segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mais uma tentativa de flexibilizar a Lei 8.666

http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=125&pai=4&sub=862


Mais uma tentativa de flexibilizar a Lei 8.666
Brasília, 30 de maio de 2011.
Sabemos que a Lei de Licitações precisa e deve ser aprimorada, mas não podemos admitir que sejam propostas alterações ou flexibilizações para atender situações específicas, como foi feito na Medida Provisória 521/2010 e, segundo foi anunciado na semana passada, será novamente tentado na MP 527/2011. Criar o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 não é nem desejável, nem aceitável.
A Lei 8.666 precisa ser aprimorada de uma forma mais permanente, de modo a permitir o resgate da cultura técnica e o alcance da condição de planejamento que o Brasil precisa. Muito já evoluímos ao longo dos últimos anos, mas precisamos dar celeridade nesse processo evolutivo, principalmente quando nosso foco for o planejamento e a transparência dos investimentos públicos.
Preocupa-nos muito a proposta de contratação conjunta de projeto e execução do empreendimento. A possibilidade de apenas anunciar o desejo, com base num anteprojeto, para fazer a contratação de um empreendimento não é tecnicamente indicado. Como as equipes de licitação julgarão as propostas, com base  apenas em um anteprojeto para contratação do projeto e da execução desse empreendimento?
Preocupa-nos também a estrutura hoje existente no poder público para fiscalizar com eficácia essas contratações. É preocupante a ausência de equipes técnicas nos níveis federal, estadual e, principalmente, municipal para acompanhar, julgar e fiscalizar esses empreendimentos em nome da sociedade brasileira.
É preciso reavaliar essa proposta urgentemente. Privilegiar numa licitação o regime de contratação por pregão eletrônico, como se pudéssemos contratar obras intelectuais – no caso de projetos ou obras –, somente pensando em celeridade, em detrimento da qualidade e da segurança, é uma temeridade. Sabemos que o Brasil precisa planejar antecipadamente e com prazos hábeis. Querer reduzir os prazos das licitações, para poder, inclusive, suprir alguns problemas de planejamento, certamente não é a solução adequada.
O Brasil vem evoluindo de uma maneira significativa, por meio dos portais de transparência, exigindo a publicidade dos editais de licitação e também o acompanhamento da execução dos empreendimentos. Também sob esse aspecto essa proposta representa um retrocesso, ao permitir que não haja a divulgação para determinadas licitações, ou mesmo do acompanhamento de pequenas obras. Lembrando que aqui o grande volume é de pequenas e médias obras; e não de grandes.
Precisamos ficar atentos a esse debate que, provavelmente, se dará na Câmara dos Deputados ainda essa semana, provavelmente, agora, na MP 527/2011. É preciso que nos manifestemos e nos articulemos junto a deputados e senadores, para mostrar a nossa preocupação diante das mudanças que estão sendo propostas. Precisamos construir uma condição que dê estabilidade ao processo técnico, com o alcance da qualidade e da segurança dos empreendimentos públicos. 
Marcos Túlio de Melo
Presidente do Confea

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Não sabíamos que sabíamos

Non ducor duco (Não sou conduzido, conduzo)

