Hoje, 28 de agosto de 2013, um enorme apagão no Nordeste do Brasil. Vão dizer que foi falha humana, sim, de planejamento, de gerenciamento de obras, de competência governamental, especialista em atrapalhar, talvez até de carteis que, quem sabe, induzem o Governo Federal a tomar decisões erradas.
Por sorte de nossas elites energéticas o povo não entende a complexidade do Setor Elétrico, Energético em geral assim como de outros serviços essenciais sendo usados a favor de corporações e indústrias de todas espécie.
http://estadao.br.msn.com/economia/apag%C3%A3o-atinge-a-regi%C3%A3o-nordeste-do-pa%C3%ADs
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Um grande apagão - o Brasil sem energia no Nordeste por algumas horas - falha humana?
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12:47
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terça-feira, 27 de agosto de 2013
Mais uma crise
De: Adriano
Benayon [mailto:abenayon.df@gmail.com]
Enviada em: terça-feira, 27 de agosto de 2013 00:14
Para: 'Josue AB'
Assunto: artigo: Mais uma crise
Enviada em: terça-feira, 27 de agosto de 2013 00:14
Para: 'Josue AB'
Assunto: artigo: Mais uma crise
Mais uma crise
Adriano Benayon * - 26.08.2013
01. Transcorreu agora o 59º aniversário do modelo
dependente, implantado a partir de 24 agosto de 1954, data da deposição do
presidente Getúlio Vargas.
02. O atual quadro da economia brasileira deixa clara a
iminência de mais uma devastadora crise externa, tão ou mais profunda que
as anteriores, como a que levou à moratória submissa em setembro de 1982
(cessaram os pagamentos por falta de divisas), e a do final de 1998 com o
mesmo problema.
03. É o déficit (saldo negativo) com o exterior nas transações
correntes (mercadorias, serviços e rendas) que faz explodir a dívida externa e
suscitar a incapacidade de fazer face ao serviço dela sem sofrer a intervenção
dos bancos estrangeiros e de seus colaboradores, como o FMI e o Banco Mundial.
04. De janeiro a julho de 2013, esse déficit ascendeu a U$ 52,5
bilhões, quantia quase igual à do déficit total de 2012 (US$ 54,2
bilhões). Em 2013, ele já corresponde a 4% do PIB, sendo que no caso do Brasil
sequer o PIB é nosso, pois a economia tem sido grandemente desnacionalizada.
05. O déficit cresce demais nos últimos anos. De 2008 a 2012,
somou US$ 204,1 bilhões. No atual ritmo, 2013 poderá ultrapassar 50% do total
acumulado nesses cinco anos.
06. Os déficits nas transações correntes são causados pela
volúpia das empresas transnacionais de transferir lucros às suas
matrizes, nas sedes destas e em paraísos fiscais.
07. Os lucros transferidos como lucros, embora imensos, são
muito menores que os transferidos disfarçadamente em contas do balanço de
serviços e no de mercadorias, através do subfaturamento das exportações e
superfaturamento das importações e até mesmo de operações fictícias.
08. A característica do modelo dependente é a progressiva
entrega dos patrimônios nacionais às empresas transnacionais. O mercado foi o
primeiro desses patrimônios doados, através de incríveis privilégios, ao
capital estrangeiro, começando com a liquidação da indústria automobilística
nacional e a entrega do mercado às montadoras transnacionais no governo de
Juscelino Kubitschek.
09. O senador Vasconcelos Torres (1920/1982) publicou em 1977 o
livro “Automóveis de Ouro para um Povo Descalço”. Decerto “ouro” referia-se,
não à qualidade dos automóveis, mas ao preço deles.
10. A p. 94 relatava o senador:
“a) No exercício de 1962 foi registrado, no balanço
consolidado das onze empresas produtoras de veículos automóveis e caminhões, lucro
de 65% em relação ao capital social, constituído por
máquinas usadas, e aumentado posteriormente, com incorporações de reservas e
reavaliação dos ativos.”
11. De fato, como tenho mencionado, as empresas estrangeiras da
indústria automotiva e de outras indústrias - favorecidas por instruções
da SUMOC, o banco central à época) - puderam, a partir de janeiro
de 1955, importar equipamentos usados, de valor real zero, pois estavam há anos
amortizados, e registrá-los, como se fossem investimento em moeda, pelo valor
que declarassem.
12. Isso significa que o Brasil lhes deu um privilégio incrível,
semelhante ao dos bancos, que ganham dinheiro criando dinheiro do nada, com
lançamentos contábeis, ao conceder empréstimos. Além disso, beneficiadas
pelo custo real zero do capital e da tecnologia, as transnacionais esmagaram a
concorrência de empresas locais.
13. Vasconcelos Torres, op. cit. p. 95, apresenta uma tabela
referente aos balanços de 1963, comparativa de preços de venda da fábrica à
distribuidora com os preços de venda do distribuidor ao público, abrangendo
quatro montadoras, entre elas a Volkswagen, já então a maior produtora no
Brasil.
14. O preço nas distribuidoras era mais de três vezes o preço
na fábrica, valendo notar que os donos desta são os mesmos daquelas ou, no
mínimo, têm participação naquelas.
15. Como se fosse pouco o que as transnacionais ganharam no
Brasil nos anos 60, no final desse decênio, elas foram agraciadas com novos e
colossais subsídios, através de isenções de IPI e ICM, nas importações de seus
bens de capital e insumos, além de créditos fiscais, na proporção das
exportações.
16. Até hoje, novos subsídios juntam-se aos antigos e
caracterizam o modelo dependente como aquele em que as empresas transnacionais
recebem imensos prêmios, doações e dinheiro para explorarem o mercado sem
concorrência, com seus carteis e oligopólios.
17. Por enquanto, as reservas no exterior se mantêm em US$ 370
bilhões e acima da posição da divida externa, de US$ 314 bilhões. Mas
isso significa desnacionalização galopante, pois decorre do brutal ingresso
líquido de investimentos estrangeiros diretos (US$ 62 bilhões de janeiro a
julho) e mais US$ 24 bilhões de investimentos estrangeiros em carteira
(participações de capital).
