Tarifa não é tudo - e os impostos e royalties?
Talvez pela falta do que fazer durante essas últimas décadas
nosso povo diplomado em qualquer coisa partiu para o economês e teses de menor
custo, simplesmente. Isso se refletiu na má qualidade de produtos e serviços,
algo tão esdrúxulo quanto as redes aéreas em Curitiba e tenebroso,
exemplificando, como os acidentes com ônibus na capital paranaense.
A histeria tarifária afastou todos da discussão que mais importante,
a segurança, conforto e o bom atendimento ao usuário, enfim a relação entre
custos e benefícios.
Vale tudo, desde técnicas modernas ao gosto de ONGs
assustadas com teses Al Gore até o travamento de obras essenciais ao Brasil.
O planejamento técnico eficaz, de modo especial, está a sete
palmos sob a terra.
Se alguma dúvida existia ela se materializou de forma
dramática na Medida Provisória sobre a renovação das concessões do Setor
Elétrico (As
Incoerências da MP 579) , onde vemos todos falando em tarifas,
indenizações e impostos, esquecendo que nossas hidrelétricas mais antigas
mereceriam uma reengenharia completa para que se respeitasse questões realmente
importantes em torno do uso múltiplo das águas e da otimização energética,
lembrando sempre que o Brasil mudou demais neste meio século que passamos,
afetando profundamente as vazões e até a quantidade e tipo de chuvas que
podemos ter.
O troco vem na discussão sobre os royalties do petróleo
existente a milhares de metros de profundidade, debaixo de uma camada salina [ (A guerra
federativa dos Royalties, 2012) , (Dinheiro na mão é vendaval, 2012) , (A necessidade dos royalties do pré-sal para a saúde, 2012) , (ÁREA
EXPLORATÓRIA DE PETRÓLEO NO PAÍS CAI 66% APÓS PRÉ-SAL) ] a ser explorado em
condições ainda questionáveis.
Pior ainda, o Governo Federal colocou o carro adiante dos
bois. Mexeu na receita fiscal dos estados e municípios sem ter feito a
inadiável Reforma Fiscal. Alega demandas de ??? Se os motivos são melhorar a
competitividade e gerar empregos o Governo deveria, como anunciou, concluir
obras em andamento e que sejam realmente
importantes.
Ninguém faz milagres, mais ainda quando temos um atraso
colossal em nossa infraestrutura.
Tarifa não é tudo, mais ainda em instalações essenciais.
Confiabilidade, qual o nível que as agências reguladoras determinam de
concessionárias subordinadas à União? Sabem e podem dizer quanto? Estão em
condições de fiscalizar, avaliar, medir etc.?
Vimos exigências descabidas e questões sérias desprezadas.
Parecia, contudo, que agora iríamos melhorar. Jogaram, entretanto, uma coleção
de loucuras que juntas estão revertendo resultados que poderiam ser bons.
Fogo amigo?
O julgamento dos envolvidos no Mensalão parece ter sugerido
atos de anarquia. 2012 não foi o ano do fim do mundo, nosso povo, entretanto,
pagou um preço alto com greves inoportunas nessa época de crise internacional. Quem seria o responsável por tudo isso?
Na política o maquiavelismo é rotina. Lamentavelmente a
maior vítima de tudo isso é principalmente o brasileiro do futuro próximo. Não
estamos vendo a construção do Brasil que precisamos. Eles terão belíssimos
estádios de futebol, e o resto, além de bondes e alguns arranjos urbanísticos?
Nossa Presidente abraçou a tese da redução do custo Brasil,
ótimo! Decretos regulamentando melhor as leis existentes já fariam o que fosse
necessário, principalmente se reduzissem a burocracia.
O pesadelo, contudo, é sentir na balbúrdia do Congresso Nacional
que todos fogem à racionalidade. Para o Governo, que beleza a vitória do
Corinthians...
Cascaes
16.12.2012
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Celestino, S. (16 de 12 de 2012). A guerra
federativa dos Royalties. Fonte: Bahia Notícias:
http://www.bahianoticias.com.br/principal/samuel-celestino/2963-coluna-a-tarde-a-guerra-federativa-dos-royalties.html
L., M. A. (16 de 12 de 2012). A necessidade dos
royalties do pré-sal para a saúde. Fonte: Luis Nassif Online:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-necessidade-dos-royalties-do-pre-sal-para-a-saude
Maia, S. (16 de 12 de 2012). Dinheiro na mão é
vendaval. Fonte: CartaCapital:
http://www.cartacapital.com.br/politica/dinheiro-na-mao-e-vendaval/
Reuters. (s.d.). ÁREA EXPLORATÓRIA DE PETRÓLEO NO
PAÍS CAI 66% APÓS PRÉ-SAL. Fonte: Bahia Mercantil:
http://www.bahiamercantil.com.br/?p=14003#&panel1-1
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