sábado, 24 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mudando as capitais

sábado, 17 de julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Trem Bala

terça-feira, 13 de julho de 2010

Seminário Nacional “Investimento Público: análise e perspectiva”


Seminário Nacional “Investimento Público: análise e perspectiva” em 9 de julho de 2010, em Curitiba, promoção do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), da Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (Fisenge) e do Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR).

A importância do Estado Investidor - Denize Gentil

PIB e Taxas de Investimentos

IPEA - Conjuntura Macroeconômica e Reflexões

Eixos de Desenvolvimento

A importâncioa dos gastos sociais

Salário Mínimo

Mercado de Trabalho - sucesso e ainda a necessidade de melhorar

Precisamos crescer mais

Riscos de nossa economia

Apresentação do palestrante do IPEA - Dr. Sérgio Gobetti

Gráfico do desempenho da Economia no Brasil

Universo estatal e privado e a importância dos investimentos públicos

Obras e embargos

Investimentos entre municípios, estados e federais

Investimentos por setor

Comparando com outros países - investimentos



Investimentos - comparações

Política fiscal e investimentos

Perspectivas e realizado - PAC

O destino da receita do Petróleo



Sérgio Gobetti - IPEA



segunda-feira, 12 de julho de 2010

Debates e Perguntas









Palavras do Presidente da FIEP - Dr. Rodrigo da Costa Rocha Loures



O DEST e o Dr. Sérgio Franscisco da Silva



Evolução dos investimentos federais

Aplicação de empréstimos

Empréstimos Estatais Federais

Política das Agências de Fomento



TELEBRÁS e o novo papel das estatais

Que sonho os engenheiros brasileiros têm



O Brasil - uma nação exportadora de mão de obra

E a degradação de projetos

Degradação de projetos hidrelétricos

Matriz energética brasileira

O Brasil exporta energia - um erro estratégico

Um péssimo negócio para o Brasil



Acordos internacionais discutíveis

Desnacionalização do Brasil

Os riscos da abundância de petróleo

Prioridade - criação e otimização da matriz de transporte

Matriz de transportes inteligente

Procura-se JK

O povo rural nas cidades



A casa popular e a municipalização

Dr. Antônio Henrique Pinheiro Silveira - Secretário de Acompanhamento Econômico - Ministério da Fazenda



História da Infraestrutura Nacional

As estatais e as empresas privadas

O porte da dívida pública e a política fiscal

A carga tributária

O crescimento dos investimentos e transferências de renda

O desmonte do governo no período áureo do neoliberalismo

Os investimentos federais e o PAC



Qual é a taxa de crescimento ideal

domingo, 11 de julho de 2010

Copa do Mundo – quem pagará a conta e quem já está ganhando

O Brasil entrou euforicamente em dois compromissos pesados, a realização da Copa do Mundo do Mundo em 2014 e em seguida as Olimpíadas. Coisa de gente rica. Somos?

O desastre provocado pelos banqueiros americanos, ou melhor, o tremendo golpe aplicado à Humanidade, exposto com detalhes ainda incompletos, terá efeitos ainda durante muito tempo. Afetou expectativas de rendimento de inúmeros projetos, prejudicou planos de norte a sul, leste a oeste dos EUA (dentro e fora de suas fronteiras). O cassino das Bolsas de Valores vive dizendo que agora melhorou, agora piorou, os indicadores disso e daquilo dizem... etc. Para esses o fundamental é que o povo continue apostando.

E a Copa do Mundo no Brasil?

Temos inúmeros problemas e eles não se resolvem simplesmente fazendo estádios e maquiando as cidades para receber os “atletas”, que vão deixar mais gente obesa por aqui, afinal quantos brasileiros vão tomar chope ou cerveja e comer salgadinhos, bem acomodados em sofás e cadeiras de bares, lendo e ouvindo as declarações importantíssimas de nossos comentaristas “esportivos” até a Copa? Quanto será gasto em patrocínio de programas e torpedos para discutir quem deverá ser convocado ou não? Quantas viagens e reuniões faustosas serão feitas na conta desses jogos?

Enquanto preparam os circos o povo mais humilde continuará a viver em seus barracos, pagando juros absurdos por qualquer descuido, os aposentados terão seus ganhos reduzidos para que a inflação não aumente (no ano passado essa tal de SELIC absorveu 35% da receita fiscal federal), vão contingenciar recursos para os serviços essenciais nas cidades sem COPA, deixar escolas inacabadas, travar vacinações mais caras, inibir uma série de atividades que precisamos por esse Brasil de oito e meio milhões de quilômetros quadrados e quase duzentos milhões de habitantes.

Mas teremos a COPA. Algumas das cidades eleitas para esse festival, que durará no máximo um mês, serão sede de jogos de países que poucos saberão pronunciar o nome. A TV será a grande (como há muito tempo, não importa onde fosse a COPA) janela (ótima) para ver os jogos.

