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domingo, 28 de dezembro de 2014
Direto do Ilumina - Energia Elétrica
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Roberto Pereira d´Araujo
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Pain Pétrole et Corruption
Publicado em 29 de fev de 2012
Un grand documentaire d'investigation sur l'une des plus scandaleuses affaires de corruption de notre époque, perpétrée aux dépens d'un programme humanitaire mis en place par l'ONU.
"Pétrole contre nourriture" est le nom d'un programme initié par l'ONU en 1996, qui visait à satisfaire les besoins humanitaires de la population irakienne soumise à un embargo depuis l'invasion du Koweït en 1990. Il devait permettre à l'Irak de vendre une quantité limitée de son pétrole, sous contrôle de l'ONU, et d'acheter en échange de la nourriture et des médicaments. Pendant près de sept ans, "Pétrole contre nourriture" va brasser près de 100 milliards de dollars. En janvier 2004, un quotidien irakien publie une liste de personnalités et d'entreprises ayant touché des pots de vin dans le cadre de cette opération humanitaire. Le scandale éclate. L'ONU constitue discrètement une commission d'enquête indépendante, présidée par Paul Volcker, qui rend un rapport édifiant en 2005, accusant près de 2 500 individus et sociétés internationales dans une trentaine de pays. Depuis, très peu de procès ont eu lieu et les mises en examen sont tout aussi rares.Plongeant dans un univers où se croisent diplomates, fonctionnaires, avocats, affairistes, politiciens, grands patrons et agents de services de renseignement, ce documentaire raconte comment un programme humanitaire a donné lieu à l'une des plus grandes affaires de corruption mondiale de l'histoire moderne. De Dubaï à Genève en passant par Amman, Bagdad, Paris, Berlin et New York, les réalisateurs remontent une à une les étapes de cette gigantesque contrebande pétrolière. À l'aide de documents inédits et d'archives édifiantes, à travers quelques transactions exemplaires et le témoignage d'acteurs directs ou indirects, il reconstitue avec précision ce qu'il faut bien nommer un pillage, dont la principale victime a été le peuple irakien.
"Pétrole contre nourriture" est le nom d'un programme initié par l'ONU en 1996, qui visait à satisfaire les besoins humanitaires de la population irakienne soumise à un embargo depuis l'invasion du Koweït en 1990. Il devait permettre à l'Irak de vendre une quantité limitée de son pétrole, sous contrôle de l'ONU, et d'acheter en échange de la nourriture et des médicaments. Pendant près de sept ans, "Pétrole contre nourriture" va brasser près de 100 milliards de dollars. En janvier 2004, un quotidien irakien publie une liste de personnalités et d'entreprises ayant touché des pots de vin dans le cadre de cette opération humanitaire. Le scandale éclate. L'ONU constitue discrètement une commission d'enquête indépendante, présidée par Paul Volcker, qui rend un rapport édifiant en 2005, accusant près de 2 500 individus et sociétés internationales dans une trentaine de pays. Depuis, très peu de procès ont eu lieu et les mises en examen sont tout aussi rares.Plongeant dans un univers où se croisent diplomates, fonctionnaires, avocats, affairistes, politiciens, grands patrons et agents de services de renseignement, ce documentaire raconte comment un programme humanitaire a donné lieu à l'une des plus grandes affaires de corruption mondiale de l'histoire moderne. De Dubaï à Genève en passant par Amman, Bagdad, Paris, Berlin et New York, les réalisateurs remontent une à une les étapes de cette gigantesque contrebande pétrolière. À l'aide de documents inédits et d'archives édifiantes, à travers quelques transactions exemplaires et le témoignage d'acteurs directs ou indirects, il reconstitue avec précision ce qu'il faut bien nommer un pillage, dont la principale victime a été le peuple irakien.
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Corruption in Business
Publicado em 28 de set de 2014
In a free market, some individuals will engage in corrupt business activities. One argument for government regulation holds that it reduces the amount of business corruption. Opponents of government regulation respond that free markets have the internal resources to control most business corruption—and that government regulation itself leads to corruption, both more and worse. How do we evaluate these competing arguments about whether corruption is worse in free-market or government-regulation systems? In this lecture, Stephen Hicks discusses both sides’ arguments and bring to bear upon them the empirical work of this generation’s social science.
ABOUT STEPHEN HICKS:
Stephen Hicks is Professor of Philosophy at Rockford College and executive director of the Center for Ethics and Entrepreneurship there. His works include “Ayn Rand and Contemporary Business Ethics,” "Nietzsche and the Nazis," and Explaining Postmodernism: Skepticism and Socialism from Rousseau to Foucault.
ABOUT STEPHEN HICKS:
Stephen Hicks is Professor of Philosophy at Rockford College and executive director of the Center for Ethics and Entrepreneurship there. His works include “Ayn Rand and Contemporary Business Ethics,” "Nietzsche and the Nazis," and Explaining Postmodernism: Skepticism and Socialism from Rousseau to Foucault.
