quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ações kafkianas


Tarifa não é tudo - e os impostos e royalties?
Talvez pela falta do que fazer durante essas últimas décadas nosso povo diplomado em qualquer coisa partiu para o economês e teses de menor custo, simplesmente. Isso se refletiu na má qualidade de produtos e serviços, algo tão esdrúxulo quanto as redes aéreas em Curitiba e tenebroso, exemplificando, como os acidentes com ônibus na capital paranaense.
A histeria tarifária afastou todos da discussão que mais importante, a segurança, conforto e o bom atendimento ao usuário, enfim a relação entre custos e benefícios.
Vale tudo, desde técnicas modernas ao gosto de ONGs assustadas com teses Al Gore até o travamento de obras essenciais ao Brasil.
O planejamento técnico eficaz, de modo especial, está a sete palmos sob a terra.
Se alguma dúvida existia ela se materializou de forma dramática na Medida Provisória sobre a renovação das concessões do Setor Elétrico (As Incoerências da MP 579), onde vemos todos falando em tarifas, indenizações e impostos, esquecendo que nossas hidrelétricas mais antigas mereceriam uma reengenharia completa para que se respeitasse questões realmente importantes em torno do uso múltiplo das águas e da otimização energética, lembrando sempre que o Brasil mudou demais neste meio século que passamos, afetando profundamente as vazões e até a quantidade e tipo de chuvas que podemos ter.
O troco vem na discussão sobre os royalties do petróleo existente a milhares de metros de profundidade, debaixo de uma camada salina [ (A guerra federativa dos Royalties, 2012), (Dinheiro na mão é vendaval, 2012), (A necessidade dos royalties do pré-sal para a saúde, 2012), (ÁREA EXPLORATÓRIA DE PETRÓLEO NO PAÍS CAI 66% APÓS PRÉ-SAL)] a ser explorado em condições ainda questionáveis.
Pior ainda, o Governo Federal colocou o carro adiante dos bois. Mexeu na receita fiscal dos estados e municípios sem ter feito a inadiável Reforma Fiscal. Alega demandas de ??? Se os motivos são melhorar a competitividade e gerar empregos o Governo deveria, como anunciou, concluir obras em andamento e que sejam  realmente importantes.
Ninguém faz milagres, mais ainda quando temos um atraso colossal em nossa infraestrutura.
Tarifa não é tudo, mais ainda em instalações essenciais. Confiabilidade, qual o nível que as agências reguladoras determinam de concessionárias subordinadas à União? Sabem e podem dizer quanto? Estão em condições de fiscalizar, avaliar, medir etc.?
Vimos exigências descabidas e questões sérias desprezadas. Parecia, contudo, que agora iríamos melhorar. Jogaram, entretanto, uma coleção de loucuras que juntas estão revertendo resultados que poderiam ser bons.
Fogo amigo?
O julgamento dos envolvidos no Mensalão parece ter sugerido atos de anarquia. 2012 não foi o ano do fim do mundo, nosso povo, entretanto, pagou um preço alto com greves inoportunas nessa época de crise internacional.  Quem seria o responsável por tudo isso?
Na política o maquiavelismo é rotina. Lamentavelmente a maior vítima de tudo isso é principalmente o brasileiro do futuro próximo. Não estamos vendo a construção do Brasil que precisamos. Eles terão belíssimos estádios de futebol, e o resto, além de bondes e alguns arranjos urbanísticos?
Nossa Presidente abraçou a tese da redução do custo Brasil, ótimo! Decretos regulamentando melhor as leis existentes já fariam o que fosse necessário, principalmente se reduzissem a burocracia.
O pesadelo, contudo, é sentir na balbúrdia do Congresso Nacional que todos fogem à racionalidade. Para o Governo, que beleza a vitória do Corinthians...

Cascaes
16.12.2012

As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Celestino, S. (16 de 12 de 2012). A guerra federativa dos Royalties. Fonte: Bahia Notícias: http://www.bahianoticias.com.br/principal/samuel-celestino/2963-coluna-a-tarde-a-guerra-federativa-dos-royalties.html
L., M. A. (16 de 12 de 2012). A necessidade dos royalties do pré-sal para a saúde. Fonte: Luis Nassif Online: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-necessidade-dos-royalties-do-pre-sal-para-a-saude
Maia, S. (16 de 12 de 2012). Dinheiro na mão é vendaval. Fonte: CartaCapital: http://www.cartacapital.com.br/politica/dinheiro-na-mao-e-vendaval/
Reuters. (s.d.). ÁREA EXPLORATÓRIA DE PETRÓLEO NO PAÍS CAI 66% APÓS PRÉ-SAL. Fonte: Bahia Mercantil: http://www.bahiamercantil.com.br/?p=14003#&panel1-1

