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quinta-feira, 29 de julho de 2010
Banda Extra Larga no Paraná
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sábado, 24 de julho de 2010
A política e a qualidade
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Lei Kandir e o Brasil
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quarta-feira, 21 de julho de 2010
A COPEL e as restrições incompreensíveis
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terça-feira, 20 de julho de 2010
Mudando as capitais
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sábado, 17 de julho de 2010
Antes de gastar o dinheiro do Pré Sal é bom pensar
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sexta-feira, 16 de julho de 2010
Trem Bala
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terça-feira, 13 de julho de 2010
Seminário Nacional “Investimento Público: análise e perspectiva”
Seminário Nacional “Investimento Público: análise e perspectiva” em 9 de julho de 2010, em Curitiba, promoção do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), da Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (Fisenge) e do Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR).
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A importância do Estado Investidor - Denize Gentil
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PIB e Taxas de Investimentos
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Denize Gentil
IPEA - Conjuntura Macroeconômica e Reflexões
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Eixos de Desenvolvimento
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A importâncioa dos gastos sociais
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Salário Mínimo
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Mercado de Trabalho - sucesso e ainda a necessidade de melhorar
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Precisamos crescer mais
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Riscos de nossa economia
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Apresentação do palestrante do IPEA - Dr. Sérgio Gobetti
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Gráfico do desempenho da Economia no Brasil
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Universo estatal e privado e a importância dos investimentos públicos
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Obras e embargos
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Investimentos entre municípios, estados e federais
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Investimentos por setor
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Comparando com outros países - investimentos
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Investimentos - comparações
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Política fiscal e investimentos
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Perspectivas e realizado - PAC
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O destino da receita do Petróleo
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Sérgio Gobetti - IPEA
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segunda-feira, 12 de julho de 2010
Debates e Perguntas
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Palavras do Presidente da FIEP - Dr. Rodrigo da Costa Rocha Loures
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O DEST e o Dr. Sérgio Franscisco da Silva
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Sérgio Franscisco da Silva
Evolução dos investimentos federais
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Aplicação de empréstimos
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Empréstimos Estatais Federais
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Política das Agências de Fomento
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TELEBRÁS e o novo papel das estatais
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Que sonho os engenheiros brasileiros têm
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O Brasil - uma nação exportadora de mão de obra
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E a degradação de projetos
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Degradação de projetos hidrelétricos
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Matriz energética brasileira
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O Brasil exporta energia - um erro estratégico
Um péssimo negócio para o Brasil
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Acordos internacionais discutíveis
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Desnacionalização do Brasil
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Os riscos da abundância de petróleo
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petróleo
Prioridade - criação e otimização da matriz de transporte
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Matriz de transportes inteligente
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Procura-se JK
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O povo rural nas cidades
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educação para as cidades
A casa popular e a municipalização
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casa popular
Dr. Antônio Henrique Pinheiro Silveira - Secretário de Acompanhamento Econômico - Ministério da Fazenda
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História da Infraestrutura Nacional
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infraestrutura
As estatais e as empresas privadas
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privatização
O porte da dívida pública e a política fiscal
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dívida pública
A carga tributária
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impostos
O crescimento dos investimentos e transferências de renda
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custeio,
Transferência de rendas
O desmonte do governo no período áureo do neoliberalismo
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Os investimentos federais e o PAC
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investimentos federais,
PAC
Qual é a taxa de crescimento ideal
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domingo, 11 de julho de 2010
Copa do Mundo – quem pagará a conta e quem já está ganhando
O Brasil entrou euforicamente em dois compromissos pesados, a realização da Copa do Mundo do Mundo em 2014 e em seguida as Olimpíadas. Coisa de gente rica. Somos?
O desastre provocado pelos banqueiros americanos, ou melhor, o tremendo golpe aplicado à Humanidade, exposto com detalhes ainda incompletos, terá efeitos ainda durante muito tempo. Afetou expectativas de rendimento de inúmeros projetos, prejudicou planos de norte a sul, leste a oeste dos EUA (dentro e fora de suas fronteiras). O cassino das Bolsas de Valores vive dizendo que agora melhorou, agora piorou, os indicadores disso e daquilo dizem... etc. Para esses o fundamental é que o povo continue apostando.
E a Copa do Mundo no Brasil?