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
O Brasil e a Petrobrás
De: Adriano Benayon
[mailto:abenayon.df@gmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 15 de dezembro de 2014 15:04
Para: josue@superig.com.br
Assunto: artigo: O Brasil e a Petrobrás
Enviada em: segunda-feira, 15 de dezembro de 2014 15:04
Para: josue@superig.com.br
Assunto: artigo: O Brasil e a Petrobrás
Com cumprimentos,
Segue artigo.
O Brasil e a Petrobrás
Adriano Benayon * - 15.12.2014
1. O Brasil vive batalha decisiva de sua História: a da sobrevivência da
Petrobrás como empresa nacional. E isso com qualquer resultado, pois a eventual
derrota poderá ser o marco, a partir do qual o povo brasileiro resolva partir
para o basta e reverter o lastimável processo dos últimos 60 anos em que
praticamente só acumula derrotas do ponto de vista estrutural.
2. Principalmente desse ponto de vista, porque, mercê da estrutura que
se formou na Era Vargas, ainda foram colhidas - por muito tempo e até os dias
de hoje - grandes vitórias em termos de desenvolvimento de tecnologia e
capacidade produtiva no País.
3. O progresso estrutural do Brasil ocorreu, até 1954, não apenas em
função de investimentos do Estado, mas também por ter este agido como promotor
da indústria privada, tendo, antes daquele ano fatídico, surgido firmas
nacionais de ótima qualidade, algumas das quais já se tinham tornado
grandes.
4. Essas foram as primeiras e grandes vítimas do modelo de dependência
financeira e tecnológica adotado desde 1955 e no quinquênio de JK, quando o
Estado, foi usado como promotor da desnacionalização da indústria, o que
gradualmente levou à da dos demais setores da economia.
5. Os governos militares (1964-1984), embora se tenham submetido às
regras e imposições do sistema financeiro mundial - criaram estatais
importantes, como a EMBRAER, em 1969, possibilitada pela criação do Centro
Técnico Aeroespacial (CTA), em 1946, e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica
(ITA), em 1950.
6. A EMBRAER foi uma das inúmeras grandes estatais criminosamente
privatizadas pela avalanche de corrupção dos anos 90, que atingiu também a
TELEBRÁS, fundada em 1972, a qual igualmente gerara excelentes resultados em
produções realizadas com tecnologia nacional, e foi totalmente esvaziada
pelas concessões entreguistas do sistema de telecomunicações.
7. Em 1990, Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto – de
resto, mediante incríveis manipulações, negadoras da essência da
democracia – encaminhou a Lei de Desestatização, juntamente com denso pacote de
legislação antibrasileira, formulado em Washington e meteoricamente aprovado
pelo complacente Congresso.
8. Interessante que os governos militares – não só haviam mantido as
estatais da Era Vargas - mas criaram várias outras. Entretanto, os
indivíduos ideologicamente amestrados atribuem comunismo ou esquerdismo
aos que, em favor do desenvolvimento, reconhecem a importância de
empresas e de bancos estatais.
9. Se não estivessem mentalmente controlados pelo sistema de poder
mundial veriam que as estatais, além do que realizam diretamente, são
fundamentais para viabilizar, ao abrir concorrências, encomendas e
financiamento a empresas privadas nacionais, que, com isso, geram empregos
qualificados e elevam o padrão tecnológico do País.
10. Ademais, acabar com as estatais significa deixar à mercê dos carteis
e grandes grupos privados o grande espaço estratégico – como é o caso da
indústria do petróleo e derivados – inevitavelmente ocupado por empresas de
grande porte, nos quais a dimensão inviabiliza a concorrência honesta entre
empresas privadas.
11. Antes de explicar por que a corrupção não é inerente à natureza das
estatais – ao contrário do que imaginam os impressionados pelos inegáveis
escândalos de corrupção que têm assolado a Petrobrás – convém lembrar a
incoerência dos que se escandalizam com a brutal concentração de renda, cada
vez mais acentuada em todo o mundo, e propõem privatizações, cujo efeito tem
sido tornar a concentração econômica ainda mais aguda
e socialmente insuportável.
12. De fato, todos estão tendo acesso a informações de que, neste mundo
de mais de seis bilhões de habitantes, pouco mais de cinquenta grupos
financeiros controlam praticamente todas as transnacionais em atividade no
Planeta. Fosse isso pouco, o analista da moda, Thomas Piketty, tem observado
que a concentração de riqueza tem sido grandemente subestimada,
mesmo nos países sedes da oligarquia financeira mundial.
13. E por que foi implantada a corrupção na Petrobrás? Porque a
estrutura de poder político já se tornara dominada pelos interessados em
desmoralizá-la e eventualmente privatizá-la e/ou liquidá-la. Amiúde, o primeiro
passo dos agentes imperiais é minar e desmoralizar a administração estatal,
para justificar a privatização.