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

utilização da rede elétrica na universalização da banda larga, como quer o governo, não é uma tarefa fácil


Para: João Carlos Cascaes
Assunto: Banda larga na rede elétrica não deslancha

Banda larga na rede elétrica não deslancha


A utilização da rede elétrica na universalização da banda larga, como quer o governo, não é uma tarefa fácil, pelo menos não na urgência que se pretende. As tecnologias existentes e regulamentadas, como o PLC (Power Line Communication), por exemplo, têm fracassado nesse sentido. É o que prova o teste realizado pela Copel (Companhia Paranaense de Energia) por cerca de um ano no município de Santo Antonio da Platina, de levar a banda larga aos domicílios da cidade. A conclusão da empresa é de que o sistema não se aplica imediatamente no Brasil, diante das soluções de conexões existentes no mercado.
Segundo assessor da companhia, Júlio Malhados, a principal dificuldade é a fiação elétrica disponível nas residências, que está em condições precárias, reduzindo substancialmente a qualidade do serviço. “É o mesmo que andar em uma Ferrari numa rua esburacada”, comparou. Mas os problemas não param por ai. Foram observadas interferências no serviço com o uso de outros eletrodomésticos e problemas de transmissão de dados na linha de baixa tensão, que pode ser prejudicada pela simples existência de um transformador no circuito.
O professor Sidney Martini, pesquisador do tema na USP, aponta para outro problema: a segurança dos dados. “Como é uma rede externa, a captura desses dados por terceiros é perfeitamente possível”, sustenta. E há ainda a questão regulatória, que impede a captura de boa parte da receita desse serviço pelas elétricas. “Pela norma atual, 60% do apurado com o serviço de internet têm que ser aplicados na modicidade tarifária da energia, desestimulando investimentos nessa área”, dispara Marco Delgado, diretor da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica).
Para o presidente da Aptel (Associação Brasileira de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações), Pedro Jatobá, todas essas questões podem ser superadas. O gargalo no uso do PLC está na norma editada posteriormente pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que impede o uso concomitante do serviço de transmissão de dados para o público e para consumo interno. Ou seja, ela não pode usar o sistema de telecomunicações para automação da sua rede.
“Essa regulamentação surpreendente acabou matando a possibilidade do uso da tecnologia na banda larga e ainda exterminou a indústria de componentes para o sistema, que existia há quatro anos aqui”, ressalta Jatobá. Ele lembra que o Brasil é o único país na América Latina que tem a tecnologia regulamentada e homologada e não usa.
Após estudo realizado pela Aptel, junto com a Abradee, e atendendo a chamamento público da própria Aneel, a agência mostra sinais de que pode rever essa norma. “Mas já se passaram três anos e nada foi feito”, lamenta Jatobá.
Apesar dos entraves no fornecimento de banda larga ponta a ponta, as elétricas têm investido na modernização de suas redes,  transformando-as em verdadeiros backbones. A Copel, por exemplo, possui rede cobrindo todo o estado do Paraná, por meio de cabos OPGW (para-raios com fibras ópticas), que ela aluga para empresas de telecomunicações. Novamente, a questão regulatória funciona como ponto de desequilíbrio. A receita obtida com o compartilhamento da rede é praticamente repassada na totalidade para a modicidade tarifária. “Apenas 10% desses ganhos podem ser capturados pelas empresas”, diz Delgado.
Mas as empresas continuam investindo em redes OPGW porque são necessárias para a smart grid, redes inteligentes de baixa tensão que começam a se proliferar no país como forma de renovação do sistema elétrico. “A principal característica dessa nova rede é a interoperabilidade, que permite a gestão completa de todos os serviços prestados pelas elétricas, desde desligamento, religamento, controle de consumo até a entrada, na rede, da energia acumulada por pessoas que façam captação solar ou eólica, ou, ainda, o abastecimento de carros elétricos, dependendo do grau de automação alcançado”, disse Marco Delgado.
O diretor da Abradee informa que essas facilidades já são realidade nas redes de alta tensão e revolucionam a prestação do serviço. Com a smart grid, a automação irá atingir a quase 70 milhões de domicílios que possuem ligações elétricas no país e demandará investimentos da ordem de R$ 50 bilhões a R$ 100 bilhões – a depender do grau de sofisticação da automação que se quer alcançar- nos próximos 15 anos.
Fonte: Telesíntese

Polêmica em torno da MP 579, um péssimo exemplo de utilização de medidas de exceção

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

sábado, 1 de dezembro de 2012