A opção
religiosa é uma decisão individual, mas já foi imperativa no Brasil.
O
Positivismo[1] e a
Maçonaria[2] venceram e o Estado é laico por definição
constitucional.
O desafio da
democracia, sempre se transformando, o respeito à individualidade e a convicção
para exercê-la temos direitos e deveres.
Esse
propósito gera responsabilidades elevadas das famílias, educadores e nossas
autoridades, que, acima de tudo, respondem pelo exemplo que dão.
Precisamos, portanto,
escolher cuidadosamente os ambientes de formação de nossos filhos.
Naturalmente
existem opções que dependem das crenças familiares e numa sociedade livre temos
muitas alternativas., transmitir a crianças, jovens e adultos um padrão moral
e, consequentemente, ético.
Quando
colocamos nossos filhos em escolas comandadas por religiosos, naturalmente
estaremos mergulhando crianças e jovens em ambientes com moral e ética bem
definidas, apesar de determinações legais talvez contrárias. É um direito da
família educar seus filhos.
Não é fácil
para o corpo docente adaptar-se à lógica da ética e de uma moral saudável
abstendo-se de religiões[3]. Ter uma
religião e a liberdade de ajustar-se ao que seus profetas determinaram
simplifica tudo, mas complica a vida sexual, por exemplo.
Pessoalmente
vivi os dilemas da família, escolas e rebeldias.
Na minha
juventude, afastei-me do catolicismo sentindo que suas determinações relativas
à vida sexual eram impossíveis. Pior ainda foi perceber a diferença entre os
pregadores e a vida oculta de alguns deles.
A
honestidade intelectual[4] importa muito a crianças e jovens[5] que querem acreditar no que veem e ouvem.
Na vida
corporativa isso pesa muito.
Processos de
educação podem atender a projetos nazifascistas. Itália e Alemanha deram
exemplos que transformaram rapazes em soldados racistas e fanáticos, violentos
e primitivos, e as moças em reprodutoras e donas de casa atraentes.
Temos no
Brasil as escolas cívico-militares[6]. O que isso
poderá representar no futuro próximo?
Com certeza
essa decisão tem efeitos positivos e poderá também afetar a educação política
das próximas gerações[7]. ou, ao contrário, formar jovens
alienados.
O
Positivismo[8] no Brasil é parte de nossa cultura. Quando imperou foi motivo de inúmeros
conflitos violentos. Nosso povo é complexo.
A capital e
as grandes cidades criam padrões. A Mídia comercial e religiosa ganha força. pode ser fator de união federal, mas aparece
em muitas comunidades despreparadas para o que via internet e emissoras de TV
podem ouvir e ver.
O desafio
dos comunicadores é capaz de afetar profundamente o futuro de qualquer povo.
Nas escolas
cívico-militares a disciplina é importantíssima, talvez até compensando pais
que não conseguem domar seus jovens.
Ser um
educador autodidata ganha força graças à acessibilidade à educação pela
leitura, por exemplo.
Disciplina e
liberdade são indissolúveis para a vida em sociedade.
Para isso, é
bom ler livros sobre disciplina positiva[9] entre muitas outras tecnologias pedagógicas.
Impor
limites às crianças pode causar traumas, mas a ausência de censo de excessos á
muito pior. Isso era até base de educação de príncipes, crianças que deveriam
ter seus caprichos atendidos.
Ainda (?)
estamos em ambiente democrático, com direitos e deveres.
O Poder
Judiciário e o Congresso têm essa função que nas mãos de um ditador poderão
destruir nações.
Na Guerra
entre a Ucrânia temos o exemplo perfeito disso. O ditador que assumiu o poder e
o sustenta a qualquer custo na Federação Russa entendeu que deveria ocupar a
Ucrânia, e isso procura fazê-lo a qualquer custo. Um exemplo perfeito de quem
foi educado para ser espião e esquecer Direitos Humanos a partir da União
Soviética.
O cérebro evolui, mas a partir de que base
física? Quem tem animais de estimação sabe que cada espécie de cachorro tem um
padrão de inteligência e índole, compleição física, hábitos. De geração a
geração a união de animais semelhantes, eliminando-se os demais, gerará tipos
bem característicos de um animal que deriva dos lobos e se deixou domesticar.
Podemos até orientar nossos filhos na escolha
de seus pares, conheçam a família dessas pessoas e terão hipóteses bem
prováveis de seres humanos misturando características, o que não é novidade
quando analisamos a miscigenação com honestidade intelectual.
Os russos, por exemplo, viveram durante
séculos sob poderes discricionários, seriam agora anjinhos?
O cenário internacional tem exemplos de todo
tipo de causas e efeitos da educação, isolamento étnico, religiões, ideologias
etc.
Nesse “cardápio” podemos eleger um modelo e
lutar por ele, mas sempre consciente que essa luta deve ser democrática.
Saber viver e conviver com pessoas diferentes
é uma virtude essencial à vida sadia.
Isso devemos ensinar àqueles que acreditam em
nós.
[1]
[2]
[3]
[4]
[5]
[6]
[7]
[8] A MATRIZ POSITIVISTA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA - Uma análise das portas de
entrada no período Republicano, s.d
[9]
[CdM1]Mais
um caso de nota que poderia ser, pelo menos, encurtada ou até excluída.