um metro cúbico seda?

Naturalmente devemos aproveitar todas as oportunidades razoáveis de geração de empregos. Afinal temos gente de toda espécie e o ideal é que todos possam trabalhar, serem úteis.

0 drama é que resolvemos fazer leis de metro. Tantas leis exigem um número muito maior de decretos, normas, regulamentos, fiscais, tribunais, cadeias e limitações que transformam o Brasil no paraíso dos advogados, cartorários, juízes e carcereiros. Enquanto isso outros países mais espertos desregulamentam, simplificam, criam oportunidades.

O que incomoda é ver uma nação com tantas possibilidades de sair do patamar ruim em que se encontra continuar alienada, valorizando problemas importados, esquecendo seu povo que se acostumou a escravizar e humilhar.



Cascaes

10.7.2010