Antes da publicação do “1º Inventário de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Diretos e Indiretos do Estado de São Paulo - Período 1990 a 2008” 20 de abril de 2011 na sede da CETESB/SMA não sabíamos que sabíamos (apenas suspeitávamos) que o Estado de São Paulo era uma exemplar economia de baixo carbono.
Destaco do mesmo o seguinte texto: “(...) as emissões de GEE e o PIB do Estado de São Paulo e do Brasil, conclui-se que a economia do Estado de São Paulo, responsável por 33% do PIB nacional, emite 6,5% das emissões totais do país. Em outras palavras, para cada mil reais produzidos no país, são emitidos 0,72 tCO2eq, enquanto no Estado de São Paulo, a mesma produção, corresponde a 0,14 tCO2eq, o que equivale a 20% do indicador nacional”.
Entre 2005, ano base para definição das metas de redução, e 2008 o aumento de emissões foi de 7%. Responsável por cerca de 57% das emissões de GEE no ano de 2005, o setor energético tem sua maior emissão nos transportes (55,3%), devido principalmente ao emprego de combustíveis fósseis, seguido pela emissão das indústrias (30,1%).
Em 2005 o Estado de São Paulo emitiu 139.811 GgCO2eq contra 2.192.602 GgCO2eq do Brasil para o mesmo ano, ou seja, apenas 6,4% do total de emissões do Brasil. O grande desafio que se apresenta agora é como o Estado de São Paulo materializará a meta de redução global de 20% (vinte por cento) das emissões de dióxido de carbono (CO2), relativas a 2005, em 2020.
Apesar do comprometimento da indústria brasileira com a manutenção de sua competitividade em um ambiente de baixo carbono, aparentemente estamos acomodados com este cenário altamente promissor – deitado(s) eternamente em berço esplêndido - Ooops! Precisamos ter maior gestão da defesa do interesse do setor produtivo e mais articulação política para:
i. Participar ativamente na elaboração da projeção das emissões para 2020 assim como no detalhamento das metas de eficiência setoriais, tendo por base as emissões de gases de efeito estufa inventariadas para cada setor e parâmetros de eficiência que identifiquem, dentro de cada setor, padrões positivos de referência das ações para alcançar o objetivo expresso a serem dispostos em futuros decretos;
ii. Identificar os benefícios SMART (specific, measurable, achievable, relevant and time-bound - específico, mensurável, atingível, relevante e oportuno) para o setor produtivo no detalhamento das metas de eficiência setoriais e nas definições dos padrões positivos de referência;
iii. INCENTIVOS JÁ com desoneração fiscal e tributária para uma economia mais limpa com políticas energéticas e climáticas que criem vantagens competitivas numa economia de baixo carbono. Estados que não concedem incentivos fiscais estão empobrecendo e enfrentam sérias dificuldades pela falta de atração de investimentos, o que impede a circulação de riquezas e atrofia o consumo (para cada R$ 1,00 de incentivo concedido, o retorno é de até R$ 7,00, diretamente na economia).
Regimes Tributários Especiais
Desoneração tributária para toda a cadeia produtiva de tecnologias de baixo carbono, incluindo prestadores de serviços ligados à execução das instalações: redução ou isenção de tributos como PIS/COFINS, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Criando uma plataforma de produção de tecnologias limpas de baixo carbono, combinando economia e meio ambiente, com marcos regulatórios seguros e estáveis, sem risco de descontinuidade por motivos macroeconômicos, independente de espaço fiscal ou da necessidade do resultado fiscal ou meta mais elevada de superávit primário das contas do setor público no curto prazo.
iv. NÃO AO AUMENTO de custos e tributos. São necessárias regras claras de longo prazo que darão à confiança para que os investidores públicos e privados façam a sua parte com relação a energias limpas, mudanças climáticas e a proteção do Brasil e do planeta.
v. RESPEITO AS TENDÊNCIAS MACROECONÔMICAS ENERGÉTICAS: Precisamos de mais produção, maior eficiência, mais incentivos. E isso significa abrir novas áreas submarinas para o desenvolvimento do petróleo e do gás do pós e pré-sal, com aumento compatível com a oferta de GN na substituição de combustíveis mais poluentes - diesel, gasolina, óleo combustível, etc.; investimento em biocombustíveis e tecnologias limpas de carvão; queima de resíduos sólidos com cogeração de energia elétrica, vapor e créditos de carbono, fontes alternativas, geração distribuída e microgeração.
vi. Garantir que as reduções de emissões já realizadas de maneira voluntária pela indústria sejam consideradas no estabelecimento de novas metas;
vii. Garantir que os mecanismos de incentivo financeiro para uma economia de baixo carbono estejam disponíveis antes da implementação do cumprimento das metas;
viii. Inserir um cenário complementar da avaliação das emissões no consumo (offshored emissions) contando as importações, exportações e o transporte internacional, apurando o real valor das emissões brasileiras. De acordo com o Protocolo de Quioto as emissões são designadas para os países que as produziram. Focar no consumo em vez de na produção das emissões (medir as emissões no consumo em vez de na produção) é a única solução inteligente e ética.
“Eu produzo, você compra, nós poluímos”.
Exportamos grande quantidade de bens para todo o mundo enquanto guardamos os resíduos e a degradação ambiental para nós. Isto significou mais perda da cobertura vegetal, mais contaminação, mais gastos em saúde, mais empregos no agronegócio e em novas indústrias e uma conta energética maior. O meio ambiente piorou porque muitas indústrias potencialmente contaminantes, como as do ferro, aço, cimento e da construção, se mudam dos países industriais para o Brasil. A mudança das indústrias também é a mudança dos contaminadores mundiais. Os países ricos têm cada vez menos pressão ambiental e o Brasil tem cada vez mais. Os dados de emissões de CO2 acumuladas per capita demonstram que os países ricos têm maior responsabilidade nas mudanças climáticas. Eles causaram o problema e também devem assumir a maior parte do custo das soluções.
ix. Criar mecanismos de proteção contra a importação de produtos com pegadas de carbono maiores do que as dos fabricados pela indústria brasileira. Levar em conta as importações (offshored emissions - algo como emissões estrangeiras) tornará o sistema de medida mais complexo o seu funcionamento, mas qualquer desafio de medição seria ultrapassado se houvesse vontade política. A justiça demanda que o poluidor definitivo pague por sua parte. É possível levar o consumo em conta, como, por exemplo, adotando taxas de fronteira na transferência de emissões de CO2.
x. ADOÇÃO DE PRÁTICAS E AÇÕES DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA CONVERGENTES COM O INTERESSE NACIONAL. O Brasil nunca será bom para a estabilidade climática e sustentabilidade socioambiental global se não for bom primeiro para o brasileiro que mora aqui!
Agora que conhecemos os inventários de emissões de carbono nacional e paulista, podemos avaliar as ações no novo e possível cenário de restrições das emissões. Saber com antecipação qual é a nossa posição e poder planejar com calma as ações de mitigação e ou compensação pode ser a diferença entre continuar a crescer ou ter de botar o pé no freio da produção e nas exportações. A divisa no brasão da cidade de São Paulo “Non ducor duco” quer dizer “Não sou conduzido, conduzo” e, valoriza o esforço das ações desenvolvidas pelos paulistas na busca da liderança no estado e no país, sendo uma fonte de inspiração para todos nós.