18. Além disso, só é possível o balanço de pagamentos com saldos
positivos, em vez de com enormes déficits, devido às aplicações estrangeiras em
títulos de renda fixa.
19. Elas totalizaram US$ 20 bilhões de janeiro a maio. Dados os
sintomas de crise, o Executivo suprimiu, em 04.06.2013, o imposto sobre
operações financeiras - IOF sobre essas aplicações, além de
aumentar a taxa de juros. Com isso elas atingiram US$ 7,1 bi em junho, mas
voltaram a declinar para US$ 3,9 bilhões em julho. De janeiro a julho:
US$ 31 bilhões.
20. Apesar de a maior parte das economias estrangeiras
praticarem juros reais baixos e até negativos, no Brasil voltou-se a elevar a
taxa básica dos títulos públicos: em julho, ela já foi para 8,5% aa, depois de
ter baixado em 2012, ficando em 7,25% aa. até abril de 2013.
21. Nada pode justificar as elevações verificadas desde então, a
não ser o fato de as autoridades monetárias agirem como serviçais dos bancos e
dos aplicadores estrangeiros, ou a dependência de ingressos de capital
para fechar as contas externas, devido ao déficit nas transações correntes,
causados pelo modelo desnacionalizante.
22. Parece claro, sem excluir a primeira hipótese, que a segunda
desempenha influência determinante. Tal como ocorre com os viciados em cocaína
e outras drogas, o Brasil, submetido ao modelo dependente, agrava cada vez mais
a dependência, recorrendo a doses cada vez maiores de drogas (capital
estrangeiro). Para isso, oferece a ele cada vez mais benesses para
atraí-lo.
23. A usual desculpa da inflação é mais furada que queijos
Emmenthaler e Gruyère, pois, além de ela apresentar-se em queda antes dos
aumentos na taxa de juros, estes não levam à redução da alta dos preços.
24. A maligna dependência não se limita a produzir crises
externas, como as que contribuíram para pôr de joelhos os submissos governos
brasileiros, como em 1982, culminando com os inqualificáveis Collor e FHC a
entregar de graça às transnacionais patrimônios públicos inalienáveis, conforme
exigiram os governos imperiais, coadjuvados por Banco Mundial e FMI. A política
submissa continua sob os governos petistas.
25. Por que os desastres produzidos pela dependência não se
limitam a isso? Porque ela faz crescer exponencialmente a dívida pública
interna, o que ocorre não só quando o capital estrangeiro aplica em títulos do
Tesouro - e este os emite - mas também em função das altas taxas de
juros, expediente “justificado” pela “necessidade de atrair aquele
capital”.
26. Terminou o espaço, e assim não posso aditar ao que tenho
escrito sobre a imperiosidade de se anular o último leilão de petróleo e de
cancelar o marcado para outubro, na área do pré-sal. Tenho só de conclamar os
compatriotas a participar das ações dos que estão lutando nessa direção.
Não só as ações judiciais, mas também as que transcendam as atuais regras
legais.
27. E ainda não é desta vez que resumirei a fraude em que os
governos entreguistas transformaram o setor de energia elétrica, criando um
caótico sistema de preços, “de mercado”, com o intuito de favorecer grandes
empresas, principalmente estrangeiras, as quais, enquanto sugam o País,
extinguem o seu futuro, acabando com sua infraestrutura.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro
Globalização versus Desenvolvimento.
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04:19
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Adriano Benayon
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Responsabilidades e cidadania
Administração das cidades, cidadania e o 156 ou 0800
Quanto custa a máquina administrativa que deveria zelar
pelos serviços essenciais (Serviços
Essenciais)
e a estrutura comunitária em todos os níveis gerencias da nação (da frente da
casa à União)?
Um fenômeno talvez mundial seja o da alienação, leniência e
submissão pura e simples. O medo gera processos educativos servis e passivos. O
comodismo, por sua vez, mais o temor de fantasmas talvez sejam o principal
suporte da omissão que gera cidades tenebrosamente mal servidas e descuidadas.
Curitiba é uma cidade considerada “de Primeiro Mundo”, será?
Com certeza pode mostrar muito, principalmente para turistas encarapitados em
ônibus especiais.
Para quem vive aqui, contudo, principalmente se adotar um
comportamento crítico e tiver conhecimentos para avaliar o que acontece, o
desespero é grande.
Simplesmente olhando os cabos de empresas de TV a cabo
desmanchando em varais presos aos postes da Copel ganhamos convicções que se
reforçam andando por calçadas (Cascaes, Cidade do Pedestre) , quando existem,
frequentemente mal cuidadas e até deformadas pelo afundamento do solo,
provavelmente acompanhando falhas de serviços e água e esgoto.
Ônibus bonitos e modernos parando em pontos abandonados há
anos e o famigerado anti-pó cobrindo, mal e porcamente, muitas ruas colocam
seus usuários em risco de acidentes, ou simplesmente os afugentam. Nas calçadas
cercas vivas de uma planta especialmente perigosa para pessoas que têm
dificuldades visuais e motoras denominada Coroa de Cristo[1]
são armadilhas ou barreiras que avisam os pedestres a procurarem outros
caminhos. Casas com cachorros perigosos e cercas mal feitas, completam um
cenário que impõe até a senhoras com carrinhos de bebê a usarem as ruas para se
deslocarem. A descrição desse circo em que o povo fica no picadeiro vai
longe...
E a fiscalização? Será que os funcionários das
concessionárias e da Prefeitura assim como os
políticos não conhecem a cidade? Há necessidade do 156 ou algum 088 para
registrar queixas óbvias e existentes há muito tempo, apesar de muitas reclamações
públicas e formais?
Terceirizamos a cidadania[2].
Elegemos administradores que simplesmente esperam a
formalização de queixas para iniciarem providências que em muitos casos
deveriam ser imediatas, urgentes, como o fazem para garantir o trânsito
motorizado. Criaram megaestruturas que azem jus ao que se diz: “quanto mais
gato, mais rato”.