14 De fato, a corrupção foi intensificada durante governos aqui
instalados (Collor e FHC) com o projeto de tornar definitivo e irreversível o
atraso do Brasil e sua submissão aos centros de poder mundial, na vil posição
de fornecedor de recursos naturais, presidindo a abertura de buracos no lugar
das estupendas reservas de minerais estratégicos e preciosos, sem que isso
sequer impedisse o crescimento vertiginoso dos déficits de comércio exterior e
do endividamento público.
15. A desnacionalização predadora não começou com os dois que foram os
primeiros eleitos sob o novo regime pretensamente democrático. Mas eles
fizeram profundas reformas na estrutura de mercado – com o usual
beneplácito do Congresso - para torná-la ainda mais talhada de
acordo com os interesses dos carteis transnacionais. E o PT não fez
reverter essa tendência.
16. Em relação à Petrobrás, FHC promoveu a aprovação da Lei 9.478, de
06.08.1997, que eliminou, na prática, a norma constitucional do monopólio
da União na produção, refino e transporte do petróleo, não
formalmente revogada.
17. Essa lei permitiu, assim, a exploração de imensas jazidas
descobertas pela Petrobrás na plataforma continental, por carteis
transnacionais, liderados pelas gigantes empresas angloamericanas - que,
há mais de um século, têm preponderado no produto de maior expressão no
comércio mundial.
18. Ademais, dita Lei criou a Agência Nacional do Petróleo (ANP) no
esquema de esvaziar a administração do Estado, terceirizando-a para
agências ditas públicas, dotadas de autonomia e postas sob a direção de
executivos e técnicos ligados à oligarquia financeira angloamericana.
19. Um desses, genro de FHC, David Zylberstajn, foi nomeado
diretor-geral da ANP. Como lembrou o engenheiro Pedro Celestino, em excelente
artigo, teve início, sob o comando de Zylberstajn, ”o leilão das
reservas de petróleo brasileiras, em modelo que não se aplica no mundo desde o
primeiro choque do petróleo, permitindo à concessionária apossar-se do petróleo
produzido, remunerando o Governo com royalties, ao invés de receber por
prestação de serviços.”
20. As constatações de corrupção nas encomendas da Petrobrás - em
inquérito da Polícia Federal, ainda não terminado - estão servindo de
tema para a campanha de desestabilização e impeachment da presidente da
República, e também de argumento favorável à privatização.
21. Nenhum desses objetivos sustenta-se em bases justificadas, pois o
autor da delação premiada tornou-se diretor da Petrobrás no governo de FHC,
mentor do partido que se pretende beneficiar com a derrubada de Dilma Roussef
ou sua transformação em títere completo do capital estrangeiro, o qual tem no
PSDB seus principais serventuários locais.
22. Ademais, o delator Paulo Roberto Costa praticou, ele mesmo, os
crimes que denuncia, em prejuízo do patrimônio público e em ofensa à
moralidade da Administração, como também cometeram políticos de diversos
partidos que têm exercido cargos diretivos na Petrobrás.
23. Paulo Metri, outro competente e experiente engenheiro da Petrobrás,
reafirma ser indispensável investigação profunda na estatal. Ressalva,
porém, que a exposição antecipada de fatos investigados pode ter tido por
meta somente derrubar as intenções de votos
pró-Dilma.
24. Assinala que a presidente não tolheu as ações da Polícia Federal,
nem tem um engavetador para sumir com os processos. Nota: alusão ao PGR de FHC,
conhecido como engavetador-geral da República.
25. Metri considera imprescindível punir, com rigor, os agentes públicos
comprovadamente corruptos e também os esquecidos corruptores. Até porque, mais
que o desvio de dinheiro, a corrupção com a Petrobrás atinge a auto-estima de
que o País precisa para realizar seu projeto nacional.
26. Em relação à Petrobrás, é fundamental corrigir os vícios nela
implantados e viabilizar seus investimentos, cuja enorme rentabilidade está
assegurada em função das colossais descobertas que a estatal obteve na
plataforma continental e no pré-sal.
27. A Petrobras – aduz Metri - tem vencido obstáculos,
como extrair, de grandes profundidades e a distâncias da costa cada vez
maiores, petróleo escondido abaixo de camadas incomuns, mercê de tecnologias
especiais desenvolvidas por técnicos da estatal.
28. A qualidade destes depende da motivação e de que não
sejam preteridos por políticos em cargos de direção nem por terceirizados.
29. Celestino e Metri lembram que FHC elevou desmesuradamente o salário
de gerentes e superintendentes, o que os fez, por demais, temerosos de perder
seus empregos, e omissos em resistir contra decisões suspeitas, tal como ocorre
com terceirizados. Ademais, FHC liberou a Petrobrás de cumprir a
Lei de Licitações, apoiado por decisão do ministro Gilmar Mendes, no STF.
