sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Texto para discussão - ler com atenção




De: Adriano Benayon [mailto:abenayon.df@gmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 30 de novembro de 2012 09:20
Para: 'Eloy Teixeira Azeredo'
Assunto: artigo: Eleições

Tenho o prazer de enviar artigo.

                Cordialmente,

      Adriano Benayon *  13.11.2012

Eleições

EUA

Analistas qualificados dos EUA confirmaram o que sabemos: havia pouca diferença entre os dois candidatos à presidência. 
2. Mais de 90 milhões de eleitores não compareceram, e parcela importante dos que votaram preferiu Romney, mais radical que Obama, em militarismo e desprezo pelos direitos sociais dos estadunidenses e pelos direitos humanos dos povos massacrados pela política imperial.
3. Ambos estão a serviço da oligarquia financeira, que inclui o complexo industrial militar e as mega-empresas de energia (entre outras)  concentradoras de ganhos absurdos e destruidoras do meio-ambiente.
4. Como assinala Paul Craig Roberts,  Obama e Romney posicionam-se a favor do prosseguimento da política intervencionista dos EUA, notadamente no Oriente Médio, e da confrontação militar contra a Rússia e a China.
5. Nem o “democrata” nem o “republicano” questionam as leis e medidas, instituídas por Bush e pelo próprio Obama, que  significaram rasgar a Constituição dos EUA, ao suprimir as garantias do Estado de direito aos alvos da repressão política, estrangeiros e nacionais, inclusive as dezenas de milhões de estadunidenses vítimas da depressão econômica.
6. Essa é a “democracia” do país que emprega a força militar, bem como a corrupção, sob a direção dos serviços secretos, para intervir em todo o mundo a serviço da oligarquia predadora,  acusando os países visados  de não ter regime democrático e de desrespeitar os direitos humanos ou o meio-ambiente.
7. De modo semelhante, embora mais discreto, agem o Reino Unido,  outro líder do sistema imperial, e os coadjuvantes, membros da OTAN. Em todos, os bancos e as corporações transnacionais controlam o Estado.
8. Onze anos de guerras imperiais e políticas econômicas que tudo permitem aos grandes bancos e transferem para eles dezenas de trilhões de dólares, oneraram os EUA com fabulosos déficits orçamentários. Esses – lembra Roberts – resultam em hiperinflação e na perda de posição do dólar como divisa mundial.
9. Esse privilégio é altamente prejudicial para o  Mundo, e todos se beneficiariam com o fim dele. Os próprios EUA, privados do parasitismo, passariam a cuidar de sua infra-estrutura deteriorada e a investir mais produtivamente, em vez de exercerem pressões militares para coagir os países exportadores de petróleo a vendê-lo por dólares e fazer guerras destruidoras contra os que resistem a essa imposição.