O custo da alienação é elevado. As estatísticas de
acidentes, doenças evitáveis, poluição etc. demonstram que acreditar na própria
incapacidade de reagir é um mau negócio. Se todo indivíduo registrasse e
comunicasse o que sabe estar errado as repartições públicas seriam menores,
reduzindo impostos e a degradação das cidades.
Um exemplo fantástico que entrará para a história do Brasil
foi o quase levante popular de junho deste ano. Maravilhosamente o povo
brasileiro acordou.
O que assusta é o esforço da mídia comercial, engajada ou
cooptada por contratos de propaganda e outros, procurando desesperadamente
mostrar valores antigos, que levaram o Brasil a esse buraco sem fim.
Felizmente existem as redes sociais, blogs, youtube e até
telefones que, apesar de seus defeitos, oferecem agora informações inexistentes
até pouco tempo passado.
Está muito evidente que o ser humano bem informado e com um
pouco de coragem pode muito, mais ainda com as facilidades de mobilização
existentes.
Graças a isso podemos e devemos também perguntar o que fazem
os fiscais, servidores, funcionários, colaboradores, gerentes etc. de
concessionárias, Prefeituras, agências reguladoras etc. Será que só atuam
quando algum 0880 ou 156 é usado? Não enxergam o que existe em volta? Não sentem
onde pisam? Não usam o transporte coletivo urbano, postos de saúde, sistemas de
telefonia, TV a cabo, energia, saneamento básico, não dependem da qualidade e
segurança policial e dos serviços essenciais?
Cascaes
23.8.2013
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Serviços Essenciais:
http://servicos-essenciais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Cidade do Pedestre:
http://cidadedopedestre.blogspot.com.br/
[1] Coroa-de-cristo (Euphorbia milii)
é um arbusto espinhoso originário de Madagascar, muito difundido no Brasil, onde é utilizado como planta ornamental e como
proteção em cercas vivas. Conhecida popularmente no Brasil como
"Coroa-de-cristo", "Colchão de Noiva", "Dois
Irmãos", "Bem-Casados", Coroa-de-Espinhos",
"Martírios", "Duas Amigas",
"Coroa-de-Nossa-Senhora" entre outras denominações.
Seu
nome científico, Euphorbia millii, foi proposto por Des Moulins em homenagem ao Barão
Pierre-Bernard Milius, governador pela França da Ilha de Bourbon, atual Ilha Reunião, que levou algumas destas
plantas para o Jardim Botânico de Bordeaux em 1821.
[2] Cidadania (do
latim, civitas, "cidade") é o conjunto de
direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em
que vive.
O
conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de
direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos
do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (indireto), seja ao concorrer a um cargo público
(direto). No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição
de Direito, pressupõe a contrapartida
de deveres, uma vez que em uma
coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento
dos deveres dos demais componentes da sociedade. (Wikipédia)
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11:11
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Luta de Liminares
De: RCM [mailto:araujorcm@globo.com]
Enviada em: quinta-feira, 22 de agosto de 2013 09:40
Para: RCM
Assunto: Mais Liminares ....mais custos
Enviada em: quinta-feira, 22 de agosto de 2013 09:40
Para: RCM
Assunto: Mais Liminares ....mais custos
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08:28
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ILUMINA
Uma ponta de muitos icebergs???
De: RCM [mailto:araujorcm@globo.com]
Enviada em: sexta-feira, 23 de agosto de 2013 08:18
Para: RCM
Assunto: É só um iceberg passando....
http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=20211
Roberto Pereira d´Araujo
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08:22
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terça-feira, 20 de agosto de 2013
o RESULTADO DO DESGOVERNO
Em crise, Estados cortam R$ 9,6
bilhões e 4.000 funcionários
Aumento de despesas com servidores engessa
investimentos nos Estados
'Brasil gastou sua poupança na
Disney', diz chefe do Goldman Sachs no Brasil
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05:23
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Desgoverno mundial totalitário
De: Adriano
Benayon [mailto:abenayon.df@gmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 19 de agosto de 2013 13:18
Para: 'Amilcar Brunazo Filho'
Assunto: artigo: Desgoverno mundial totalitário
Enviada em: segunda-feira, 19 de agosto de 2013 13:18
Para: 'Amilcar Brunazo Filho'
Assunto: artigo: Desgoverno mundial totalitário
Desgoverno mundial
totalitário
Adriano Benayon * -
16.08.2013
01. Estamos diante de
mudança qualitativa na situação mundial, tanto no plano econômico como no
político.
02. Depressão,
desemprego crescente, concentração e financeirização absurdamente elevadas
- incompatíveis sequer com o pouco que restava do estado de direito
- têm levado ao Estado totalitário, cujas instituições aplicam meios e
armas tecnológicas, nunca dantes vistas, para desinformar, espionar e reprimir
as pessoas.
03. Poucos países,
como Rússia, China e Irã, não se comportam como capachos do império
angloamericano, sofrendo, por isso, pressões militares, políticas e constante
campanha denigridora, apesar de com ele colaborarem em muitos terrenos e
questões (1). Nem esses se desvencilharam plenamente da oligarquia financeira
angloamericana, absoluta em numerosas nações subjugadas, de todos os
continentes.
04. Isso, inclusive
porque o império logra manter seu sistema financeiro fraudulento, inclusive o
dólar e o euro no grosso das transações mundiais e constituindo mais de
90% das reservas de divisas (só o dólar, mais de 60%).
05. Sem a ameaça
do poder militar e sem as incríveis manipulações nos “mercados financeiros”
pelos bancos da oligarquia, o dólar teria, de há muito, perdido toda
credibilidade.
06. Essa moeda é
emitida em quantidades colossais, mais de vinte trilhões tendo sido passados
aos bancos da oligarquia financeira angloamericana e a alguns europeus a ela
vinculados, para livrá-los do colapso criado por esses próprios bancos, com a
orgia dos derivativos.
07.A injeção de
dinheiro no sistema financeiro oligárquico, por parte dos tesouros nacionais e
dos bancos centrais, através da criação de moeda, levou os tesouros a se
superendividar, e os bancos centrais a exceder os limites toleráveis de
emissões.