(*) Diretor de energia do Departamento de Infraestrutura da FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e assessor especial de meio ambiente da Rede Energia

sábado, 14 de maio de 2011

FIFA e possível escândalo

O Dr. Gilmar Mendes Lourenço - Presidente do IPARDES

Duas décadas de Paraná

Guerra Fiscal

A política fiscal brasileira e a distribuição de renda

Situação do Paraná e seus indicadores de desenvolvimento

Obter resultados

O trânsito de carga pelo Paraná

Uma Constituição Federal - 1988 - ruim para estados e municípios

A importância de bons quadros técnicos

Desenvolvimento - comparação Paraná e Santa Catarina - apesar das catástrofes

O IPARDES - final de exposição na Loja Sol da Liberdade

Início da discussão sobre a Copa do Mundo em Curitiba

O SINDUSCON - PR

CONFEA e CREA - Transparência Real - quadros técnicos - atrasos e a MP 21



A Copa do Mundo e Curitiba

Opiniões e convicção do Secretário Mário Celso Cunha

Organização da mesa para as apresentações dos projetos

Projetos e compromissos da COMEC

Projetos previstos pelo IPPUC

O entusiasmo do Secretário

Aeroporto Afonso Pena



A Arena da Baixada e seu arquiteto responsável

Otimismo enquanto as perguntas não chegam



Potencial Construtivo e Acessibilidade - temas preocupantes



Como acompanhar as obras - sites - transparência

Como acompanhar as obras - sites - transparência

Opções de transporte aéreo

O cronograma das obras e a Copa do Mundo

O Transporte Coletivo Urbano durante as obras da Copa do Mundo

segunda-feira, 9 de maio de 2011

As Forças Armadas - o Brasil não pode se dar o luxo de ser fraco - no concerto das nações não existem nações amigas

REPASSANDO: artigo do Cel Umberto Ramos


Date: Sun, 8 May 2011 23:00:10 -0300
Subject: Soberania: não se pode improvisar......
From: urvs.ccv@gmail.com
To:
    Quanto á atuação dos EUA, fica patente que os norte-americanos em nome de seus interesses nacionais, passam por cima de tudo e de todos não respeitando o direito de auto-determinação (soberania) das nações.