30. Não basta para reverter o descalabro, evitar que Dilma seja
substituída por alguém mais propenso a aceitar as imposições imperiais. Há que
dar passos na restauração da soberania nacional, ferida inclusive pela
alienação, quase graciosa, de 40% das ações preferenciais da Petrobrás, após a
promulgação da Lei 9.478/1997, e pelos leilões do petróleo da plataforma
continental e do pré-sal, nos governos do PT.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e
autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
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Adriano Benayon
sábado, 13 de dezembro de 2014
Cesar Benjamin, economista e editor, entrevista ao programa Debate Brasil
De: Roberto no Ilumina
[mailto:roberto@ilumina.org.br]
Enviada em: sábado, 13 de dezembro de 2014 17:16
Para: Roberto no Ilumina
Assunto: Entrevista
Enviada em: sábado, 13 de dezembro de 2014 17:16
Para: Roberto no Ilumina
Assunto: Entrevista
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barganhas políticas,
Certificados de Energia Elétrica,
Cesar Benjamin,
especulação no Setor Elétrico,
oportunismo político
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Leitura, discussão e aprovação da base de cálculo do IPTU e ITBI na Câmara de Vereadores de Curitiba
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09:57
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Curitiba,
impostos municipais,
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Planta Básica
domingo, 7 de dezembro de 2014
Encerramento da Semana da Engenharia com as palavras do Presidente Cássio J. Ribas de Macedo
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13:24
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Cássio José Ribas de Macedo,
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Semana da Engenharia
Eng José Alberto Pereira Ribeiro - eng. Destaque em 2014
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Semana da Engenharia
Engenheiro Destaque - Troféu Paraná de Engenharia - eng Antonio Camargo de Amarante
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Semana da Engenharia
Homenagem especial - eng. Elgson R. Gomes
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03:17
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Semana da Engenharia
7º concurso de fotografias do Instituto de Engenharia do Paraná - premiação
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Paraná,
Semana da Engenharia
Um desafio para os engenheiros
A responsabilidade dos engenheiros, suas empresas e
corporações
Em 6 de dezembro de 2014 encerrou-se de forma festiva e com
a entrega de prêmios (concurso de fotografias) e honrarias a personalidades de
destaque na Engenharia mais uma Semana da Engenharia no Instituto de Engenharia
do Paraná. Os discursos e as lembranças do que foram esses dias de palestras e
presenças ilustres em Curitiba coincidiram com o quase final do inquérito
decorrente da Operação Lava Jato.
Tudo o que aconteceu em 2014 merece ações enérgicas,
mudanças drásticas de comportamento e o desalento de ver que, graças ao foco
sobre as eleições, o futebol e a FIFA nossos governantes esqueceram os serviços
essenciais, por exemplo.
O engenheiro é o peão, o artífice, o fiscal de obras, onde
estavam durante essas últimas décadas?
Nas redes sociais e em emails offrecord vimos, lemos,
ouvimos e sentimos muito ódio contra os políticos; teriam chegado a esse ponto
de degradação se nossos sindicatos, institutos, conselhos etc. houvessem agido
com patriotismo e respeito ao contribuinte e ao povo em geral?
Os bodes expiatórios apareceram, até lógicas racistas
ressurgiram ocultas e explícitas; mas onde estavam o amor ao Brasil e seus
habitantes durante esses anos de desgoverno?
Algo repugnante ou colocado de forma infantil foi a coleção
de ofensas e os rituais que ressurgiram nesse ano de 2014. Quantos, tão
convictos agora de que muitas entidades abusavam da desonestidade, se
dispuseram a procurar entidades feitas para fiscalizar, auditar e punir más
empreiteiras? Registraram alguma queixa? Manifestaram-se em tempo hábil, sendo
que podiam apontar detalhes do que a imprensa agora mostra diariamente?
Maravilhosamente a Polícia Federal estava atuando e alguns
setores do Poder Judiciário esperando inquéritos, atentos, acima de tudo, a
decisões dolosas que pareciam existir nessa barafunda que se transformou o
governo em todos os níveis da federação.
Naturalmente devemos louvar engenheiros excepcionais, deram
ao lado de muitos outros, incógnitos porque não mereceram a atenção de quem
manda nas corporações existentes, contribuições importantes ao Brasil.
Ao lado da Matemática, Física, Química, tecnologias e
capacidade de gerenciamento de muitos profissionais precisamos ter, contudo, amor
à Pátria.
O Brasil precisa mudar.
O Poder Judiciário tem condições de aplicar corretivos
monumentais. É, contudo, muito triste ver empresas desmoralizadas e
profissionais de destaque atrás das grades como estamos olhando diariamente nos
noticiários televisivos. Infelizmente erraram feio, e agora? Continuamos
precisando de obras e serviços essenciais...
Semana da Engenharia, será que as próximas serão realmente
festivas e honrosas?
A expectativa é grande, até porque conhecemos inúmeros
profissionais sérios que lutam desesperadamente para ter oportunidades em
grandes obras e projetos.
O sobre preço cobrado certamente não foi repassado a subempreiteiras
e aos profissionais de baixo escalão dessas empresas apontadas pelo Lava Jato.