Brasil

10.  Tivemos eleições municipais, nas quais  as qualidades de um candidato a prefeito e a nulidade ou perversidade de outro podem fazer diferença. Nas eleições à presidência da República, a probabilidade disso é praticamente inexistente, porque a importância da política federal leva o sistema de poder a afastar candidatos propensos a mudar as coisas.
11. Dilma é um pouco menos alinhada com o império que os políticos do PSDB. Entretanto, a continuação dela também implica que a situação do Brasil prossiga deteriorando-se.
12. O mesmo não se dá na Argentina, Equador e Venezuela, países nos quais os atuais mandatários têm dado passos na direção da autonomia nacional, enquanto as oposições são totalmente caudatárias do império.
13. O Brasil apresenta um dos maiores descompassos do mundo, entre o potencial e o que realiza, porquanto a política econômica é ditada por transnacionais estrangeiras e bancos. Não, pelos interesses nacionais.
14. O extraordinário potencial do País, notadamente a dotação de recursos naturais, fez com que as potências imperiais atuassem intensamente para inviabilizar o desenvolvimento econômico e social, além de promover a destruição da cultura e da educação.
15. Nos raros períodos em que o Brasil caminhou para o desenvolvimento, as potências imperiais, EUA à frente, desestabilizaram e derrubaram os governos, como os de Getúlio Vargas em 1945 e em 1954.
16. Vargas foi extremamente clarividente nas medidas econômicas e  chamou gente competentíssima para assessorá-lo. O prosseguimento de suas políticas teria levado o País ao progresso econômico e social. Além disso, conquistou grande apoio popular.
17. Entretanto, faltou-lhe força de vontade ou de percepção política, ao dar  espaço aos agentes de sua desestabilização, promovida pelas potências hegemônicas.
18. Ele se havia composto com os EUA no contexto da Segunda Guerra Mundial. Não havia como não autorizar as bases norte-americanas no Nordeste, que, do contrário, seria invadido, pois o País carecia de poderio militar, sequer de longe, comparável ao das potências.
19. Vargas cometeu o erro desnecessário de enviar tropas para combaterem na Itália, fazendo improvisar a Força Expedicionária, que lutou bravamente, mas subordinada a uma divisão dos EUA.
20. Envolvidos pela interessada “amizade” dos estadunidenses,  oficiais brasileiros adotaram a ideologia prevalecente nos EUA. Esses lideraram a facção militar atuante nos golpes de 1945, 1954 e 1964.
21. Acusado de ditador, Vargas tolerou, mais que devia, os abusos, inclusive ilegais, de opositores, ávidos de poder a qualquer custo, como Carlos Lacerda, grandemente difundidos pela mídia comprada por dinheiro externo.
22. Além disso, consciente da influência política e econômica dos interesses estrangeiros, pôs no governo, na tentativa de aplacá-los, gente que, como João Neves da Fontoura, contribuiu para desestabilizar o presidente.  Permitiu, ademais, que militares nacionalistas fossem alijados, em vez de neutralizar os partidários dos EUA.
23. As conquistas da Era Vargas começaram a ser destruídas, de 1946 a 1950, com Dutra na presidência. De novo, desde agosto de 1954, teve andamento, não mais interrompido,  o favorecimento às empresas transnacionais.
24. A calamitosa gestão de FHC (1995-2002) concluiu o processo de destruição da Era Vargas, com as escandalosas privatizações e a desestruturação do serviço público.
25. Antes, em 1985, Sarney, o primeiro presidente civil desde 1964, encontrou enormes dívidas externa e interna, cujos montantes haviam crescido absurdamente com a submissão do País às imposições dos banqueiros mundiais.
26. Além disso, quase todas as indústrias importantes já estavam sob controle das transnacionais, a nova classe dominante,  graças às doações e aos demais subsídios da política econômica.
27. Isso explica que o  poder econômico tenha tido êxito ao sabotar as medidas de Sarney favoráveis à população e que ele se rendesse,  entregando o ministério da Fazenda a um elemento da Federação dos Bancos.
28. Daí, favorecida por uma fraude no texto da Constituição de 1988, a sangria do serviço das dívidas aumentou assustadoramente. Em cima dela e da inflação, o descalabro acentuou-se sob Collor. Sobreveio o interregno inconclusivo de Itamar e a ruína cavada por FHC. Seguiram-se os petistas, conservadores do essencial das políticas desastrosas.
29. Ainda assim, a mídia entreguista quer a volta do PSDB, por ser mais radical. A mesma mídia que trabalhou para derrubar Getúlio Vargas, reforçada, desde 1968, pela VEJA.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.




quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A inflação no Brasil e nossas contas externas



Os juros foram mantidos, para alegria indisfarçável de alguns comentaristas, especuladores e agiotas o Banco Central não baixou os juros.
De fato, faz tempo que o Brasil não tinha um processo inflacionário tão forte, apesar dos esforços do Governo Federal em segurar as centrais sindicais e demolir o Setor Elétrico.
Quem semeia ventos colhe tempestades.
Ganhamos projetos altamente inflacionários.
A lei que afrouxava os contratos de aluguel e a Copa do Mundo.
De repente muitos empresários e moradores viram seus orçamentos explodirem com aumentos de aluguel acima da média, fazer o quê? Transferir custos, parar de trabalhar como empresário ou mudar de lugar.
E a Copa do Mundo, a ser realizada em cidades que são referências de indicadores de inflação... Pior ainda, pagando as importações que a FIFA determina preparando as cidades para povos estrangeiros, não para os brasileiros. Até bonde estamos comprando. Que herança teremos.
Não é apenas isso que eleva a pressão inflacionária, pois a estiagem prolongada afetou seriamente os preços de alimentos que prioritariamente exportamos, precisamos de divisas...
O custo Brasil cresce à medida que seu sistema de transportes e armazenamentos atinge a saturação, mas gastaremos em luxos para gringo aplaudir.
As máfias continuam ilesas apesar das decisões do STF, vimos detalhes de um cenário que literalmente explora o Brasil e seu povo.
Vamos melhorar, felizmente.
Os erros de decisões do passado, ainda que existentes por força de leis e acadêmicos de economia, passarão e o fundamental é que o Governo Federal se conscientize de que a sequência de obras deve atender um plano estratégico a favor do Brasil. Sem lógica organizada os tiros saem no escuro, podendo causar estragos enormes.
Felizmente o Brasil é um país rico e grande, tão potencialmente poderoso que organizações internacionais fazem de tudo para travá-lo e silenciam quando, como acontece agora, a ausência da transposição do Rio São Francisco condena muita gente à fome, sede e miséria.
Atrapalham tudo, até esquecendo que a UHE Boa Esperança viabilizará talvez o maior parque de aerogeradores do mundo, que, para existir, precisa de algo exatamente com o formato dessa usina, se ela não for presa a produtores de alumínio.
Os banqueiros festejam, os juros se impõem. Será que necessários?
Está difícil de descobrir alguém que reúna todo o conhecimento e inteligência necessários e suficientes para decisões monetárias e econômicas. Nossa esperança é a tecnologia. Talvez algum computador que Walt Disney premonizou através do professor Pardal se materialize e tenhamos em poucas décadas um computador, software, sistemas de aquisição de dados, climatologia etc. que permitam previsões razoáveis em torno de preços, custos, dívidas, moeda etc.
A crise econômica em que a Humanidade mergulhou é uma demonstração cabal da nossa ignorância e da desonestidade de magnatas que deitam e rolam sobre nossa ignorância e incapacidade de enfrentá-los.
Cascaes
29.11.2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mundo estranho