Temos inúmeros problemas e eles não se resolvem simplesmente fazendo estádios e maquiando as cidades para receber os “atletas”, que vão deixar mais gente obesa por aqui, afinal quantos brasileiros vão tomar chope ou cerveja e comer salgadinhos, bem acomodados em sofás e cadeiras de bares, lendo e ouvindo as declarações importantíssimas de nossos comentaristas “esportivos” até a Copa? Quanto será gasto em patrocínio de programas e torpedos para discutir quem deverá ser convocado ou não? Quantas viagens e reuniões faustosas serão feitas na conta desses jogos?
Enquanto preparam os circos o povo mais humilde continuará a viver em seus barracos, pagando juros absurdos por qualquer descuido, os aposentados terão seus ganhos reduzidos para que a inflação não aumente (no ano passado essa tal de SELIC absorveu 35% da receita fiscal federal), vão contingenciar recursos para os serviços essenciais nas cidades sem COPA, deixar escolas inacabadas, travar vacinações mais caras, inibir uma série de atividades que precisamos por esse Brasil de oito e meio milhões de quilômetros quadrados e quase duzentos milhões de habitantes.
Mas teremos a COPA. Algumas das cidades eleitas para esse festival, que durará no máximo um mês, serão sede de jogos de países que poucos saberão pronunciar o nome. A TV será a grande (como há muito tempo, não importa onde fosse a COPA) janela (ótima) para ver os jogos.
Teremos dinheiro, descobriram petróleo no Pré Sal. Será? Quando começaremos a exportar em grande quantidade esse petróleo? E se a ONU determinar medidas de segurança que estamos longe de dominar (o acidente da BP foi além de catastrófico, onde estão as ONGs? O Greenpeace? O pessoal tão preocupado com o meio ambiente?)?
O povo brasileiro já foi vítima de inúmeras “quebras” desde os tempos de Rui Barbosa. Será que não aprende? Felizmente de um jeito ou de outro as empreiteiras estão demorando a começar obras faustosas. Por enquanto vemos liberação de dinheiro para projetos importantes. Contra o povo, entretanto, já começou a sandice do jogo de palavras empolgando os telespectadores, desafiando-os a gastar dinheiro dizendo o que pensam a respeito desse ou daquele tema “futebolístico”.
É fácil apaixonar, enrolar, cooptar, é só dizer o que todos querem ouvir. É ótimo e dá dinheiro para os mais espertos agradar, fazer fricotes e mostrar a garotada que corre e chuta bem fazendo malabarismos com a bola.
O problema é que essa bola poderá ser o chute de abertura de mais um jogo mortal, em tempos que exigiriam máxima cautela e revisão de planos.
O problema é o poder de convencimento de alguns e a omissão de outros junto à preguiça mental da maioria...
De qualquer forma vale à pena perguntar: quem vai ganhar muito dinheiro com essa fantasia e quem perderá?
Cascaes
5.5.2010
O desastre provocado pelos banqueiros americanos, ou melhor, o tremendo golpe aplicado à Humanidade, exposto com detalhes ainda incompletos, terá efeitos ainda durante muito tempo. Afetou expectativas de rendimento de inúmeros projetos, prejudicou planos de norte a sul, leste a oeste dos EUA (dentro e fora de suas fronteiras). O cassino das Bolsas de Valores vive dizendo que agora melhorou, agora piorou, os indicadores disso e daquilo dizem... etc. Para esses o fundamental é que o povo continue apostando.
E a Copa do Mundo no Brasil?
Temos inúmeros problemas e eles não se resolvem simplesmente fazendo estádios e maquiando as cidades para receber os “atletas”, que vão deixar mais gente obesa por aqui, afinal quantos brasileiros vão tomar chope ou cerveja e comer salgadinhos, bem acomodados em sofás e cadeiras de bares, lendo e ouvindo as declarações importantíssimas de nossos comentaristas “esportivos” até a Copa? Quanto será gasto em patrocínio de programas e torpedos para discutir quem deverá ser convocado ou não? Quantas viagens e reuniões faustosas serão feitas na conta desses jogos?