A degradação de obras pode ter sido algo feito sem restrições, afinal tinham a
cobertura de políticos influentes, ao que parece.
Concluímos extremamente preocupados com tudo o que foi
feito, construído, projetado e lamentando o padrão gerencial dos serviços
essenciais, degradados e caríssimos.
Será difícil recuperar o tempo perdido e a normalidade
deteriorada pela incompetência de lideranças estratégicas.
Como nossos líderes corporativos e institucionais corrigirão
erros monumentais desses tempos recentes?
Cascaes
7.12.2014
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02:56
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Semana da Engenharia
terça-feira, 25 de novembro de 2014
"O modelo pró-imperial e o endividamento".
De: Adriano Benayon [mailto:abenayon.df@gmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 24 de novembro de 2014 17:09
Para:
Assunto: artigo:Golpe, modelo e dívida
Enviada em: segunda-feira, 24 de novembro de 2014 17:09
Para:
Assunto: artigo:Golpe, modelo e dívida
Assista à palestra "O modelo pró-imperial e o
endividamento". https://www.youtube.com/watch?v=wmL_-N0_sbk
Enviando artigo, com cumprimentos.
Golpe, modelo e dívida
Adriano Benayon
O Brasil vive momento grave, com a grande mídia, pedindo
golpe de Estado para derrubar a presidenta recém-reeleita.
2. Os golpes em nosso País são recorrentes, e já houve
muitos além dos mais conhecidos, que são os de caráter
predominantemente militar: 1937, 1945, 1954, 1961 e 1964.
3. O jornalista Luiz Adolfo Pinheiro intitulou seu bom
livro, “A República dos Golpes”, publicado em 1993, que abrange somente os anos
de Jânio Quadros a Sarney.
4. Não só no Brasil historicamente, mas cada vez mais no
mundo atual, os instrumentos principais dos golpes inspirados pelas potências
imperiais têm sido instituições civis, como o legislativo e o judiciário.
5. Foi no âmbito da polícia civil que se articulou a
conspiração concluída na área militar, que depôs o presidente Vargas em 1954.
6. A famigerada, desde o Estado Novo, Delegacia de
Ordem Política e Social – DOPS, chefiada pelo simpatizante nazista, Cecil
Borer, foi que armou o atentado da rua Tonelero, envolvendo a guarda pessoal do
presidente e a ela atribuindo o crime.
7. O alvo era o próprio major Vaz, para acender a
revolta Aeronáutica e na opinião pública, e não, Carlos Lacerda, o encarniçado
adversário de Vargas, com o simulado e inexistente tiro em seu pé.
8. Por que a DOPS? No auge da Guerra Fria, os nazistas e
simpatizantes foram recrutados em massa pelos serviços secretos das potências
angloamericanas, para reprimir os “comunistas”, rótulo ao qual buscavam
associar todos os que, como os nacionalistas, desagradassem àquelas potências.
9. Voltemos a 2014: no período eleitoral, delegados da
polícia federal, a que se atribui serem simpáticos ao PSDB, vazaram
informações do inquérito (operação Lavajato), em que investigam irregularidades
em contratos entre a Petrobrás e grandes empreiteiras de obras de
infra-estrutura.
10. Há poucos dias, acabam de prender executivos dessas
empreiteiras, as quais, além de atingidas pelo escândalo, com repercussões
sobre futuras contratações, serão provavelmente condenadas ao pagamento de
pesadas multas.
11. Desavisados moralistas exultam com essa suposta
demonstração de que as instituições do País estejam combatendo
eficientemente a corrupção. O PT louva a presidenta por ter sancionado nova
lei, que permite agir também contra os corruptores.
12. O povo ilude-se e acredita que seja isso mesmo que
está em causa. Desconhece a natureza do jogo prevalecente nas altas
esferas do poder, notadamente as do poder mundial. Para isso concorre o tsunami
de ignorância gerado pelos investimentos que nela faz a oligarquia
concentradora transnacional, há um século.
13. A mega-corrupção exercida por essa oligarquia
coopta colaboradores em todas as estruturas econômicas e institucionais
e, ironicamente, usa, a seu serviço, a corrupção
derivada, a de menor porte, aumentada inclusive em decorrência do investimento
na anticultura e na destruição dos valores éticos.
14. É essa, a derivada a que aparece, quando sua
exposição serve aos objetivos da estratégia imperial, produzindo grande comoção
em amplos segmentos da população e desviando o foco dos reais problemas e de
suas fontes geradoras.
15. Sem acesso às informações sobre como a oligarquia
financeira envolve os poderes constituídos do Estado, infiltrados por seus
interesses, o povo concentra seu ódio sobre os corruptos expostos pela
corruptíssima grande mídia. Deveria desconfiar de que, se são expostos, é
porque são os que estão causando menor dano ao País.