Mundo estranho
Vendo a reação do “mercado” às notícias criadas pela MP 579, relativas à renovação das concessões do Setor Elétrico, ficamos pensando no que fazem tantos especialistas, analistas e políticos diante de questões que nos afetam profundamente. Desde 1988 esse cenário começava a ser desenhado, o que se fez desde então? Favores a candidatos acreditando que retribuiriam?
As explicações de nossa Presidente é que precisa tornar o Brasil competitivo, ótimo, muita coisa poderia estar em obras ou pronta se no tempo certo elas tivessem sido anunciadas, estudadas, bem projetadas e executadas.
A boa Engenharia morreu com a legislação existente (A formação do Engenheiro e ser Engenheiro).
Vimos que o Brasil vive sem planejamento estratégico, exceto para disputas eleitorais, aí valia até mensalões.
A precariedade do que denominam “planejamento” é algo assustador. As explicações são uma gracinha [ (PLANEJAMENTO ESCLARECE EDITORIAL DO JORNAL VALOR ECONÔMICO, 2012), (Custo da transposição do São Francisco quase dobrou, 2012), (Obras de transposição do Rio São Francisco estão atrasadas e ainda não chegaram no RN)] como ouvimos da Ministra de Planejamento dizendo que as obras da transposição do Rio São Francisco começaram sem Projeto Executivo, ou seja, sem detalhes, tantos quantos Sua. Excia. entende como mínimos e essenciais.
Acompanhando outros projetos o desespero é maior, afinal há décadas tiveram início ou, pelo menos, foram anunciados.
O Brasil precisa retomar a lógica do planejamento integrado, não apenas um café com leite, e assumir o ônus de enfrentar ONGs estrangeiras que sabem municiar a mídia com reportagens constrangedoras. Nossa legislação, natural em países velhos, atrapalha mais do que ajuda, pois nem estrutura temos para a aplicação de inúmeras e até contraditórias condicionantes nesse país continental.
O fundamental, estamos descobrindo nas explicações sobre a MP 579 (As Incoerências da MP 579), é viabilizar o Brasil. Precisamos de maior competitividade. Creio que até meu bisneto sabe disso. Preferimos concentrar esforços em lógicas de mercado financeiro e conveniências esportivas. As cidades desaparecem debaixo do transporte individual motorizado enquanto o Governo concentra incentivos em automóveis e assemelhados. E a nossa infraestrutura necessária, essência?
Para viabilizar a competitividade não basta implodir o Setor Elétrico, ao contrário, essa é uma bomba de tempo, usando até a Argentina como exemplo.
Tudo mostra que certas bancadas existem e são eficazes, outras tratam de resguardar o que têm para não perder mais, aceitando o silêncio ou a babação de sempre.
A dúvida é se o nosso país faz sentido dessa forma unificada em torno de Brasília. Impostos e mais liberdade para estados ou regiões, economizando senadores e deputados, talvez ajudasse mais. É inacreditável saber que até para fazer uma rodoviária para o transporte interestadual devemos ter autorização de uma agência em Brasília.
O Governo Federal seria excelente se se limitasse a questões realmente atinentes à sua existência (política monetária (?), defesa nacional, relações internacionais e talvez só). Vendo e ouvindo ministros sentimos calafrios imaginando que eles definirão o destino de nossos netos e bisnetos.
Será que uma reforma política e constitucional não seria um passo necessário, ainda que perigoso?
Cascaes
27.11.2012
Custo da transposição do São Francisco quase dobrou. (22 de 5 de 2012). Fonte: Cotidiano: http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nordeste/noticia/2012/05/22/custo-da-transposicao-do-sao-francisco-quase-dobrou-344174.php
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A formação do Engenheiro e ser Engenheiro: http://aprender-e-ser-engenheiro.blogspot.com.br/
Comunicação, A. d. (26 de 11 de 2012). PLANEJAMENTO ESCLARECE EDITORIAL DO JORNAL VALOR ECONÔMICO. Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: http://www.planejamento.gov.br/noticia.asp?p=not&cod=9124&cat=556&sec=29
RN, B. D. (s.d.). Obras de transposição do Rio São Francisco estão atrasadas e ainda não chegaram no RN. Fonte: Globo.tv: http://globotv.globo.com/inter-tv-rn/bom-dia-rn/v/obras-de-transposicao-do-rio-sao-francisco-estao-atrasadas-e-ainda-nao-chegaram-no-rn/2254788/