Enquanto preparam os circos o povo mais humilde continuará a viver em seus barracos, pagando juros absurdos por qualquer descuido, os aposentados terão seus ganhos reduzidos para que a inflação não aumente (no ano passado essa tal de SELIC absorveu 35% da receita fiscal federal), vão contingenciar recursos para os serviços essenciais nas cidades sem COPA, deixar escolas inacabadas, travar vacinações mais caras, inibir uma série de atividades que precisamos por esse Brasil de oito e meio milhões de quilômetros quadrados e quase duzentos milhões de habitantes.
Mas teremos a COPA. Algumas das cidades eleitas para esse festival, que durará no máximo um mês, serão sede de jogos de países que poucos saberão pronunciar o nome. A TV será a grande (como há muito tempo, não importa onde fosse a COPA) janela (ótima) para ver os jogos.
Teremos dinheiro, descobriram petróleo no Pré Sal. Será? Quando começaremos a exportar em grande quantidade esse petróleo? E se a ONU determinar medidas de segurança que estamos longe de dominar (o acidente da BP foi além de catastrófico, onde estão as ONGs? O Greenpeace? O pessoal tão preocupado com o meio ambiente?)?
O povo brasileiro já foi vítima de inúmeras “quebras” desde os tempos de Rui Barbosa. Será que não aprende? Felizmente de um jeito ou de outro as empreiteiras estão demorando a começar obras faustosas. Por enquanto vemos liberação de dinheiro para projetos importantes. Contra o povo, entretanto, já começou a sandice do jogo de palavras empolgando os telespectadores, desafiando-os a gastar dinheiro dizendo o que pensam a respeito desse ou daquele tema “futebolístico”.
É fácil apaixonar, enrolar, cooptar, é só dizer o que todos querem ouvir. É ótimo e dá dinheiro para os mais espertos agradar, fazer fricotes e mostrar a garotada que corre e chuta bem fazendo malabarismos com a bola.
O problema é que essa bola poderá ser o chute de abertura de mais um jogo mortal, em tempos que exigiriam máxima cautela e revisão de planos.
O problema é o poder de convencimento de alguns e a omissão de outros junto à preguiça mental da maioria...
De qualquer forma vale à pena perguntar: quem vai ganhar muito dinheiro com essa fantasia e quem perderá?
Cascaes
5.5.2010
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emissoras de TV,
FIFA
Brasil sem fábricas
Os ambientalistas devem estar felizes, o Brasil perde indústrias rapidamente. Nossos acadêmicos continuam contentes, publicam papers a granel. Os banqueiros sorriem, financiam importações, apóiam negócios. Geramos empregos: pilotos de máquinas agrícolas, alimentadores de frangos, esquartejadores de bois. Temos autênticos mineiros e as ferrovias aparecem para carregar produtos que enchem graneleiros. Montamos automóveis, afinal, alguma coisa precisa ser feita aqui, ainda que pagando royalties monumentais. Tornamo-nos gente do mundo, milhões de brasileiros, alguns fanáticos por religiões importadas ou filhos e netos de imigrantes, mudaram para o exterior, levando para lá o pouco que aprenderam em nossas escolas, a maioria delas sustentadas pelo contribuinte nacional.
O artigo “Um Titanic chamado Brasil”, de Fritz Utzeri, merece a transcrição de alguns dados:
...no primeiro semestre deste ano o Brasil importou quase 200 milhões de dólares de lâmpadas, a maioria vindas da China, quase três vezes mais do que o total importado em 2009 no mesmo período. ... a desindustrialização do país que vai deixando progressivamente de fabricar e desenvolver produtos de alta e média tecnologia, um déficit que custa ao Brasil cerca de 23 bilhões de dólares anuais. ... em 1995 (portanto há 15 anos) a participação do setor industrial na composição do PIB era de 28% e hoje não passa de meros 13,5%. Só para comparar, a China (que há 30 anos tinha um PIB inferior ao Brasil é hoje a segunda economia do mundo e o setor industrial responde por 47% desse produto. Na Coreia do Sul, um quarto do PIB é gerado pela indústria... entre 1995 e 2009 o PIB brasileiro cresceu 47%, enquanto o da China aumentou praticamente 200% e o da Índia 136%. ... O Brasil perdeu espaço principalmente nas indústrias de bens de capital, química e eletroeletrônica, que registraram um déficit de 44 bilhões de dólares em 2009 (número já ultrapassado pelos dados preliminares deste ano que já chegam a 57 bilhões de dólares).