08. Por isso, não
haverá como usar o mesmo “remédio” no próximo colapso, que terá consequências
ainda piores que as do anterior, de 2007/2008, inclusive, como já aconteceu em
Chipre, o confisco de haveres dos depositantes.
09. Desde o anterior,
com as empresas produtivas e as pessoas em dificuldades, os bancos quase não
emprestaram aos que produzem, e geraram a bolha do dólar e as dos mercados de
títulos e de ações.
10. De fato, os
governos títeres fizeram o contrário do que recomenda a ciência econômica não
pautada pela submissão ideológica à oligarquia: deixar falir os grandes
bancos e aplicar recursos financeiros na produção em bases saudáveis,
desmontando carteis e oligopólios e fomentando pequenas e médias empresas, bem
como fortalecendo as estatais e investindo na infra-estrutura.
11. O montante dos
derivativos não registrados em bolsas (over the counter), que havia
ultrapassado 600 trilhões de dólares no auge da “crise” em 2008, voltou a
fazê-lo em 2011 (dados do Bank for International Settlements – BIS).
12. Grande, se não a
maior, parte dos derivativos revelou-se podre, por serem pacotes de
obrigações securitizadas, em cuja base estavam instrumentos de
crédito-débito sem condições de serem adimplidos.
13. Os vultosos
prejuízos resultantes desencadearam o colapso e deveriam ter causado a falência
dos grandes bancos, cujos controladores, executivos e acionistas haviam obtido
ganhos bilionários com as fraudes.
14. A sequela do
colapso financeiro foi a depressão e o desemprego nos EUA, Inglaterra, Japão e
na quase totalidade da Europa, com reflexos em todo o Mundo.
15. Aí entra a
desinformação. Nos EUA, os órgãos oficiais falseiam as estatísticas de
diversas formas, inclusive superestimando a produção, ao aplicar aos
preços deflatores muito inferiores à inflação verdadeira, e subestimando o
desemprego.
16. Mas as pessoas
sentem a deterioração de suas condições de vida e protestam. Diante disso, a
oligarquia recorre à repressão policial, reforçando cada vez mais a natureza
totalitária do poder público que controla. É o inelutável reverso político da
medalha econômica e social.
17. O Estado
policial, a serviço da oligarquia, já estava consolidado antes da implosão das
Torres Gêmeas, em Nova York, e do míssil disparado contra o Pentágono, em
Washington, em 11.09.2001, pois praticar um golpe dessa magnitude, conseguir
ocultá-lo na “investigação”, reprimir os que demonstraram a verdade e impor à
mídia a difusão da mentira oficial, são façanhas só possíveis sob instituições
totalitárias.
18. Esse golpe -
vale recordar – foi perpetrado para aterrorizar a população, obter do
Congresso mais leis repressoras e “justificar” ações de guerra de grande
envergadura, no Oriente Próximo e no Norte e Leste da África, no Afeganistão,
Iraque, Líbia, e mais recentemente Síria.
19. Muita gente
imagina que a oligarquia não tem como evitar a depressão e crê que ela não
entende como a política econômica a poderia suprimir. 20. Entretanto, a
recorrência das depressões e a continuidade das guerras demonstram que elas não
são catástrofes naturais, mas, sim, deliberadamente cultivadas, além de
consequência da concentração extrema do poder econômico, causada pelas
políticas públicas comandadas pela oligarquia.
21. A oligarquia tem
por objetivo central aprofundar e tornar absoluto seu poder econômico e
político. Para isso, nada melhor que tornar pobre a grande maioria dos
razoavelmente prósperos e a totalidade dos trabalhadores, que, em situação de
vida menos desfavorável, contariam com recursos financeiros e tempo para
organizar-se e resistir à concentração do poder e aos desmandos da repressão
totalitária.
22. Um exemplo disso
ocorre com os brasileiros, que, se empregados, têm de desperdiçar cinco horas
diárias estressando-se no trânsito. Além disso, o lazer é arruinado pela
anticultura, e pela promoção de vícios e pela destruição de valores
inculcadas pelos meios de comunicação e de entretenimento.
23. Os moderníssimos e
cada vez mais poderosos instrumentos da eletrônica e da informática são
intensamente empregados a serviço disso, como também da espionagem
industrial e a repressiva, causando danos às economias nacionais e
à privacidade e à segurança de cada indivíduo.
24. O Brasil,
transformado em zona passiva da exploração e da opressão imperiais, tem o
“privilégio” de votar na urna eletrônica menos confiável do Mundo, e agora seus
eleitores vão ser submetidos pela “Justiça” ao cadastramento biométrico,
ficando, assim, expostos a mais abusos contra seus direitos.
25. Por mais absurdo
que pareça às mentes sadias, infere-se o objetivo de dizimar a população
mundial, por parte da oligarquia instituidora da “nova ordem mundial”.
Basta, para isso, ver o que ocorre, há decênios.
26. Percebe-se mais um
“sentido” da depressão econômica: favorecer o aumento da subnutrição, da má
nutrição e das doenças, inclusive através do estresse, fonte da intoxicação
endógena e da perda da imunidade.
27. O fomento
das doenças, além de fonte de lucros das indústrias da “saúde”, faz “controle
demográfico”, complementando o controle da natalidade. Para tanto, estão
aí os transgênicos, agrotóxicos, o lançamento de rastros químicos por aviões, a
gigantesca poluição de produtos como petróleo e seus derivados,
carvão, xisto, os da indústria química e n outros.
28. Na mesma
direção, refrigerantes, fumo, drogas, antibióticos, quimioterapia,
radioterapia e os hormônios, inclusive administrados ao gado e aves. Ademais, a
medicina orientada pelos interesses financeiros da indústria farmacêutica e da de
equipamentos médicos.