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Custo Sul do Brasil



Custo Sul do Brasil e o desprezo da federação pelos sulistas.
O nosso país é gigantesco. Oito e meio milhões de quilômetros quadrados não é pouco. Nesse quase continente alguns estados tiveram condições e capacidade de se desenvolverem, outros ficaram na fila esperando a vez. Resultado, por efeito de dogmas justos e injustos parece que algumas regiões devem ser contidas, enquanto outras fazem o que bem entendem.
O Sul do Brasil é uma região de ocupação tardia. Área de fronteiras belicosas e de clima selvagem, principalmente em Santa Catarina, conseguiu crescer graças a decisões dos tempos monárquicos, que viram a necessidade de ocupar um território ambicionado pelos vizinhos espanhóis e seus descendentes, trazendo imigrantes de regiões já desenvolvidas e trabalhadores aptos ao serviço duríssimo, que enfrentaram internados frequentemente em florestas semitropicais úmidas e com tribos indígenas belicosas (o que era justo , mas não entendido dessa forma na cultura da época).
As “entradas” e a expansão feita em desacordo ao Tratado de Tordesilhas agigantou o Brasil, criando, contudo, muita animosidade. Não foi sem razão que vivemos em clima de guerra e a invasão paraguaia no tempo de Solano Lopes aconteceu. O inverso também fez história, com a anexação frustrada da Província Cisplatina (Uruguai).
Se o Brasil formou uma mentalidade imperialista local, entre os estados a situação não foi diferente. Principalmente a partir da proclamação da República a política “café com leite” materializou uma fraternidade perversa às demais unidades.
Sentimos isso concretamente durante nossa vida político-administrativa e lendo avidamente notícias que mal apareciam por aqui. Histórias que nossos avós contavam ilustravam isso tudo, como a erradicação do café em Santa Catarina. Felizmente a internet veio, dando condições de descobrir o que lideranças paulistas, por exemplo, pensam da gente.
A entrada em operação do gasoduto Brasil-Bolívia e sua diminuta derivação para o sul, aproveitada pela Compagas e similares em outros estados, assustou indústrias que perceberam a perda de competitividade acima dos rios Itararé e Paranapanema. A duplicação da Régis Bittencourt patina pelo IBAMA sem pressa e nossos aeroportos ao sul são simplesmente regionais, impedindo a utilização à plena carga de grandes aeronaves. Navegação de cabotagem? Existe? Hidrovias e ferrovias operam precariamente e assim as rodovias existentes transformam-se em autênticos corredores da morte e gargalos econômicos.
Somos muito ingênuos, até a Lei Kandir é citada na Wikipédia como responsável por enormes perdas fiscais ao viabilizar a exportação de produtos que deveriam ser industrializados aqui, o sul do Brasil perdeu muito com ela.
A renovação das concessões das empresas de energia elétrica é outro rombo nas contas sulistas, algo feito sem critério adequado ao uso racional da energia, à segurança das usinas e ao uso múltiplo das águas, pode? Onde estão os nossos representantes no Governo Federal e no Congresso Nacional?
Se tudo fosse apenas isso, mas a União legisla sobre assuntos que não lhe competem. Um exemplo é a demolição visual de nossas cidades que ainda usam redes aéreas para distribuição de serviços de energia e comunicações, algo que no âmbito do Ministério das Telecomunicações é vergonhoso, pois tivemos gente nossa por lá.
O feriadão da Proclamação da República passou. Talvez no sul do Brasil fosse mais adequado que usássemos esses dias para lamentações do final da Monarquia, quando o sul do Brasil era visto com mais respeito. Aliás, as revoltas que aconteceram, apesar dos detalhes da decisão inaceitável (desprezando milhares de brasileiros que viviam ao longo do traçado do trecho dessa ferrovia) em torno da construção da Ferrovia Paraná - Santa Catarina, que gerou a Guerra do Contestado, mostraram bem o que sentíamos. A Revolução de 1930 foi algo natural, aproveitando uma brecha no rompimento do acordo leiteiro e o período militar um tempo em que os sulistas usaram para colocar alguns generais no comando do Brasil, tempo, entretanto, desperdiçado graças à ansiedade de muitos conterrâneos de arrumar um carguinho em empresas federais...
Em tempo, quem fez riqueza com o Brasil do jeito que está não quer mudanças.
Cascaes
23.11.2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Aprendendo a analisar e diminuir a letalidade e quantidade de acidentes de trânsito motorizado

