quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Planejamento Estratégico Nacionalista e atento à saúde de nosso povo

Planejamento Estratégico - Médico Digital – o supermédico - a probabilidade de sucesso
No Projeto da (Usina Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga) na Copel tivemos a oportunidade de comprar 1,145milhões de dólares em equipamentos de laboratório só na área elétrica (início da década de oitenta), fora o que se adquiriu para a área civil (de onde criamos o (LAME), hoje incorporado ao (LACTEC - Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento)) no fechamento das obras de Segredo em 1994.
Felizmente, tendo formação especial após mestrado na (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA) e gerenciando uma área de alta tecnologia pudemos aproveitar bem o que chegou à nossa responsabilidade: gastar essa verba integral da obra e Segredo para equipamentos de testes, medidas e laboratório de última geração e com propósito específico.
Antes, em 1972 o mestrado na UFSC em Sistemas de Potência estava dentro de um programa da (Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. )[1] para formação de profissionais para a nova era do Setor Elétrico, viabilizada por decisões ousadas e estratégicas do Governo Militar.
Tudo isso criou condições para a criação de grandes concessionárias dedicadas a serviços essenciais e de apoio à indústria e à agroindústria (com destaque (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)[2], ambiente de inovação, pesquisa e trabalhos a favor do Brasil), absolutamente necessárias e inexistentes (ou tateando caminhos com raras exceções, (A Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG,) como referência especial) até a década de setenta.
Felizmente os militares esqueceram a mídia comercial e lobistas de concessionárias estrangeiras ancoradas no Brasil antes de 1964. Pagam caro esta ousadia.
Já naquela época algumas empresas estatais brasileiras davam um show, ilustrando a importância da diretriz nacionalista e a preocupação com a racionalidade, algo perdido quando o Governo Militar se deixou influenciar demais pelas grandes empreiteiras e a simples e pura desonestidade intelectual e, ou, material.
Visão estratégica de Brasil? Isso era algo que existia nas escolas militares, as civis mal e porcamente conseguiam encontrar postos de trabalho para seus alunos num Brasil que se perdeu em firulas ideológicas.
Em 1968, maravilha, o Brasil retomava seu crescimento, assim ganhamos oportunidades de trabalho que nossa turma de formatura ( (Cascaes, Turma Engenheiros EFEI 1968 )) aproveitou muito bem.
Grandes empresas estrangeiras deixavam para a matriz de suas corporações a decisão de onde (laboratórios, pesquisas, escolas) e quem trabalharia no Brasil. As estatais desse Brasil tropical quebraram a espinha de uma dominação técnica e estrutural que imperava aqui.
Paralelamente a Humanidade iniciava uma trilha de desenvolvimento extraordinário, subproduto da Segunda Guerra Mundial (até tragédias monumentais têm efeitos positivos, desde que a Humanidade não desapareça).
Isso gerou a COPEL empreendedora e turbinada por excelentes presidentes e governadores lúcidos e honestos, acima de tudo nacionalistas.
Engenheiros novos na década de sessenta e setenta, vivenciamos, neste cenário, oportunidades de extremo valor.
Na COPEL, início da década de oitenta do século passado, graças à digitalização de informações via transdutores e usando pequenos computadores portáteis (novidades fantásticas à época), uma excelente equipe produziu softwares de análise de ensaios, reduzindo de meses para alguns dias a análise e liberação à operação da Usina de Segredo.
Na área de Sistemas de Potência excelentes programas foram criados para simulação do Sistema Interligado, viabilizando análises impensáveis com pequenos computadores de mesa (PC) e a possibilidade de integração e operação do SIN (O que é o SIN - Sistema Interligado Nacional).
Muito do que se fez talvez agora seja de uso exclusivo de empresas de consultoria e multinacionais, não temos uma política eficaz de apropriação nacional de tecnologia; a privatização das concessionárias e o desmonte das empresas integradas foi um tremendo “equívoco” estratégico em muitos sentidos, assim como a infiltração da politicagem nas estatais.
Em nossa “democracia relativa” estamos à mercê de grandes grupos econômicos, neutros, insensíveis aos problemas brasileiros.
Os engenheiros deram espaço a “administradores e economistas” a serviço de grandes grupos econômicos e políticos e a cabos eleitorais com muita experiência em “bajulação” de lideranças políticas e empresariais.
Envelhecemos, sentimos nesse período da vida de forma aguda a necessidade de bons serviços clínicos, médicos. Aí tudo o que aprendemos em manutenção serve, afinal somos máquinas sofisticadíssimas.
E a Saúde? Qual é a esperança de idosos, pessoas com doenças graves, PcD etc.?
A evolução da Farmacologia, da Medicina, da Tecnologia de Exames etc. poderá garantir dentro de poucos anos uma assistência clínica inimaginável a qualquer ser humano, inclusive em atendimentos a distância (o que já deveria existir no Brasil, um país de dimensões continentais), simplesmente automatizando-se e organizando informações desde o nascimento até o final da vida das pessoas e alimentando sistemas de processamento de dados automaticamente com especialistas, bons especialistas monitorando informações e expedindo orientações e autorizando serviços.
Mais ainda, a velocidade de diagnósticos será maior, o custo tendendo a valores irrisórios e a confiabilidade da assistência médica muitíssimo maior, tudo com a facilitação dos diagnósticos via internet, ou seja, viabilizando a universalização do atendimento médico.
Com certeza uma nova geração de profissionais na Medicina será criada para a operação desses sistemas.
Atualmente a situação de qualquer cidadão poderá (para quem entende de cálculo de probabilidades e disponha de estatísticas) ser calculada a partir da situação financeira da pessoa adoentada (PA). A probabilidade de uma PA (sigla ajuda) poder encontrar um bom médico é muito baixa se não for poderosa e/ou rica. Essa escala de valores é quase zero para gente humilde, pobre,  indo a níveis razoáveis se o cliente de clínicas e hospitais for rico (ou poderoso) e puder chegar a um bom centro médico em tempo hábil.