(1) O caso emblemático do
analista Snowden provocou a fúria dos agentes imperiais, tendo o presidente
Putin agido com exemplar firmeza, ao lhe conceder asilo, em contraste com a
atitude dúbia da China, que rapidamente o despachou para a Rússia.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e
autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
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10:03
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Adriano Benayon
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
São Pedro mostrava mau humor e os gerentes do Setor Elétrico arriscaram demais
De: Roberto no Ilumina
[mailto:roberto@ilumina.org.br]
Enviada em: sexta-feira, 9 de agosto de 2013 10:45
Para: Roberto no Ilumina
Assunto: Las Brujas (www.ilumina.org.br)
Enviada em: sexta-feira, 9 de agosto de 2013 10:45
Para: Roberto no Ilumina
Assunto: Las Brujas (www.ilumina.org.br)
Os
gráficos dão para desconfiar. No ano passado vivia-se a expectativa do anúncio
da redução tarifária de energia elétrica. Afinal, a FIESP tinha feito uma
milionária campanha exigindo do governo medidas para “dar competitividade à
indústria”, como se tudo dependesse disso.
O
que é estranho é que, desde Fevereiro de 2012, São Pedro mostrava seu “mau
humor”. Apesar da energia natural das afluências terem ficado bem abaixo da
carga (aproximadamente 12.000 GWh/mês), o aumento de uso das térmicas foi
tímido. Coincidentemente, apenas depois de setembro, o despacho dobrou gerando
um recorde do uso de térmicas e causando toda essa confusão que agora exige
recursos do tesouro (leia-se do bolso do contribuinte).
Só quando setembro
vier???? No creo en las brujas, pero que las hay, las hay!
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09:15
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Aeroportos, aviões, comportamento humano e a acessibilidade e segurança da PcD, idosos e pessoas adoentadas
Aeroportos, a acessibilidade e segurança
Quem vê cara não vê coração, artérias, intestinos etc.
Um padrão de pessoa com deficiência(s) é raramente observado
como seria justo e necessário. Quantos brasileiros e
brasileiras são portadores de doenças graves e obrigados a viver como se
gozassem da maior saúde?
Quando de alguma forma revelam suas limitações são respeitados?
É interessante notar a reação de gente que até se coloca em
posição de liderança e professa crenças de solidariedade.
A surdez, por exemplo, é um pesadelo quando ao envelhecer,
ainda participando de eventos e confraternizações, percebe-se que em volta
acreditam que a culpa é sua. Por que não usa prótese?
Em um seminário importante chegamos a pedir mudança de sala
para podermos participar; um cidadão arrogante e metido a líder, pior, aceito
como tal, simplesmente disse que também era surdo e não via dificuldade de
manter o pessoal reunido onde estava. E em eventos mais sérios a falta de
utilização de recursos de apoio adequados é um suplício. Quando existem são mal
utilizados. Até em feiras dedicadas a PcDs constatamos a total indiferença a
limitações de seus clientes, valendo mais o exibicionismo de ONGs e
palestrantes. Lá, contudo, as limitações são visíveis, sensíveis, e onde e
quando isso não acontece?
Essa é a situação de rotina entre pessoas com doenças graves
sem sinais exteriores.
O problema é até maior e mais perigoso quando se vive em
lugares agressivos a doenças e lesões de que se é portador. Pessoas com
diabetes, hipertensas e doenças similares assim como lesões internas sabem o
que significa, por exemplo, frequentar bares e restaurantes sem cuidados em
seus serviços. Em viagens internacionais, quando muito, o cardápio atende
preceitos religiosos. Talvez em primeira classe e executiva seja diferente...
Nos shopping centers os banheiros são colocados distantes de áreas de
alimentação e outros lugares de refeições e bebidas de maneira a obrigar as
pessoas a circularem entre lojas, e os idosos, PcD e pessoas com problemas
urinários e intestinais?
As cidades brasileiras não costumam oferecer banheiros
públicos. Assim muitos lugares ao amanhecer parecem circuitos de excrementos e
urina...
Cardápios mal feitos e sem orientação clínica são uma
aventura para pessoas com doenças crônicas.
Nos aeroportos e dentro de aviões e navios, lugares fechados
sem opção de serviços, no mínimo seria adequado a oferta de alimentos
especiais, ainda que cobrados à parte. Vemos as viagens aéreas gradativamente
perdendo qualidade sem que entidades internacionais intervenham para garantir
os passageiros. Agências e associações existem para vigiar aviões, e os serviços
das concessionarias?
O interessante é a bajulação e a ganância. Quem já ocupou
cargos de relevância sabe como o atendimento muda quando veem medalhas, galões
ou indícios de poder...
No mundo que almejamos queremos respeito e amor ao próximo.
Se amar é impossível, pelo menos tratamentos dignos e independentes de cargos e
riquezas são possíveis. É algo maravilhoso, por exemplo, lembrar a França no
auge de sua grande revolução quando todos eram tratados simplesmente como
cidadãos ou cidadãs. Nessa planície o respeito mútuo é essencial. Talvez a
sombra da guilhotina suavizasse vaidades...
Para os idosos, pessoas que raramente gozam de perfeita
saúde e capacidades características dos jovens, o pesadelo é constante. A
deseducação e a alienação dos mais jovens traem a má educação. Não é sem razão.
Por algumas décadas vivemos entre lideranças que pareciam detestar gente,
preferindo libélulas à segurança das pessoas.
Filhos únicos, paparicados em excesso, vão se tornar que
tipo de adultos?
A Humanidade precisa dar atenção a si própria, cuidar dos
seres humanos com carinho e atenção a cuidados necessários à saúde, ao conforto
e à dignidade que merecemos.
É bom que os jovens adultos de hoje não se esqueçam de que
serão os idosos, se viverem o suficiente. A construção do futuro que lhes é
reservado depende deles.
Incidentes podem marcar dolorosamente a vida de qualquer um
sem deixar outras marcas que a humilhação sofrida ou sequelas na saúde que
mostrarão adiante os seus efeitos. Tudo pode ser esquecido se de alguma forma
foram corrigidos por piedade ou inspiração, mas as lesões físicas não
perdoam.
Passamos por um episódio
devastador há poucos anos.
Um filho com deficiência auditiva profunda trabalhava na
Dinamarca. Após três meses, como era habitual para qualquer trabalhador
temporário naquele continente, foi à Coréia do Sul passar um mês e ao retornar,
desconhecendo nova legislação a respeito, foi impedido de embarcar. Ou seja,
ficou morando no aeroporto por quase uma semana até que conseguíssemos entender
o que acontecia e comprar uma passagem direta para o Brasil, graças aos amigos
de uma empresa de turismo.