   Os EUA contam com a leniência e anuência de quase todos os países do mundo, inclusive do governo brasileiro, que não passa de um caudatário, entreguista e subserviente das grandes potências mundiais, que cada vez mais vêm colocando o "cabresto" no Brasil e ditando as regras de como o País deve proceder com suas políticas externa e interna, inclusive no que tange a passar as riquezas minerais para o controle das grandes mineradores internacionais e também da Amazônia para o controle das inúmeras ONGs existentes na Região Norte do Brasil.

    Interessante que enquanto há uma campanha sórdida, estúpida e mentirosa para desarmar a população brasileira e desmantelar e enfraquecer as Forças Armadas brasileiras, em especial o Exército, os EUA e os países da OTAN vêm tendo uma campanha contrária, já que principalmente nos EUA até se incentivam as pessoas a terem armas e praticarem tiro ao alvo e as Forças Armadas nestas Nações cada vez mais adquirem uma projeção de poder militar significativo, com orçamentos substanciais (somente o Pentágono nos EUA tem um orçamento militar superior a 300 bilhões de dólares).

    As grandes potências tiram seus ensinamentos na Mãe-História, pois como já dizia o grande historiador GEORGE SANTAYANA: AQUELE QUE NÃO CONHECE O PASSADO, ESTARÁ CONDENADO A REPETI-LO. Desta forma, as grandes potências seguem o provérbio da Grécia Antiga: " SI VIS PACEM, PARA BELLUM" (SE QUERES A PAZ PREPARA-TE PARA A GUERRA), pois estas Nações sabem que a expressão do campo do poder militar é fundamental para respaldar as decisões da política internacional, já que no concerto das nações não existem nações amigas, mas sim um completo jogo de interesse entre os países e somente as nações em que detêm um portentoso poder militar são respeitadas e levadas a sério seus posicionamentos e decisões, pois a projeção do poder militar é um fator estratégico dissuasório nas relações internacionais.

     Portanto, meu amigo miserável é o país que não possui Forças Armadas preparadas, organizadas, equipadas e adestradas para projetar o seu poder militar no cenário internacional e terem suas Forças Armadas, e em caso de extrema necessidade, condições de chancelarem as decisões de interesse do Estado, pois a conjuntura internacional é tão incerta e dinâmica, que não há espaço para Estados-Nacionais amadores e incautos no que tange á projeção do poder militar, já que nos campos da Defesa e Segurança Nacionais não há improvisações.

  Qualquer governante que descurar da defesa de seu país estará cometendo um crime de traição e de lesa-pátria, já que a soberana de um País é base de tudo em uma nação.

  Para manter a soberania necessário se faz ter um poder militar em condições de dissuadir qualquer ameaça interna ou externa que possa a comprometer os objetivos fundamentais de uma nação democrática (soberania, paz social, democracia, progresso e incolumidade territorial, entre outros)

    Infelizmente, nestas últimas duas décadas os governantes brasileiros por incompetência ou má fé vem cometendo crime de lesa-pátria e traição com a leniência dos demais poderes nacionais e a nossa soberania cada vez mais vem sendo ameaçada e com isso não me causará qualquer espanto se os EUA invadirem com seu aparato militar nosso espaço territorial e o governo brasileiro ainda vir a público pedir desculpas ao TIO SAM pela falta de educação dos brasileiros.


domingo, 8 de maio de 2011

A inflação aleija, o câmbio mata

Câmbio, inflação e governo

Hélio Duque



“A inflação aleija, o câmbio mata”. Ministro da Fazenda, o engenheiro Mário Simonsen, definia os perigos que rondavam a economia brasileira no governo Ernesto Geisel. Após anos de estabilidade advinda do Plano Real, o governo Dilma Rousseff se defronta com o diagnóstico a atormentar e amedrontar o seu governo. É conceito econômico primário saber que excesso de dinheiro é gerador de pressões inflacionárias. Ao incentivar o crédito indisciplinadamente, o governo aumentou as pressões sobre a inflação. Se de um lado estimulou o crescimento da economia, do outro, com mais emprego e renda o consumidor assalariado passou a comprar mais, de acordo com as prestações que cabiam no seu orçamento. A demanda passou a ser maior do que a oferta de mercadorias e serviços.