16. Por que as grandes empreiteiras estão sob o fogo da
repressão? Elas constituem o principal núcleo de poder econômico no País que
ainda não foi controlado pelo capital estrangeiro. São exportadoras de
serviços, ocupam pessoal qualificado e se tornaram conglomerados, que investem
até mesmo em tecnologia de uso militar.
17. Ademais, o escândalo que domina as atenções envolve
também a principal estatal do País, ou seja, uma das poucas empresas gigantes
sob controle nacional, apesar de infiltrada por quadros ligados às
transnacionais do setor e a bancos da oligarquia financeira angloamericana.
17. Para fechar, convém ter presente a penetração de
ideias e a cooptação por parte de entidades estrangeiras na Polícia Federal,
notória desde que a Delegacia Antitóxicos recebe ajuda de sua congênere
norte-americana.
18. Não se deveria tampouco ignorar a política das
numerosas agências de inteligência dos EUA de atrair as simpatias de quadros
das instituições-chave do País, como a Polícia Federal.
19. O foco na corrupção, ignorando a fonte da
mega-corrupção, é instrumento do poder oligárquico mundial. Em
geral, estão alinhados com este, os que mais gritam contra a corrupção.
20. Um dos fatos fundamentais obliterados é que, no
âmbito dos carteis financeiros e econômicos, a ética pode ser tema de discurso,
mas não faz parte do objetivo central, o poder, nem do objetivo imediato, o
lucro, independentemente de como seja obtido.
21. Expor as reais razões do escândalo das relações
entre grandes empreiteiras e a Petrobrás não é dizer que nelas houve corrupção.
Isso, porém, está sendo usado para favorecer grupos transnacionais,
tradicionais comitentes de n tipos de corrupção.
22. Entre eles, os permitidos pelas leis e políticas
impostas aos países, tais como tolerar as práticas monopolistas e demais formas
de abuso do poder econômico.
23. Não menos danoso para o Brasil é ferir de morte as
empresas privadas e públicas em que se mantém os últimos bastiões de autonomia
tecnológica no País, alvo que é do “apartheid tecnológico”, decorrente de
os carteis transnacionais dominarem o mercado, reforçado por acordos
internacionais, como o TRIPS no âmbito da OMC.
24. Os promotores da desestabilização da presidenta da
República e do golpe em curso são de dois tipos:
a) os colaboradores do sistema
imperial, que nos impõe, desde 1954, o modelo de dependência financeira e
tecnológica, e utilizam hipocritamente o pretexto da moralidade para
desnacionalizar e desindustrializar ainda mais a economia;
b) os enganados pelo alienado discurso
moralista e são arregimentados para solidarizar-se com a repressão destinada a
eliminar as empreiteiras e acabar de desnacionalizar a Petrobrás.
25. Isso não significa que não se deva expurgar a estatal
de seus quadros corruptos. Se isso for feito, como se deve, vai-se notar que a
maior parte deles é ligada a grupos e a interesses das transnacionais
estrangeiras, lá colocados.
26. Isso ocorreu principalmente no governo antipátria de
FHC, e a maior parte dos corruptos permaneceu na Petrobrás e na ANP, nos
governos petistas, conciliadores em relação àqueles grupos. Esse é o caso,
inclusive, do pivô do escândalo, o delator premiado.
27. Enquanto a operação Lavajato ocupa o centro das
atenções, e avança em direção favorável ao objetivo de enfraquecer o já
fragilizado poder econômico nacional, são esquecidas as causas fundamentais
dessa fraqueza.
28. Estas se situam no binômio modelo
pró-imperial-envidamento público. A propósito, o Brasil está com déficit
recorde no balanço de transações correntes com o exterior: US$ 85 bilhões por
ano.
29. Essa sempre foi a causa do crescimento da dívida
externa, desde que JK (1956-1960) aplicou a política entreguista do golpe
udenista-militar de 1954, que cumulou de favores os carteis transnacionais para
monopolizarem os mercados industriais do País.
30. A dívida externa ascendeu a U$ 541,42 bilhões,
em agosto último (R$ 1,4 trilhão, ao câmbio atual). A dívida pública interna, a
R$ 3,067 trilhão.
31. O serviço da dívida (juros e amortizações) consome
42% das despesas da União, e realimenta-se com as taxas de juros
absurdamente altas e que, por isso, não podem ser pagas só com recursos dos
tributos.
32. A parte do serviço da dívida que o Tesouro paga com
as receitas corresponde ao “superávit primário”. Elaborei uma tabela, no
programa Excel, lançando o montante da dívida pública interna em
1994, e taxa de juros de 3% aa.
33. Por que 3% aa.? Essa taxa supera a de muitos
países, e não há base para a ideia, sempre impingida ao público, de que se têm
de combater a inflação com juros elevados.
34. No Brasil, os preços são altíssimos, porque os
carteis impõem os que desejam, mais ainda que em outros países. Fosse outra a
política, a inflação seria moderada, e não ficaria ao sabor de farsas, como a
do Plano Real.
35. Além dos juros 3% aa., inseri na tabela os montantes
do superávit primário, para resgatar dívida, implicando que não haveria
novas emissões de títulos para isso.