o exemplo europeu que precisamos desenvolver para reduzir a extrema violência dos acidentes de trânsito no Brasil

http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX%3A52003DC0311%3APT%3ANOT

O Empreiteiro

UMA EXCELENTE COLEÇÃO DE ARTIGOS TÉCNICOS EM


http://www.oempreiteiro.com.br/Materias.aspx 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Analisando Londres

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O crime das elites



Os noticiários mostram diariamente o que acontece entre o que chamam de criminosos, traficantes etc. é um padrão sanguinolento e significativo. Demonstra o fracasso de políticas sociais e econômicas, se existiram.
A crise econômica que se abateu sobre a Humanidade demonstrou os efeitos, mais uma vez, do excesso de poder que alguns personagens internacionais detêm. No Brasil vivemos uma fase de banalização dos crimes realizados pelos políticos. Bastava alguma aventura no passado para autorizar para o indivíduo ter o aplauso de seus comparsas.
Vimos a ponta da ponta dos icebergs que derivam há muito tempo pelos mares palacianos.
Temos situações bizarras que merecem auditorias pesadas, como, por exemplo, os juros bancários, cobrados com padrões de agiotagem até quando consignados em folha de pagamento. Quantos trilhões de reais nosso povo pagou a mais? Onde está esse dinheiro? Por quê só no atual governo descobriu-se que poderiam mudar esse cenário, atuando inclusive coercitivamente através de bancos estatais?
Faltou dinheiro para tudo, os aposentados que o digam. Corporações poderosas conquistaram benefícios enquanto o povo mais humilde passou a depender dos “bolsas esmolas”.
Nessa etapa final do julgamento do Mensalão e ainda no início das investigações sobre o escândalo “Carlinhos Cachoeira” sentimos que o Ministério Público Federal terá muito serviço pela frente.
O pior é que em alguns estados e municípios temos um espelho dessa situação. Sabemos de coisas horripilantes, mas os bandidos mais espertos não deixam rastos, matam.
Precisamos de um novo Brasil. Parece que os eleitores começam a sentir que existe a necessidade de mudar muita coisa, inclusive uma distribuição de poderes que transformou os partidos políticos em coisas amorfas e sem sentido.
Insistimos na tese da Democracia Direta, sem intermediários. Prefeitos, governadores e a própria Presidência da República poderiam depender de referendos constantes, avaliações de entidades de classe e... da internet.
O que nos assusta é a fragilidade de nossas instituições, degradadas pela falta de firmeza ética de seus líderes, com raras exceções capazes de enfrentar as tentações subterrâneas dos palácios.
O desgoverno é impressionante e as formas de cooptação usadas ao limite da tolerância de leis mal feitas. Por exemplo, quantos cargos de confiança têm o Brasil por município, estado e na União? O que fazem? Qual a justificativa desse gasto monumental a favor de cabos eleitorais, parentes e amigos?
O que aconteceu no STF é inacreditavelmente singular, exemplar e necessário.
O fundamental é que o Poder Judiciário e o aparato policial não pare aí. A partir desse momento de respeito ao povo, outros casos merecem ser julgados publicamente e analisados detalhadamente.
Por quê tantos inquéritos protegidos pela própria Justiça? Talvez aí devamos criar leis de transparência mais explícitas, pois se os mais fortes podem contratar grandes bancas de advocacia, o povo tem o direito de exigir informações que são essenciais ao respeito ao Brasil em sua totalidade.
Infelizmente tivemos episódios humilhantes e muitos aplaudiram o que aconteceu. Pensar dói e ser amigo do rei tem suas vantagens...

Cascaes
5.11.2012