Teremos dinheiro, descobriram petróleo no Pré Sal. Será? Quando começaremos a exportar em grande quantidade esse petróleo? E se a ONU determinar medidas de segurança que estamos longe de dominar (o acidente da BP foi além de catastrófico, onde estão as ONGs? O Greenpeace? O pessoal tão preocupado com o meio ambiente?)?

O povo brasileiro já foi vítima de inúmeras “quebras” desde os tempos de Rui Barbosa. Será que não aprende? Felizmente de um jeito ou de outro as empreiteiras estão demorando a começar obras faustosas. Por enquanto vemos liberação de dinheiro para projetos importantes. Contra o povo, entretanto, já começou a sandice do jogo de palavras empolgando os telespectadores, desafiando-os a gastar dinheiro dizendo o que pensam a respeito desse ou daquele tema “futebolístico”.

É fácil apaixonar, enrolar, cooptar, é só dizer o que todos querem ouvir. É ótimo e dá dinheiro para os mais espertos agradar, fazer fricotes e mostrar a garotada que corre e chuta bem fazendo malabarismos com a bola.

O problema é que essa bola poderá ser o chute de abertura de mais um jogo mortal, em tempos que exigiriam máxima cautela e revisão de planos.

O problema é o poder de convencimento de alguns e a omissão de outros junto à preguiça mental da maioria...

De qualquer forma vale à pena perguntar: quem vai ganhar muito dinheiro com essa fantasia e quem perderá?



Cascaes

5.5.2010

Brasil sem fábricas

Os ambientalistas devem estar felizes, o Brasil perde indústrias rapidamente. Nossos acadêmicos continuam contentes, publicam papers a granel. Os banqueiros sorriem, financiam importações, apóiam negócios. Geramos empregos: pilotos de máquinas agrícolas, alimentadores de frangos, esquartejadores de bois. Temos autênticos mineiros e as ferrovias aparecem para carregar produtos que enchem graneleiros. Montamos automóveis, afinal, alguma coisa precisa ser feita aqui, ainda que pagando royalties monumentais. Tornamo-nos gente do mundo, milhões de brasileiros, alguns fanáticos por religiões importadas ou filhos e netos de imigrantes, mudaram para o exterior, levando para lá o pouco que aprenderam em nossas escolas, a maioria delas sustentadas pelo contribuinte nacional.

O artigo “Um Titanic chamado Brasil”, de Fritz Utzeri, merece a transcrição de alguns dados:

...no primeiro semestre deste ano o Brasil importou quase 200 milhões de dólares de lâmpadas, a maioria vindas da China, quase três vezes mais do que o total importado em 2009 no mesmo período. ... a desindustrialização do país que vai deixando progressivamente de fabricar e desenvolver produtos de alta e média tecnologia, um déficit que custa ao Brasil cerca de 23 bilhões de dólares anuais. ... em 1995 (portanto há 15 anos) a participação do setor industrial na composição do PIB era de 28% e hoje não passa de meros 13,5%. Só para comparar, a China (que há 30 anos tinha um PIB inferior ao Brasil é hoje a segunda economia do mundo e o setor industrial responde por 47% desse produto. Na Coreia do Sul, um quarto do PIB é gerado pela indústria... entre 1995 e 2009 o PIB brasileiro cresceu 47%, enquanto o da China aumentou praticamente 200% e o da Índia 136%. ... O Brasil perdeu espaço principalmente nas indústrias de bens de capital, química e eletroeletrônica, que registraram um déficit de 44 bilhões de dólares em 2009 (número já ultrapassado pelos dados preliminares deste ano que já chegam a 57 bilhões de dólares).

Ou seja, apesar da pilha monumental de recursos para pesquisa e desenvolvimento criados com os encargos sobre energia, transporte, máquinas etc. (Fundos Setoriais - FINEP) nossos pesquisadores e empreendedores desistiram de registrar patentes, de criar empresas no Brasil, cansaram de competir com nações sem os entraves legais e burocráticos existentes nessa terra que adora cartórios.

Talvez alguns economistas liberais tenham razão, cada povo deve fazer o que sabe produzir melhor. A questão é: quanto vale uma tonelada de soja? Qual o preço de uma tonelada de perfume? Quanto custa um quilograma de chips? Quanto recebemos por um kg de frango? O que fazemos para produzir um metro cúbico de madeira? O que é necessário para se ter um metro cúbico seda?

Naturalmente devemos aproveitar todas as oportunidades razoáveis de geração de empregos. Afinal temos gente de toda espécie e o ideal é que todos possam trabalhar, serem úteis.

0 drama é que resolvemos fazer leis de metro. Tantas leis exigem um número muito maior de decretos, normas, regulamentos, fiscais, tribunais, cadeias e limitações que transformam o Brasil no paraíso dos advogados, cartorários, juízes e carcereiros. Enquanto isso outros países mais espertos desregulamentam, simplificam, criam oportunidades.

O que incomoda é ver uma nação com tantas possibilidades de sair do patamar ruim em que se encontra continuar alienada, valorizando problemas importados, esquecendo seu povo que se acostumou a escravizar e humilhar.



Cascaes

10.7.2010