A probabilidade medida ou estimada (para simplificar as contas, valendo entre zero e um; indo da escala de zero (0.0) impossibilidade total a um (1.0) sucesso total (o número de zeros após a vírgula é um indicador de precisão da amostragem) o valor provável de sucesso em cada etapa) pode e deve ser usada para cálculo da probabilidade de cura ou morte.
O primeiro degrau (PD1) assusta e é de fácil compreensão. Sendo principalmente função da situação financeira do cliente com certeza será muito baixo para a imensa população do Brasil e do resto do Mundo, atualmente.
O segundo fator (PD2), considerando que são eventos independentes, é o médico acertar o diagnóstico, mais uma vez na escala de zero a um; depende do tempo disponível por consulta e da qualidade dos exames. Com certeza esse fator é função brutal da importância social, política e financeira do paciente, isso sem esquecer a simpatia do doentinho(a).
Podemos acrescentar um terceiro fator (PD3) que será a qualidade e disciplina do tratamento externo ao consultório médico. Se depender de cirurgias a degradação do PD3 será agravada por muitos fatores de risco.
Assim, de forma ultra simplificada chegaremos a uma conta onde o sucesso será igual a PD1 vezes PD2 vezes PD3 vezes 100 para termos em percentagem o final, a probabilidade (PCeS) de tudo se resolver nos limites da Ciência e curar a doença do paciente, que por sua vez merece um PDp que poderá ser estimado em função da idade e outros fatores sociais, história clínica etc.
A equação: PD1 x PD2 x PD3 x PDp = PCeS (probabilidade de cura e de sobrevivência) é viável e o IBGE ajudaria muito se fosse desafiado a tanto.
O PCeS merece detalhamentos que os especialistas saberão fazer melhor que o engenheiro que escreve esse longo artigo, mas que é calculável grosseiramente por simples avaliações estatísticas nunca realizadas (ou divulgadas amplamente), pois, talvez, ofenderiam corporações poderosas.  
O programa (Programa Mais Médicos) abriu a ferida e demonstra de forma assustadora, ao longo da polêmica criada, que no Brasil a situação é gravíssima em função da péssima distribuição de médicos, enfermeiros, laboratórios, hospitais etc. e da incompetência crônica na área da Saúde.
Precariedade de infraestrutura em geral não é novidade, é assunto que desmoraliza o Brasil, tema devidamente empurrado para baixo do tapete verde das arenas da FIFA. Pão e circo, fórmula infalível de sustentação de nossa incompetência.
Uma esperança radiosa, maravilhosa está na evolução dos computadores, sistemas de TI e outras siglas tão amadas pelos profissionais de Informática e da Medicina moderna.
O conhecimento humano, a Ciência e a Tecnologia há muito ultrapassaram a capacidade de um grupo de gênios analisarem, decidirem, gerenciarem, mas nada é impossível a sistemas de processamento de dados viáveis neste início de século 21. Quando se torna possível “arapongar” tudo, até monitorar todas as mensagens via internet (vide (Agência de Segurança Nacional, 2013)), ganhamos a certeza de que também é possível salvar vidas com os melhores recursos existentes de processamento de dados e de exercício de profissões necessárias à vida humana.
Pesquisas indicam que os supercomputadores do século 21 (Cascaes, A formação do Engenheiro e ser Engenheiro) serão capazes de processar todo o conhecimento humano rapidamente, ou seja, a Medicina será um detalhe nesse universo de aplicações.
Podemos, assim, sonhar que pelo menos nossos descendentes mais próximos viverão muito mais, com grande probabilidade de aproveitar ao máximo o conhecimento humano na área da Saúde, isso se as corporações não se prepararem para travar a utilização da Ciência a favor do povo em geral.
O terrorismo criado diante de qualquer insucesso sempre será uma arma a favor de fabricantes de remédios e tratamentos de acesso caro...
Em tempo, no congresso do (CONFEA) em Cuiabá há três ou quatro anos foi dito e repetido que as surpresas tecnológicas não vão demorar muito (A formação do Engenheiro e ser Engenheiro), viabilizando novos serviços e profissões. As antigas precisarão de imensas reciclagens.
Essencial, menos caro e mais humano é a prevenção.
Para isso torna-se fundamental a reurbanização de cidades mal construídas, a inibição de condições de risco, a educação. Os idosos e milhões de pessoas com sequelas de acidentes e vícios agressivos poderão, uma a uma, contar histórias a respeito do momento em que se tornaram dependentes de tratamentos. Se isso fosse possível teríamos uma coleção impressionante de fatos e dados de inconsequência ao longo da vida de cada cidadão desse mundo alienado.
Tudo o que dissemos nessas linhas significa a necessidade de boas administrações em todos os níveis e do aprimoramento de nossas instituições, famílias e ambientes sociais.
No século 21, diante da convicção de que inúmeros hábitos consumistas e de desenvolvimento devem ser modificados substancialmente, será extremamente importante rever estratégias de desenvolvimento e sobrevivência. Infinitamente mais importante do que expor o Brasil a aventuras submarinas ( (Cascaes, Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente)) ou basear seu crescimento em montadoras de automóveis, inacreditavelmente subsidiadas por prefeituras e estados que depois se desesperam para a viabilização da explosão populacional, é fundamental rever e refazer planos estratégicos de desenvolvimento, lastreados em premissas objetivas e saudáveis ao nosso povo.
O que falta, sabendo e tendo convicções sobre a importância da sustentabilidade do ser humano, é vontade e decisão de mudar a favor de uma vida melhor e mais saudável (Concluindo - O QUE FALTA É GESTO, 2013).
Prevenir é melhor do que remediar.
A saúde de todos nós depende de ações e decisões ousadas, inovadoras.
Que o Programa (Programa Mais Médicos) seja o início de uma visão honesta e objetiva da realidade brasileira.