O desespero para todos nós foi imenso e só não foi pior
porque uma empresa de aviação ou de turismo (comercial) deu o apoio (internet)
para podermos agir, além da orientação simples e óbvia lembrada por um amigo
(eng. Antonio Borges dos Reis) que não atinávamos: telefonar para a embaixada
brasileira (pouco atuante) em Seul.
Inacreditavelmente sentimo-nos sem chão, onde pisar. A
própria empresa de aviação que era responsável pela passagem atrapalhava-se
mais e empurrava de um para outro quem deveria informar de forma objetiva e
direta.
Viajando pela Europa (eu e minha
esposa) ficamos surpresos com o péssimo atendimento e padrão de comunicação em
aeroportos gigantescos, os piores.
A competição visando atender um público saudável e que viaja
muito transformou empresas e aeroportos em estábulos de luxo.
É impressionante, também a desatenção flagrante com a possibilidade de epidemias em espaços de convergência nas
alfândegas. Quando muito dão papeizinhos e questionários pouco
eficazes, mais ainda em doenças que se manifestam de forma traiçoeira. Nosso
planetinha sacrifica a segurança no altar dos interesses comerciais, custe o
que custar.
Assim não é de se estranhar a precariedade de atendimento.
Com idade maior e naturalmente portadora de doenças debilitantes
sentimos a indiferença de profissionais adequados e instalações inteligentes.
É um problema geral que não se limita aos aeroportos.
Quantos brasileiros e brasileiras são portadores de doenças
graves e obrigados a viver como se gozassem da maior saúde?
Quando de alguma forma revelam suas limitações são
respeitados?
É interessante notar a reação de gente que até se coloca em
posição de liderança e professa crenças de solidariedade.
A surdez, por exemplo, é um pesadelo quando ao envelhecer,
ainda participando de eventos e confraternizações, percebe-se que em volta
acreditam que a culpa é sua. Por que não usa prótese?
Em um seminário importante chegamos a pedir mudança de sala
para podermos participar; um cidadão arrogante e metido a líder, pior, aceito
como tal, simplesmente disse que também era surdo e não via dificuldade de
manter o pessoal reunido onde estava. E em eventos mais sérios a falta de
utilização de recursos de apoio adequados é um suplício. Quando existem são mal
utilizados. Até em feiras dedicadas a PcDs constatamos a total indiferença a
limitações de seus clientes, valendo mais o exibicionismo de ONGs e
palestrantes. Lá, contudo, as limitações são visíveis, sensíveis, e onde e
quando isso não acontece?
Essa é a situação de rotina entre pessoas com doenças graves
sem sinais exteriores e PcD.
O problema é até maior e mais perigoso quando se vive em
lugares agressivos a doenças e lesões de que se é portador. Pessoas com
diabetes, hipertensas e doenças similares assim como lesões internas sabem o
que significa, por exemplo, frequentar bares e restaurantes sem cuidados em
seus serviços. Em viagens internacionais, quando muito, o cardápio atende
preceitos religiosos. Talvez em primeira classe e executiva seja diferente...
Nos shopping centers os banheiros são colocados distantes de áreas de
alimentação e outros lugares de refeições e bebidas de maneira a obrigar as
pessoas a circularem entre lojas, e os idosos, PcD e pessoas com problemas
urinários e intestinais?
As cidades brasileiras não costumam oferecer banheiros
públicos. Assim muitos lugares ao amanhecer parecem circuitos de excrementos e
urina...
Cardápios mal feitos e sem orientação clínica são uma
aventura para pessoas com doenças crônicas.
Nos aeroportos e dentro de aviões e navios, lugares fechados
sem opção de serviços, no mínimo seria adequado a oferta de alimentos
especiais, ainda que cobrados à parte. Vemos as
viagens aéreas gradativamente perdendo qualidade sem que entidades
internacionais intervenham para garantir os passageiros. Agências e associações
existem para vigiar aviões e detalhes genéricos e frios de aeroportos, e os
serviços das concessionarias dentro e fora dos veículos de transporte?
O interessante é a bajulação e a ganância. Quem já ocupou
cargos de relevância sabe como o atendimento muda quando veem medalhas, galões
ou indícios de poder... Isso explica e muito a ignorância da Corte em relação à
plebe.
No mundo que almejamos queremos respeito e amor ao próximo.
Se amar é impossível, pelo menos tratamentos dignos e independentes de cargos e
riquezas são possíveis. É algo maravilhoso, por exemplo, lembrar a França no
auge de sua grande revolução quando todos eram tratados simplesmente como
cidadãos ou cidadãs. Nessa planície o respeito mútuo é essencial. Talvez a
sombra da guilhotina suavizasse vaidades...
Para os idosos, pessoas que raramente gozam de perfeita
saúde e capacidades características dos jovens, o pesadelo é constante. A
deseducação e a alienação dos mais jovens traem a má educação. Não é sem razão.
Por algumas décadas vivemos entre lideranças que pareciam detestar gente,
preferindo libélulas à segurança das pessoas.
Filhos únicos, paparicados em excesso, vão se tornar que
tipo de adultos?
A Humanidade precisa dar atenção a si própria, cuidar dos
seres humanos com carinho e atenção a cuidados necessários à saúde, ao conforto
e à dignidade que merecemos.
É bom que os jovens adultos de hoje não se esqueçam de que
serão os idosos, se viverem o suficiente. A construção do futuro que lhes é
reservado depende deles.
Análise da Resolução ANAC Nº 280 DE 11/07/2013 (Federal)
Preâmbulo:
Resolução ANAC Nº 280 DE 11/07/2013
(Federal)
Data D.O.: 16/07/2013
Dispõe
sobre os procedimentos relativos à acessibilidade de passageiros com
necessidade de assistência especial ao transporte aéreo e dá outras
providências.
