quarta-feira, 24 de abril de 2013

Vocação ou simples profissão, a ética do trabalho



Quando comecei a trabalhar na Copel em 1968 um aspecto comportamental que mexia com a gente era a forma apaixonada com que muitos de seus profissionais trabalhavam, para alguns a empresa era sagrada e se dedicavam a ela de corpo e alma.
O tempo passou e os sindicatos e a cultura de conflito importada fez efeito. O mercantilismo profissional dominou muita gente, agora armada de bandeiras ideológicas e até religiosas.
Todos reclamam do custo Brasil.
Patriotismo? Só na atitude dos outros. As greves e pretensões salariais e os privilégios só crescem, independentemente do que fazem para sobreviver num país ainda sem os conflitos radicais que marcam muitos outros. Temos ONGs, seitas e fanatismos em fermentação. Viver num país pacífico já desaparece nos modismos criminosos importados e no império de diversas espécies de máfias. Umas já dando tiros, outras deixando o nosso povo revoltado com a corrupção e desprezo pela sorte dos mais fracos.
As campanhas a favor do Poder Judiciário e do Ministério Público estão fortes, farão diferença ou criarão mais alguns grupos de altíssimos salários em relação ao que fazem?
Naturalmente é muito perigoso questionar instituições que são essenciais, com espadas, áureas e auréolas, mas precisamos dizer a verdade, funcionam corretamente?
O fenômeno Joaquim Barbosa abre um rombo na escuridão do Poder Judiciário, um trabalho iniciado pela corajosíssima Dra. Eliana Calmon, ex-presidente do CNJ.
Na Engenharia e outras profissões precisamos de lideranças semelhantes; códigos de ética profissional, por mais emocionantes que sejam, servem, via de regra, para emoldurar paredes. O mercantilismo atingiu em cheio atividades que já foram respeitadas.
Talvez o grande equívoco esteja nos exames vestibulares. Mede-se conhecimento formal e alguma inteligência; perdemos os exames vocacionais, até pela divulgação de suas estratégias e os famosos treinamentos para entrar numa faculdade. Talvez devêssemos exigir estágios probatórios nos piores lugares possíveis para termos certeza de que os novos trabalhadores diplomados realmente gostem de fazer o que seus certificados autorizam.
Gênios devem trabalhar em laboratórios, nunca em áreas operacionais.
Um exemplo trágico pode-se ver em greves absurdas contra o povo, matando e causando problemas imensos com discursos mentirosos em relação às motivações reais. É até divertido ouvir lideranças de bancos estatais dizerem que estão em greve contra os banqueiros...
Nossa Presidente tem agido com firmeza, nem sempre apoiada por um Parlamento sempre sensível a questões demagógicas. O evento mais recente é a revisão operacional e estrutural dos portos estatais; finalmente um gargalo deverá ser alargado (Brasília), com certeza sob fortes pressões desde os tempos do café maravilha.
Para resumir, devemos retomar os concursos vocacionais e seus testes durante a carreira. Não podemos ser objeto de simples mercadores escudados por diplomas frequentemente pagos pelo contribuinte. O desafio, com certeza, é descobrir uma forma de identificar os profissionais alienados e irresponsáveis, não merecem seus diplomas e postos de trabalho.

Cascaes
24.4.2013
Brasília, V. E. (s.d.). Dilma define pacote para portos e investimento deve beirar R$ 40 bi. Fonte: CODEBA: http://www.codeba.com.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-br/site.php?secao=mais_noticias&pub=2644




Nenhum comentário:

Postar um comentário