Ou seja, apesar da pilha monumental de recursos para pesquisa e desenvolvimento criados com os encargos sobre energia, transporte, máquinas etc. (Fundos Setoriais - FINEP) nossos pesquisadores e empreendedores desistiram de registrar patentes, de criar empresas no Brasil, cansaram de competir com nações sem os entraves legais e burocráticos existentes nessa terra que adora cartórios.
Talvez alguns economistas liberais tenham razão, cada povo deve fazer o que sabe produzir melhor. A questão é: quanto vale uma tonelada de soja? Qual o preço de uma tonelada de perfume? Quanto custa um quilograma de chips? Quanto recebemos por um kg de frango? O que fazemos para produzir um metro cúbico de madeira? O que é necessário para se ter um metro cúbico seda?
Naturalmente devemos aproveitar todas as oportunidades razoáveis de geração de empregos. Afinal temos gente de toda espécie e o ideal é que todos possam trabalhar, serem úteis.
0 drama é que resolvemos fazer leis de metro. Tantas leis exigem um número muito maior de decretos, normas, regulamentos, fiscais, tribunais, cadeias e limitações que transformam o Brasil no paraíso dos advogados, cartorários, juízes e carcereiros. Enquanto isso outros países mais espertos desregulamentam, simplificam, criam oportunidades.
O que incomoda é ver uma nação com tantas possibilidades de sair do patamar ruim em que se encontra continuar alienada, valorizando problemas importados, esquecendo seu povo que se acostumou a escravizar e humilhar.
Cascaes
10.7.2010
O artigo “Um Titanic chamado Brasil”, de Fritz Utzeri, merece a transcrição de alguns dados:
...no primeiro semestre deste ano o Brasil importou quase 200 milhões de dólares de lâmpadas, a maioria vindas da China, quase três vezes mais do que o total importado em 2009 no mesmo período. ... a desindustrialização do país que vai deixando progressivamente de fabricar e desenvolver produtos de alta e média tecnologia, um déficit que custa ao Brasil cerca de 23 bilhões de dólares anuais. ... em 1995 (portanto há 15 anos) a participação do setor industrial na composição do PIB era de 28% e hoje não passa de meros 13,5%. Só para comparar, a China (que há 30 anos tinha um PIB inferior ao Brasil é hoje a segunda economia do mundo e o setor industrial responde por 47% desse produto. Na Coreia do Sul, um quarto do PIB é gerado pela indústria... entre 1995 e 2009 o PIB brasileiro cresceu 47%, enquanto o da China aumentou praticamente 200% e o da Índia 136%. ... O Brasil perdeu espaço principalmente nas indústrias de bens de capital, química e eletroeletrônica, que registraram um déficit de 44 bilhões de dólares em 2009 (número já ultrapassado pelos dados preliminares deste ano que já chegam a 57 bilhões de dólares).
Ou seja, apesar da pilha monumental de recursos para pesquisa e desenvolvimento criados com os encargos sobre energia, transporte, máquinas etc. (Fundos Setoriais - FINEP) nossos pesquisadores e empreendedores desistiram de registrar patentes, de criar empresas no Brasil, cansaram de competir com nações sem os entraves legais e burocráticos existentes nessa terra que adora cartórios.
Talvez alguns economistas liberais tenham razão, cada povo deve fazer o que sabe produzir melhor. A questão é: quanto vale uma tonelada de soja? Qual o preço de uma tonelada de perfume? Quanto custa um quilograma de chips? Quanto recebemos por um kg de frango? O que fazemos para produzir um metro cúbico de madeira? O que é necessário para se ter um metro cúbico seda?
Naturalmente devemos aproveitar todas as oportunidades razoáveis de geração de empregos. Afinal temos gente de toda espécie e o ideal é que todos possam trabalhar, serem úteis.
0 drama é que resolvemos fazer leis de metro. Tantas leis exigem um número muito maior de decretos, normas, regulamentos, fiscais, tribunais, cadeias e limitações que transformam o Brasil no paraíso dos advogados, cartorários, juízes e carcereiros. Enquanto isso outros países mais espertos desregulamentam, simplificam, criam oportunidades.
O que incomoda é ver uma nação com tantas possibilidades de sair do patamar ruim em que se encontra continuar alienada, valorizando problemas importados, esquecendo seu povo que se acostumou a escravizar e humilhar.
Cascaes
10.7.2010
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