Projetos bem feitos
Uma surpresa em viagem pela Colômbia[ (Cascaes) , (Wikipédia)
] foi constatar a qualidade de novas obras. Em Bogotá e na rodovia entre esta
cidade e Zipaquirá detalhes impressionavam, tais como boas ciclovias,
passarelas, mobilidade com segurança. Em Zipaquirá a cidade parecia ter mais
calçadões do que Curitiba e tudo com revestimento antiderrapante e próprio a
cadeirantes.
Vendo com mais atenção a reforma de uma avenida entre o
aeroporto de Bogotá e o centro da cidade impressionava a qualidade do serviço
em execução.
Nas praias de Cartagena das Índias o serviço de salva vidas
(privatizado) é onipresente e o povo demonstra satisfação com o progresso
daquele país.
A qualidade é essencial à segurança, conforto e
funcionalidade de qualquer instalação de uso público, mais ainda num país que
até trem de alta velocidade pretende usar. Se gastamos fortunas para atender a
Fifa, por quê não haver um tratamento digno à população em todos os aspectos de
seu cotidiano?
Infelizmente temos leis demais e juízo de menos. Valorizamos
documentos e desprezamos a Tecnologia.
Por exemplo, pode-se estimar, tendo estatísticas e após análises
bem feitas, o número de acidentes, o tipo e efeitos prováveis em função do padrão
do que se decide fazer, da qualidade da equipe de projetos e construção e
finalmente da manutenção e detalhes operacionais.
No Brasil optamos por preço e assim nossas leis foram
feitas. É até compreensível. Certas minúcias de trabalho só um grande
especialista pode avaliar, o que na área de Engenharia está muito longe dos
conhecimentos da maioria dos legisladores, administradores e até de quem julga
processos.
Um país para crescer com segurança precisa de um certo grau de
confiança em suas equipes técnicas e para dimensionar riscos existem as grandes
empresas seguradoras além da possibilidade atual de transparência total.
O que é um pecado grave é a insistência em se fazer projetos
e editais na surdina, procurando-se burlar leis ruins e piorando tudo com a
famosa “esperteza” de contratadores e contratados.
Histórias não faltam, sobram até. Quem paga?
Nosso povo sobrevive vergado por impostos diretos, indiretos
e transversos. Para distrair, dão-lhe festas, bolsas e muita propaganda. Aliás,
é até divertido notar como nos grandes meios de comunicação aparecem
propagandas caras e bem pagas após certos desvios.
Visitando outros países descobrimos que alguns progridem,
outros regridem. Deve ser alguma lei natural que leva as pessoas à exaustão
intelectual e política. Temos processos globais de convencimento que criam
escolas, como aconteceu com tudo o que viabilizou a crise internacional que
ferve nos noticiários sobre Economia.
Se a Economia é uma ciência discutível, a boa Engenharia é
fácil de ser auditada.
Quando a teremos?
Cascaes
7.8.2012
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Lugares Preciosos:
http://lugares-preciosos.blogspot.com.br
Wikipédia, e. (s.d.). Colômbia. Acesso em 6 de
8 de 2012, disponível em Wikipédia: http://en.wikipedia.org/wiki/Colombia
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