36. Resultado: mesmo sem superávit primário de 1995
a 1997, pois ele só ocorreu em 1994 e de 1998 a 2001, a União já teria
eliminado a dívida interna, e sobrariam R$ 22 bilhões, em 2001.
37. Ora, com as absurdas taxas de juros comandadas pelo
cartel dos bancos e cumpridas pelo BACEN, e, apesar de superávits primários
totalizando, de 2002 a 2013, em valores correntes, R$ 1,082 trilhão, a
dívida interna cresceu para quase R$ 3 trilhões.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e
autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
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terça-feira, 18 de novembro de 2014
Les Stratégies industrielles - Oligopole - Duopole de Cournot - Duopole ...
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Le système monétaire, Esclavage moderne.
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Money - Le film documentaire sur la crise du système bancaire, monétaire...
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Crise economique: conséquence du cartel bancaire
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"The Federal Reserve Is a Cartel" - G. Edward Griffin
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014
País dividido?
Enviando artigo, com cumprimentos.
País dividido?
Adriano Benayon * - 10.11.2014
Só insensatos duvidam que a união faz a força. Quanto
mais dividido um país, mais fraco ele fica. Por isso, os impérios, sempre
usaram a estratégia de dividir os povos a conquistar.
2. “Divide et impera” foi o lema da Roma Antiga,
durante os setecentos anos em que dominou o mundo, e de outros, antes dela. Tem
sido seguido, com semelhante perfídia e brutalidade, pelo império
britânico e por seu sucessor e associado, o angloamericano, nestes 350
anos.
3. O Brasil é vítima da predação imperial, desde quando
exportava suas mercadorias sob direção das casas comerciais britânicas e tinha
as finanças externas e a infra-estrutura controladas por bancos e empresas
estrangeiras.
4. Ao aparecer, com capitais nacionais, a
promissora industrialização, na 1ª metade do século XX, antes, durante e depois
da Revolução de 1930, o império, descontente com isso, fomentou o divisionismo
em nosso País, justamente em São Paulo, onde despontara a industrialização, e
de onde saía o café e outros produtos exportados.
5. No início dos anos 30, tendo as receitas da
exportação caído 2/3 em relação a 1929, sobreveio a falsamente denominada
revolução constitucionalista de 1932. De fato, o governo chefiado por
Vargas já organizava eleições e o processo que culminou na Constituição de
1934.
6. O movimento de 5 de julho de 1932, de conotações
separatistas, visava, na realidade, sustar a industrialização e reamarrar o
comércio exterior à finança e à direção imperiais.
7. Foi liderado pelos barões da pseudo-elite
agrária da Av. Paulista, econômica e culturalmente vinculados a Londres,
juntamente com a grande mídia prostituída.
8. Atitude irracional, pois o retrocesso ao
modelo colonial prejudicaria os industriais e até os cafeicultores, que estavam
sendo salvos da ruína pela política do presidente Vargas, através da compra
pelo governo dos invendáveis estoques de café e de sua queima.
9. Esse é um dos antecedentes do presente tsunami
de ignorância, que leva os pró-imperiais de hoje a alimentar mentiras, como a
que atribui as misérias do País ao Nordeste e ao Norte, quando elas
provêm do modelo dependente, adotado a partir da queda de Vargas, em 1954,
quando a política passou a favorecer os carteis transnacionais.
10. É por causa desse modelo que a economia do Brasil se desnacionaliza
e se industrializa, que as transferências de renda das transnacionais para o
exterior só aumentam e que se criaram mecanismos para fazer crescer, sem parar,
a dívida pública.
11. Para poder encobrir os fatos importantes, o
império, desde os anos 50, investe bilhões de dólares, em contracultura,
desinformação e aviltamento dos padrões éticos e culturais, além de cooptação
de pessoas em todas as instituições públicas e privadas de maior porte.
12. Essa é a corrupção da grossa, incrementada aceleradamente
nos mandatos de FHC (1995-2002), que a mídia sequer menciona. É a que faz
dezenas de milhões de brasileiros crerem que um governo do
PSDB, vinculadíssimo aos interesses imperiais reduza, e não aumente,
a corrupção.
13. Apesar do tsunami de ignorância gerado pelo
império e das fraudes eleitorais, o povo brasileiro escapou da radicalização do
entreguismo. Entretanto, não escapou de seu avanço, impregnado que está na
estrutura econômica e nas instituições.
14. A presidente é alvo de intensa campanha de
desestabilização, visando, no mínimo, a acuá-la a fazer concessões mais
radicais que as que têm feito a banqueiros e transnacionais.
15. As influências imperiais estão dentro do
próprio Executivo e suas agências reguladoras, e também no PT, que nunca
mostrou consciência clara da questão nacional em face das transnacionais e das
potências que as representam.