A Diretoria da Agência Nacional de
Aviação Civil - ANAC, no exercício das competências que lhe foram outorgadas
pelos arts. 8º, incisos IV e X, e 11 da Lei nº
11.182, de 27 de setembro de 2005,
tendo em vista o disposto nas Leis nºs 10.048, de 8 de novembro de 2000, e
10.098, de 19 de dezembro de 2000, e nos Decretos nºs 5.296, de 2 de dezembro
de 2004, e 6.949, de 25 de agosto de 2009, e
Considerando o que consta do processo
nº 60800.174362/2011-11, deliberado e aprovado na Reunião Deliberativa da
Diretoria realizada em 11 de julho de 2013,
Resolve:
Comentário:
Portaria que chega na undécima hora, sem considerar os
prazos estabelecidos pela legislação existente.
Infelizmente os grandes aeroportos estão extremamente mal
preparados para receber multidões, mesmo na expectativa de epidemias perigosas.
Os idosos (muito pior para a PcD) são vítimas brutais desse gigantismo
mercantilista, pois o que vale é o capricho de arquitetos e decisões de carteis
de turismo e do transporte aeroviário. O Brasil pode mudar isso, pois nossos
aeroportos ainda são relativamente pequenos e estão sendo reformados.
A favor de ajustes devemos ter campanhas educativas
permanentes em redes de TV, redes sociais, etc.
O Ministério Público Federal (além dos menores) e o Poder
judiciário ajudariam muito se abraçassem essa causa.
Art. 1º Estabelecer, nos termos desta Resolução, os procedimentos
relativos à acessibilidade de passageiro com necessidade de assistência
especial (PNAE) ao transporte aéreo público.
Art. 3º Para efeito desta Resolução, entende-se por PNAE pessoa com
deficiência, pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, gestante,
lactante, pessoa acompanhada por criança de colo, pessoa com mobilidade
reduzida ou qualquer pessoa que por alguma condição específica tenha limitação
na sua autonomia como passageiro.
Ao criar nova sigla tem-se a
impressão que os autores dessa resolução desconhecem tudo o que se tem
feito para disciplinar conceitos e siglas.
Art. 4º As comunicações entre operadores aeroportuários, operadores
aéreos e seus prepostos devem empregar os códigos constantes no Anexo I desta
Resolução.
DEAF - Passageiro com deficiência
auditiva (especificar se acompanhado de cão treinado
para seu auxilio). (só isso em relação ao
surdo?)
A pessoa com deficiência
auditiva depende de próteses e, ou o acompanhamento de tradutores
especializados em linguagem de sinais, que não são cães nem similares.
Equipamentos modernos de
tradução para linguagem de sinais podem ser usados em aeronaves e aeroportos?
Quais?
Essa é uma situação que pode ser
complementada pelo cão guia de acordo com explicado em http://cartilhajuridica.blogspot.com.br/2008/01/acompanhamento-por-ces-guia.html
Com certeza o cão pode ser um protetor do idoso, PcD e até
crianças, exigiria, contudo, definições, conceitos e regulamentação além de instituições
que treinem os animais para o fim específico.
CONFIGURAÇÃO DE AERONAVES
1. As aeronaves que irão entrar em
serviço pela primeira vez ou que tenham que realizar uma remodelação de vulto
deverão ser adequadas em conformidade com as normas de acessibilidade da ABNT,
no que se refere à localização preferencial dos assentos reservados a
passageiros em cadeira de rodas, equipamentos de bordo, incluindo assentos com
braços móveis (removíveis ou escamoteáveis), cadeiras de rodas de bordo
(especialmente com relação à sua adequação à configuração da aeronave),
lavatório, iluminação e sinalização adequados, exceto quando a adequação for
julgada impraticável pelo órgão certificador.
1.1. Para as adequações de que trata
o item 1, deverão ser ainda observados os seguintes parâmetros:
a) aeronaves com 30 (trinta) ou mais
assentos deverão ter, pelo menos, a metade de seus assentos de corredor com
descanso de braço móvel; e
b) aeronaves com 100 (cem) ou mais
assentos deverão dispor de pelo menos uma cadeira de rodas de bordo.
1.2. Os operadores aéreos não são
requeridos a prover assentos de corredor com descanso de braço móvel em fileira
de assentos nas quais o PNAE seja impedido de ocupar, devido ao cumprimento de
qualquer requisito emitido pela ANAC que abarque aspectos de segurança de
cabine.
1.3. Os assentos mencionados na
alínea “a” do item 1.1 devem estar disponíveis em todas as classes de serviço
da aeronave, proporcionalmente ao número de assentos de corredor pertencentes a
cada classe de serviço.
1.4. Os operadores aéreos não são
obrigados, por força desta Resolução, a modificar suas aeronaves para atender
aos requisitos estabelecidos neste Anexo. Entretanto, caso os operadores aéreos
substituam os assentos de suas aeronaves por assentos recentemente fabricados,
os mesmos deverão possuir descanso de braço móvel junto ao(s) corredor(es). Em nenhuma
hipótese o operador é requerido a instalar assentos com descanso de braço móvel
em quantidade superior à estabelecida na alínea “a” do item 1.1.
1.5. Os operadores aéreos, nacionais
ou estrangeiros, deverão cumprir com os requisitos estabelecidos na alínea “a”
do item 1.1 e nos itens 1.2 e 1.4 com respeito a aeronaves que foram
inicialmente encomendadas após 5 de abril de 1990 e entregues após 5 de abril
de 1992. O item 1.3 se aplica aos operadores aéreos com respeito a aeronaves
que foram inicialmente encomendadas após 13 de maio de 2009 ou que foram
entregues após 13 de maio de 2010.
1.6. O cumprimento do que trata o
item 1.4 se aplica aos assentos novos encomendados após 13 de maio de 2009.
1.7. Observada a regra estabelecida
nos itens 1.1 a 1.6, caso ocorra inviabilidade de instalação de assentos com
descanso de braço móvel em uma determinada classe de serviço da aeronave,
devido ao modelo do assento não oferecer esse opcional (por exemplo, assentos
de primeira classe com mesas retráteis integradas ao descanso de braço),
aceita-se como método alternativo prover espaço suficiente entre o assento em
questão e o assento/divisória imediatamente à frente, de modo a permitir a
entrada, no espaço citado, da cadeira de rodas disponibilizada pelo operador. Desta
forma, procede-se à transferência do PNAE ao assento sem impedimento por parte
do braço encontrar-se na trajetória.