Em 2010, no governo Lula, ampliou-se o gasto público, estímulo ao crédito e ao consumo com visão estritamente política e eleitoral. A candidata Dilma proclamava: “gasto corrente é vida”. Ao chegar ao poder defrontou-se com a inflação dando saltos consistentes de crescimento. Resultado: o governo sabe que nos últimos meses mais de 60% dos preços tem aumentado. É um retorno à velha cultura da indexação que tantos males gerou, no passado, na vida dos brasileiros. Sabe-se que 34% da dívida pública mobiliária está indexada. A inflação tem o demoníaco e perverso poder de confiscar a renda do trabalhador. Com inflação ascendente, falar em política de distribuição de renda é equívoco mortal. A “velha senhora” é inimiga da inclusão social. Por conseqüência, da imensa maioria dos brasileiros.

Quando Simonsen alertava que o câmbio tem poder mortífero não exagerava. Neste 2011, a taxa de câmbio vem sendo apontada por 82% das empresas como um dos grandes entraves para a exportação. A valorização cambial elimina a competividade dos produtos brasileiros, reduzindo a rentabilidade das exportações. As vendas ao exterior de bens manufaturados vêm encolhendo deste 2006. A performance do real e a manutenção do câmbio super valorizado agride a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. Se estende na competição desigual com produtos importados no mercado interno, favorecidos pelo desajuste cambial.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, defende medidas urgentes do governo para limitar a valorização do real frente ao dólar, alertando: “Temos de tratar do câmbio de maneira urgente. Não podemos deixar como está, senão não temos futuro. O governo precisa tomar medidas duras e radicais, sob o risco de termos no Brasil só bancos”. A forte entrada de divisas provoca um excesso de oferta de dólares, buscando remuneração na mais alta taxa de juros reais do planeta. Daí a sobrevalorização da moeda brasileira. O diferencial de juros entre o Brasil e o resto do mundo é brutal. A taxa básica aqui é de 12%, ante 1% na zona do euro, 0,25% nos Estados Unidos e 0,1% no Japão. As recentes mudanças na política monetária brasileira, elevação das taxas de juros, agrava a situação.

O cenário dessa realidade: grandes empresas, bancos e até pessoas físicas tomam recursos naquelas taxas de juros e aplicam no Brasil com remuneração acima de 12%. Acrescida de valorização cambial. Uma lógica perversa para o desenvolvimento nacional. Demonstrando que a sobrevalorização da moeda tem forte componente especulativo. Ao invés de buscar mecanismos monitoradores, com controle sobre o fluxo desses capitais, objetivando evitar flutuações de curto prazo, a questão cambial é tangenciada. Estabilizar taxa de câmbio, sem algum nível de controle sobre a entrada de capitais, é missão impossível. Vale dizer: a manutenção de um câmbio supervalorizado gera conseqüências nefastas para a estrutura econômica brasileira. É o que vem acontecendo, lamentavelmente.







Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Critiques - TGV - La hausse des prix


Le TGV constitue pour certains un anti-progrès. En effet, en plus de desservir moins de gares et de se concentrer sur de grands pôles et donc d’empêcher le développement économique des milieux ruraux, le TGV entraîne une hausse de prix de 30 % en moyenne sur les lignes qu’il remplace22.
Contrairement au système allemand, il n’existe généralement aucune alternative ferroviaire en France au TGV ; ce qui en constitue à la fois un progrès puisque le TGV est alors destiné à tout le monde, mais aussi une régression (augmentation sensible du prix du transport). La hausse des prix est alors imposée aux usagers sans alternatives pour ces derniers. C’est pour les professionnels que le TGV s’avère être le plus avantageux, remplaçant alors bien souvent l’avion.
La SNCF estime cependant que ces trains grande vitesse sont en moyenne 30 % moins cher que leurs équivalents en Espagne ou en Allemagne23 ; et ils seraient approximativement 50 % moins cher que le Shinkansen japonais24