16. Além disso, o Congresso e os executivos e
legislativos estaduais têm composições cada vez menos favoráveis aos interesses
do País, e os demais poderes e instituições da República estão
grandemente infiltrados pelos esquemas pró-imperiais.
17. Ilustrativa de não ter cessado a campanha de
desestabilização da presidente, sequer no dia das eleições, foi a balela
proclamada nas grandes redes de TV, na mesma noite do resultado, segundo a qual
o País estaria dividido, diante do apertado o resultado das urnas.
18. Logo a seguir, comentaristas e pseudocientistas
políticos passaram a difundir a estória de que a divisão do País se manifesta
ao longo de linhas de classes sociais e de áreas geográficas.
19. Mais relevante do que fomentar a divisão entre as
regiões Norte e Nordeste e o Sul, seria reconhecer a falta de acesso do grosso
da população do País inteiro a condições de vida condizentes com os excelentes
recursos naturais do País e com as possibilidades tecnológicas dele, se não
tivesse sido alijado do real desenvolvimento, devido ao modelo econômico
dependente.
20. Esse modelo causa o endividamento, os juros
absurdos, as transferências de renda ao exterior, o atraso tecnológico e tudo
mais que enfraquece o País.
21. Ele vem de meados dos anos 50, sendo,
pois, ridículo atribuir suas mazelas só ao presente Executivo federal. Cabe,
condenar, em primeiro lugar, governos que mais contribuíram para acentuá-las.
22. O ridículo chega ao absurdo, quando os entreguistas
acusam o Executivo de que sua política econômica afugenta os investidores. Ora,
o montante dos investimentos, mormente os estrangeiros, nunca foi tão alto.
Entretanto, mais que proporcionalmente crescem as transferências de renda e de
supostas despesas para o exterior, e mais ainda as de recursos reais.
23. É o modelo de dependência financeira e tecnológica
que faz minguar verbas para os investimentos produtivos e sociais, e também direcionar
erradamente boa parte deles.
24. Ora, quanto maior o espaço geográfico do mercado
nacional, mais cada região tem a ganhar com o comércio e a interação financeira
internos.
25. De todo o exposto, decorre que o império,
primeiramente tratou de desestruturar o País como um todo. Isso o amoleceu para
a etapa seguinte: desmembrá-lo, como se delineia, em face das demarcações de
supostas terras indígenas, sobre tudo na Amazônia, entregando-as ao controle de
fundações, ONGs e igrejas controladas pelos oligarcas donos dos carteis
mineradores de âmbito mundial.
26. Outra vertente do projeto separatista parece ser a
radicalização da ignorância política e econômica, que investe nas diferenças
regionais e de classes de renda.
27. Essa está imbricada com o divisionismo ideológico
direita/esquerda. O império angloamericano o tem fomentado, em todo o
mundo, desde os tempos da revolução francesa. No Brasil, muito contribuiu
para acirrá-lo, a tentativa de golpe comunista em 1935.
28. Especialmente em função da geopolítica, nunca
foram altas as chances de o partido comunista chegar ao poder, mesmo em curtos
períodos pós-2ª Guerra Mundial, em que contou com recursos e teve
apreciável penetração eleitoral. De qualquer forma, a suposta
ameaça comunista encaixou-se como uma luva na estratégia imperial para fazer
abortar o desenvolvimento do Brasil.
29. Assim, qualquer coisa que implicasse modificar a
arcaica estrutura social e que não fosse favorável aos carteis econômicos e
financeiros transnacionais, passou a ser associada ao comunismo, na versão da
grande mídia e dos demais instrumentos da intervenção imperial angloamericana.
30. Não só empresas transnacionais, mas também
industriais e outros empresários nacionais investiram para derrubar os governos
voltados para o desenvolvimento industrial e tecnológico.
31. Mas os proprietários brasileiros foram expropriados -
não, como temiam, pelos comunistas - mas, sim, pelo capital estrangeiro,
privilegiado com favores inacreditáveis por governos egressos de golpes cuja
direção, como, em 1954, era orientada de fora do País.
32. Esse resultou da armação por serviços secretos
estrangeiros de atentado para supostamente matar um adversário do presidente,
no qual foi morto um oficial da Aeronáutica. Os comunistas não apoiavam
Vargas e até o criticavam.
33. Em 1964, a par das provocações suscitadas para
envolver o governo em atos de indisciplina de militares, houve intensa campanha
para que fossem vistos como de molde comunista os projetos de reforma econômica
e social de Goulart.
34. Apesar de o PT não representar resistência séria à
intensificação do modelo dependente, ele nasceu sob falsas bandeiras vermelhas,
para dividir a esquerda e, em última análise, participar dos golpes do sistema
para cortar as chances de Leonel Brizola.
35. Apesar também da política externa simpática a
governos vizinhos de inclinação bolivariana, embora não partilhando dela,
a retórica e os clichês do PT e sobre ele oferecem campo fértil ao império
angloamericano para pressionar a presidente e intensificar as ações para
a sua desestabilização.
* - Adriano Benayon é doutor em economia
e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento
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