As aeronaves deveriam ter
painéis de comunicação ótica e auditiva com instruções específicas para idosos,
PcD, crianças e pessoas com doenças epidêmicas. Esses painéis e meios de
manipulação devem ser ajustados a utilização e cultura de nosso povo.
Toaletes?
Art. 20. O embarque e o desembarque do PNAE que dependa de
assistência do tipo STCR, WCHS ou WCHC devem ser realizados preferencialmente
por pontes de embarque, podendo também ser realizados por equipamento de
ascenso e descenso ou rampa.
§ 1º O equipamento de ascenso e
descenso ou rampa previstos no caput devem ser disponibilizados e operados pelo
operador aeroportuário, podendo ser cobrado preço específico dos operadores
aéreos.
§ 2º É facultado ao operador aéreo
disponibilizar e operar seu próprio equipamento de ascenso e descenso ou rampa.
§ 3º Os operadores aéreo e
aeroportuário estão autorizados a celebrar contratos, acordos ou outros
instrumentos jurídicos com outros operadores ou com empresas de serviços
auxiliares ao transporte aéreo para disponibilização e operação dos
equipamentos de ascenso e descenso ou rampa previstos nos §§ 1º e 2º deste
artigo.
§ 4º Excetua-se do previsto no caput
o embarque ou desembarque de PNAE em aeronaves cuja altura máxima da parte
inferior do vão da porta de acesso à cabine de passageiros em relação ao solo
não exceda 1,60 m (um metro e sessenta centímetros).
§ 5º Nos casos especificados no § 4º
deste artigo, o embarque ou desembarque do PNAE podem ser realizados por outros
meios, desde que garantidas suas segurança e dignidade, sendo vedado carregar
manualmente o passageiro, exceto nas situações que exijam a evacuação de
emergência da aeronave.
§ 6º Para fins do disposto no § 5º
deste artigo, carregar manualmente o passageiro significa sustentá-lo,
segurando diretamente em partes de seu corpo, com o efeito de elevá-lo ou
abaixá-lo da aeronave ao nível necessário para embarcar ou desembarcar.
§ 7º Cabe ao operador aéreo prover os
meios para o embarque ou desembarque do PNAE nos casos especificados nos §§ 4º
e 5º deste artigo.
Escadas e condições de embarque
devem ser aprimorados. As escadas existentes são perigosas, principalmente onde
a PcD depende de situações especiais. Isso se aplica a obesos, idosos,
cadeirantes de forma absurda em aeroportos regionais.
Uma solução seria a produção e
utilização de vagonetes com sistemas de elevação de passageiros ao nível de
embarque com sistemas pantográficos, pneumáticos ou similares.
Art. 27. O PNAE com deficiência ou mobilidade reduzida deve
ser acompanhado sempre que:
II - em virtude de impedimento de natureza mental ou intelectual, não
possa compreender as instruções de segurança de voo; ou
§ 1º Nos casos previstos nos incisos
I a III deste artigo, o operador aéreo deve prover acompanhante, sem cobrança
adicional, ou exigir a presença do acompanhante de escolha do PNAE e cobrar
pelo assento do acompanhante valor igual ou inferior a 20% (vinte por cento) do
valor do bilhete aéreo adquirido pelo PNAE.
§ 2º O operador aéreo deverá fornecer
resposta por escrito, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, às solicitações
de acompanhante previstas neste artigo.
PNAE com deficiência? Não é
redundância?
A compreensão das instruções de
voo será minimizada se as operadoras e aeroportos tiverem sistemas de
comunicação e apoio adequados. Qual é o limite de responsabilidade do viajante
e das operadoras e dos aeroportos?
Art. 36. Os operadores aéreos e aeroportuários devem implementar sistema
de controle de qualidade de serviço prestado a PNAE, com base nos atendimentos
realizados.
Quais serão os indicadores de
atendimento e qualidade? Metas e cronograma?
Art. 37. Os operadores aéreos e aeroportuários devem
realizar e manter, por 2 (dois) anos, os registros dos atendimentos a PNAE,
para acompanhamento e controle estatístico, devendo ser cadastradas, conforme
cada caso, as seguintes informações:
a) data de realização;
b) aeroportos de origem, destino e
conexão;
c) tipo(s) da(s) aeronave(s) que
realizou(aram) o transporte;
d) tipo(s) de atendimento(s)
prestado(s), de acordo com os códigos do Anexo I desta Resolução;
e) ajuda(s) técnica(s),
equipamento(s) médico(s) ou demais equipamentos disponibilizado(s);
f) realização ou não de comunicação
prévia, nos termos do art. 9º ou do art. 21; e
g) presença ou não de acompanhante e
de cão-guia ou cão guia de acompanhamento; e
a) data da solicitação do serviço; e
b) motivo da recusa ou falha na
prestação do serviço.
Art. 38. Os operadores aéreos e aeroportuários devem realizar e manter,
por 2 (dois) anos, o registro sobre troca de informações entre operadores e com
o PNAE, incluindo os momentos de recebimento e transmissão de cada informação.
Por quê 2 anos? Só vale para a
Copa do Mundo e Olimpíadas?
As informações serão auditadas
por quem?
Temos empresas de auditoria
técnica ou vamos continuar dependendo da boa vontade de ONGs?
Art. 39. Os operadores aéreos e os operadores de aeroportos
onde operem voos regulares devem manter, em período integral de suas operações,
funcionário responsável por acessibilidade a ser consultado para solução de
eventuais ocorrências relacionadas ao atendimento ao PNAE.
§ 1º O responsável por acessibilidade
deve estar disponível para contato de forma presencial ou por outros meios que
permitam o atendimento imediato.
§ 2º A orientação do responsável por
acessibilidade não pode contrariar uma decisão baseada em segurança operacional
adotada pelo piloto em comando.
Na ausência desse “responsável”
quem dará cobertura?
Cascaes
9.8.2013
Postado por
relatar atividades culturais e reuniões da Academia de Letras José de Alencar - ALJA
às
07:18
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