Cascaes
21.11.2013

(s.d.). Fonte: CONFEA: http://www.confea.org.br/
A Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG,. (s.d.). Fonte: CEMIG: http://www.cemig.com.br/pt-br/Paginas/homepage.aspx
Agência de Segurança Nacional. (2013). Agência de Segurança Nacional. Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_de_Seguran%C3%A7a_Nacional
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente: http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). A formação do Engenheiro e ser Engenheiro. Fonte: A formação do Engenheiro e ser Engenheiro: http://aprender-e-ser-engenheiro.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Turma Engenheiros EFEI 1968 . Fonte: Turma Engenheiros EFEI 1968 : http://engenheirosefei68.blogspot.com.br/
Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. . (s.d.). Fonte: ELETROBRAS: http://www.eletrobras.com/elb/data/Pages/LUMIS293E16C4PTBRIE.htm
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_Brasileira_de_Pesquisa_Agropecu%C3%A1ria
LACTEC - Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento. (s.d.). Fonte: LACTEC: http://www.lactec.org.br/pt/
O que é o SIN - Sistema Interligado Nacional. (s.d.). Fonte: ONS: http://www.ons.org.br/conheca_sistema/o_que_e_sin.aspx
Pinheiro, A. (10 de 2013). Concluindo - O QUE FALTA É GESTO. Fonte: Bike Way by the World Exemplos, modelos para todos: http://worldbikeway.blogspot.com.br/2013/11/concluindo-o-que-falta-e-gesto.html
Programa Mais Médicos. (s.d.). Fonte: Portal da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/417/mais-medicos.html
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. (s.d.). Fonte: UFSC: http://ufsc.br/
Usina Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_Governador_Ney_Aminthas_de_Barros_Braga





[1]Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. é uma sociedade de economia mista e de capital aberto sob controle acionário do Governo Federal brasileiro e atua como uma holding, dividida em geração, transmissão e distribuição.
Criada em 1962 para coordenar todas as empresas do setor elétrico.
A reestruturação do setor na década de 1990 reduziu as responsabilidades da empresa, com a criação daANEEL, do ONS, da CCEE e da EPE. Seu atual presidente é o engenheiro José da Costa Carvalho Neto.

[2]Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) é uma instituição pública de pesquisa vinculada aoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Criada em 26 de abril de 1973, tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias, conhecimentos e informações técnico-científicas voltadas para a agricultura e apecuária brasileira.

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