Planejamento é termômetro de maturidade, no Brasil uma
demonstração de nosso atraso.
O desenvolvimento é um desafio ético e econômico.
Para evoluir os é fundamental um plano de ações de curto,
médio e longo prazo, mais ainda quando existe a necessidade de se antever
exigências com antecedência de algumas décadas, como acontece com a área
educacional.
Em qualquer sociedade humana a seriedade do planejamento é
um excelente indicador de maturidade técnica, política, gerencial, cultural,
social enfim. Principalmente em atividades essenciais à própria sobrevivência
poderemos perceber o respeito, a seriedade e a qualidade de organização e
mobilização, assim como das leis e comportamentos existentes.
No Mundo inteiro podemos identificar civilizações e nações
mais desenvolvidas na justa medida em que sabem planejar e realizar projetos e
manter atividades essenciais.
A degradação de atividades, quando não justificada por
catástrofes, é lamentável e, no Brasil, injustificável. Afinal sabemos gastar
para receber turistas estrangeiros...
No Brasil até a qualidade de vida de comunidades em melhores
condições de desenvolvimento dão mostras de fragilidade impressionante.
Falhas em serviços de saneamento básico, por exemplo,
aumentam a mortalidade infantil. É revelador notar que simplesmente enterram-se
os mortos, afinal estão de modo geral na periferia das grandes cidades...
Reportagens, livros, trabalhos de toda espécie falam de
ética, que ética? O que as pessoas entendem por ética? Dar esmolas? Esse é um
termo surrado e mal usado entre nós.
O serviço de concessionárias, empresas importantes privadas
e públicas, instituições tais como o Poder Judiciário, tudo se entrelaça em
sustentações quando não essenciais, significativas à qualidade de vida de
todos, principalmente daqueles e daquelas que não dispõem de prestígio e
dinheiro para garantir o que necessitam.
A globalização da Humanidade esvaziou sentimentos de
responsabilidade. Vale a Lei de Pelé, um “aprimoramento” da Lei de Gerson.
O jogador é profissional do mundo, trabalha, dá espetáculo
onde pagarem mais. Que vergonha!
E o planejamento?
Sim, precisamos planejar a Educação, por exemplo, para que
nossos melhores jovens cresçam e amadureçam com visões positivas do Brasil.
Brasil? Sim, é aqui que vivemos, onde nossos pais nos
criaram e nossos filhos, se formos apaixonados por essa terra, crescerão e
terão seus descendentes.
Planejamento é coisa séria. Não pode ser coisa de aprendizes
de feiticeiro, acadêmicos simplesmente, gente que insista em fazer a roupa a
seu gosto, o indivíduo que a vista emagrecendo ou engordando, o número é
aquele.
Planejamento sério considera todas as variáveis, precifica,
pondera, define margens de erro, ajusta-se à realidade. Assim fazendo não
submeterá o Brasil a riscos insuportáveis de racionamento (área energética),
degradação de serviços (telefonia como exemplo de destaque), exposição do povo
a riscos abomináveis (saneamento básico), aumento do custo Brasil (transporte,
armazenagem, logística enfim), epidemias e endemias, violências etc.
O Brasil perdeu demais com a falta de planejamento. Parece
que o país é governado por marqueteiros imediatistas, será?
A anarquia técnica e a moral desmontam um país que deveria
ser referência. Talvez isso nunca tenha existido, Brasil modelo positivo, mas é
sempre a ilusão de brasileiros que amam sua Pátria e seu povo.
Cascaes
5.11.2013
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